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HOMENAGEM AO PORTAL CEN - CÁ ESTAMOS NÓS


No ano de 2005 eu tive a grata satisfação de conhecer a querida poetisa Iara Melo e o Mestre Carlos Leite Ribeiro, fundador do Portal CEN - Cá Estamos Nós, que através de um trabalho intenso e muita dedicação colaboram na integração e divulgação da Poesia e da Literatura Portuguesa a todo o mundo Lusófono.

Tenho Orgulho de fazer parte da Família CEN e aqui deixo minha homenagem mostrando obras há muito publicadas no Portal CEN.



HOMENAGEM AOS AMIGOS DO PORTAL "Cá Estamos Nós"


A MAIOR PONTE LITERÁRIA BRASIL - PORTUGAL
(acesse o link do Portal CEN no final desta página)

"Descobrimento do Brasil"

(22 de Abril de 1500)

Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro

Em 22 de Abril de 1500, a esquadra portuguesa comandada pelo Capitão-Mor da frota, Pedro Álvares Cabral (*), que o rei D. Manuel 1º enviara às Índias, alcançou terra do litoral sul do Estado da Bahia. Ao avistar um monte, e por essa altura ser Páscoa, foi chamado Monte Pascoal. Ao pôr-do-sol, mandou, mandou Cabral fundear a frota próximo da costa, perto da foz do Rio Caí. Ao território descoberto, deu-lhe o nome de Vera Cruz. No dia seguinte, os navios lançaram âncora a cerca de meia légua da costa. O capitão Nicolau Coelho foi a terra e trocou presentes com os índios. Depois as naus menores seguiram em reconhecimento da costa e fundearam no dia 24 na enseada da Coroa Vermelha, que depois mudou o nome para Baía de Santa Cruz, por motivo da fundação da cidade do mesmo nome no século XVl, passou a chamar-se de Cabrália. Os navios maiores, que haviam ancorado nesse dia a uma légua ao largo, reuniram-se no dia seguintes, 25 de Abril aos navios exploradores. Os primeiros que foram a terra, foram Bartolomeu Dias, o capitão Nicolau Coelho e o escrivão Pêro Vaz de Caminha, que deu a boa-nova da descoberta do rei D. Manuel 1º, na célebre carta datada de 1º de Maio de 1500 (**). A 26 de Abril foi celebrada a primeira missa no Brasil, no ilhéu da Coroa Vermelha, na baía de Porto Seguro, por frei Henrique de Coimbra. Nesse mesmo dia, foi realizada a cerimónia da posse da terra e celebrada a 2ª missa no Brasil, em terra firme, diante de uma grande cruz de madeira e colocada perto da praia.

A 2 de Maio. Pedro Álvares Cabral continuou a viagem para as Índias.

Há vestígios de que antes de Cabral, outros navegadores haviam chegado a alguns pontos do litoral brasileiro, entre eles o espanhol Alonso de Hojeda e outro espanhol , companheiro de Colombo, Vicente Yanês Pinzón.

O nome dado por Cabral (terra de Santa Cruz) foi substituído por terras de Santa Cruz na notificação que o rei D. Manuel 1º enviou de Sintra, datada de 25 de Julho de 1501, aos Reis Católicos. Nos anos seguintes, seria uma vez mais mudado o nome da terra descoberta, que passaria a chamar-se definitivamente Brasil, nome proveniente de uma madeira muito abundante nas matas do litoral brasileiro, de onde se extraía uma tinta vermelha muito empregada na época para tingir tecidos.

(*)Pedro Álvares Cabral nasceu em Belmonte, no ano de 1467 ou 1468. Era filho de Fernão Cabral, e de D. Isabel de Gouveia. Era casado com uma das mulheres mais ricas de Portugal, D. Isabel de Castro. Os documentos mostram Pedro Álvares Cabral como homem de vigor e finura. A carta de Caminha retrata-o dinâmico, agindo entretanto, com precaução.

Portugal tornou-se o país mais arrojado e ativo da Europa, pela ousadia de abrir as fronteiras marítimas graças aos conhecimentos náuticos portugueses. Lisboa possuía inúmeros aventureiros, cavaleiros, navegantes, astrônomos e especialistas no astrolábio e no quadrante.

Com dez naus e três caravelas, a esquadra liderada por Cabral era a maior e a mais extraordinária que Portugal jamais enviara para navegar o Atlântico. Partiu de Lisboa no dia 9 de março de 1500. Cabral dirigia 1500 homens entre marujos, soldados, grumetes, degredados, pilotos, escrivãos e capitãos de sangue nobre. Levava na expedição: canhões, pólvora e espadas afiadas. Ainda hoje, algumas imprecisões existem a respeito do descobrimento do Brasil, envolta em mistérios insondáveis.

De grande complicação, é a questão da intencionalidade ou não do descobrimento, não há, entretanto, apontamento para confirmação ou negação. Atualmente, a quase totalidade dos historiadores elege a intencionalidade da descoberta. O acontecimento indiscutível é que foram os portugueses que "descobriram" o Brasil, tomando posse da terra. Devemos aos portugueses boa parte da nossa formação.

Em uma quarta feira, 22 de abril de 1500, a esquadra de Cabral que no dia anterior encontrara sinais de terra, avistou um grande monte, e depois serras mais baixas ao Sul, com grandes arvoredos. O primeiro ponto avistado chamou-se monte Pascoal.No dia 23 de abril de 1500, a vida dos índios que viviam na região onde hoje está a cidade de Porto Seguro, no sul da Bahia, foi interrompida por um espetáculo assombroso. Treze navios enormes, muitos maiores do que as canoas que conheciam, atravessaram um após o outro a passagem entre os recifes da Coroa Vermelha e aportaram perto dapraia.

