EU SEMPRE FIZ ASSIM...
Autoria de Fábio L. Violin
O novo em geral sempre trouxe ao homem o medo, a incerteza, a insegurança, e também o senso de oportunidade. O novo continua gerando vários efeitos, a diferença é que atualmente o tempo de espera por resultados e a possibilidade de errar são muitos menores.
Vícios: Atire a primeira pedra quem não os tem...
Senso de oportunismo: junte as pedras e construa uma casa ...
As pequenas e médias empresas brasileiras vêm sofrendo o que podemos chamar de verdadeiro “terremoto” em seus princípios e conceitos de gerir seus processos organizacionais na busca de maior ganho de competitividade. A obrigatoriedade de adesão às novas exigências da realidade empresarial colocam em xeque-mate os vícios administrativos que foram passados de pai para filho, mas como mudar após 20, 30 ou 40 anos de práticas administrativas arcaicas e comprovadamente inadequadas ao hoje?
Deixar o antigo decadente e se lançar ao novo desconhecido é um passo importante, definitivo porem muito incerto, afinal a mudança traz em seu cerne a dúvida , o medo. Mas ignorar o fato da necessidade de mudar, com certeza é mais perigoso e se assemelha com um atestado prematuro de óbito empresarial.
Analise os tópicos abaixo e procure identificar se isto acontece dentro de sua empresa :
- Inexistência total ou parcial de treinamento ou processos de melhoria dos colaboradores;
- Centralização do poder na figura do chefe, dono ou gerente;
- Processos absolutamente informais nas tomadas de decisão;
- Política feudal;
- Perspectiva de ascensão de cargos inexistentes;
- Informática utilizada apenas para o “básico” ( isso quando existe);
- Idéias enraizadas em métodos que deram certo no passado,
- Falta de um planejamento estratégico de médio e longo prazo,
- Canal ineficiente e ineficaz de comunicação dentro e fora da empresa;
- Política de Recursos Humanos falha ou inexistente,
- Ausência de investimentos em Mídia de forma constante;
- Postura de bombeiros ou quebra conserta;
- Exclusão dos colaboradores no processo de tomada de decisão;
- Ausência de canal de sugestões para melhorias;
- Premiações e penalidades “humanas”;
- Indecisão;
- Ações baseadas no “achismo”;
- Considerar a máquina mais importante do que o homem, entre diversos outros.
Estes fatores (entre outros) denunciam que a competitividade da empresa não “anda bem das pernas”, e ninguém quer ser micro, pequeno ou médio para sempre, e mais ainda, ninguém pensa em falir, portanto mudar ainda é o melhor caminho.
É preciso estar ciente de que o mercado esta exigindo e cada vez exigirá mais profissionais que tenham a capacidade de repensar a cada dia sua postura, os caminhos a serem seguidos e sobretudo desenvolver e aprimorar a capacidade de visualizar ameaças a serem contornadas, aliviadas ou eliminadas e oportunidades a serem aproveitadas no presente e no futuro.
Mudar é preciso, mas cuidado, posturas como incendiário-revolucionário ou rebelde sem causa tem poucas chances de sucesso, é preciso revolucionar mas de forma planejada e consciente para evitar o máximo de percalços possível.
As oportunidades existem para quem é ágil no reconhecimento de quais providencias devam ser tomadas para gerar vantagem competitiva, então mãos a obra, afinal as palavras de ordem atualmente são competência e inteligência.
Caso você ache que isto é bobagem, a concorrência agradece.
Professor Fábio L. Violin
Mestre em Estratégias e Organizações _ UFPR
Especialista em Planejamento e Gerenciamento Estratégico – PUC-PR
Professor universitário, palestrante e consultor de empresas.
E:mail: flviolin@hotmail.com ou flviolin@terra.com.br