Na carta de Pero Vaz de Caminha, que foi enviada a D. Manuel I, estava escrito que se a terra não era a Índia e nem a África, era uma terra nova, uma ilha como outras já descobertas no Atlântico, pelos portugueses, foi lhe dado o nome de Ilha de Vera Cruz . Mas esta mesma Ilha de Vera Cruz, depois Terra de Santa Cruz, acabou por se chamar Brasil, enaltecendo a questão puramente comercial , cuja origem do nome todos nós conhecemos(uma árvore da qual se extraía tintura vermelha para tecidos – mercadoria de grande procura na Europa. A árvore era o pau-brasil).

Escrivão da frota de Cabral, Pero Vaz de Caminha redigiu carta ao rei D. Manuel para comunicar-lhe o descobrimento das novas terras. Datada de Porto Seguro, no dia 1º de maio de 1500, foi levada a Lisboa por Gaspar de Lemos, comandante do navio de mantimentos da frota; sendo o primeiro documento escrito da nossa história.

A primeira carta descreve com realismo a terra descoberta. A segunda cita a presença da constelação do Cruzeiro do Sul em nosso céu . O governo português sempre teve muito cuidado em esconder as informações sobre suas descobertas marítimas. Como parte dessa política de sigilo, Portugal excluía metodicamente documentos que poderiam cair em mãos inimigas. O governo português sabia muito mais sobre as novas terras do que deixava desvendar. Por isso temos notícia de que o mapa do Brasil mais antigo que se conhece é o chamado "mapa de Cantino". Foi encomendado por Alberto Cantino, espião a serviço do duque de Ferrara, e realizado no final de 1501 por algum cartógrafo português que conhecia as descobertas. O mapa mostra o desenho do litoral brasileiro desde a foz do Amazonas até Cabo Frio, o que indica com certeza que outros viajantes já haviam explorado as novas terras. Alguns historiadores identificam o nome Brasil não com o de uma árvore. A palavra teria o significado de Ilha Afortunada, ou a ilha do Paraíso. A seu favor, os defensores da idéia já encontraram mapas feitos a partir de 1367, nos quais ilhas desconhecidas aparecem indicadas como "Braçile", "Braçir", "obrasil", "O brasil" e "hobrasill".

Referencias: Fronteiras do Brasil no regime colonial, José Olympio
Autora: Amelia Hamze
Educadora
Profª UNIFEB/CETEC e FISO - Barretos

(**) Pequeno excerto da Carta de Pêro Vaz de Caminha a El-Rei D. Manuel 1º)

“Posto que o capitão-mor desta vossa frota e assim os outros capitães escreveram a Vossa Alteza a nova do achamento desta vossa terra nova, que nesta navegação agora se achou, não deixarei também de dar conta disso a V. A(...)

E domingo 22 do dito mês (Março) ... houvemos vistas das ilhas de Cabo Verde. (...) Na noite seguinte (...) se perdeu da frota Vasco Ataíde com sua nau, sem haver tempo forte nem contrário para que tal acontecesse. (...)

(a 22 de Abril) houvemos vista de terra (...)

Dali avistámos homens que andavam pela praia obra de sete ou oito. (...) Ao chegar o batel à boca do rio, já ali havia dezoito ou vinte homens. (...)

A feição deles é serem pardos, avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem-feitos. Andavam nus, sem cobertura alguma. (...)

Um deles pôs olho no colar do capitão e começou a acenar com a mão para terra e depois para o colar, como que dizendo que ali havia ouro. Também olhou para o castiçal de prata e assim mesmo acenava para terra e novamente para o castiçal, como se lá também houvesse prata. (...) Isto tomámos nós assim por assim o desejarmos. (...)

Parece-me gente de tal inocência que, se homem os entendesse e eles a nós, seriam logo cristãos, porque eles, segundo parece, não têm nem entendem em nenhuma crença. E portanto, se os degradados que aqui hão-de ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido que eles se hão-de fazer cristãos e crer em nossa santa fé. (...) Portanto V. A ., que tanto deseja acrescentar a Santa Fé Católica, deve cuidar da sua salvação. (...)

Esta terra, Senhor, me parece que da ponta que mais contra o sul vimos até outra que contra norte vem de que nós deste ponto houvemos vista, será tamanha que haverá nela bem XX ou XXv léguas por costa (...) e a terra (...) muito cheia de grandes arvoredos (...) nela até agora não pudemos saber que haja ouro nem prata nem nenhuma cousa de metal nem de ferro nem lho vimos. (...) E em tal maneira é graciosa que querendo-a aproveitar dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem. (...)

Beijo as mãos de Vossa Alteza deste Porto Seguro da vossa ilha de Vera Cruz hoje, sexta-feira, primeiro dia de Maio de 1500.”

A descoberta do Brasil em 1500 marcou o início da ocupação civilizada do território que viria a se chamar Brasil, sob os moldes do absolutismo europeu e do sistema colonial. Antes da chegada de Pedro Álvares Cabral, os nativos se organizavam sob a forma tribal e configuravam uma cultura primitiva, em que a terra correspondia à área de habitação de tribos diferenciadas. Esses nativos, chamados equivocadamente de indígenas pelos colonizadores europeus, que acreditavam ter chegado às Índias e não a uma nova terra, deixaram traços na cultura brasileira, especialmente na arte, na alimentação e nas formas de cultivo agrícola.
O sistema colonial implantado no novo território baseou-se inicialmente na exploração do pau-brasil e, em seguida, no cultivo da cana-de-açúcar, que garantiu aos portugueses a ocupação definitiva do litoral. A base da economia era a atividade agrícola, mantida pela mão-de-obra escrava vinda da África.

O chamado pau-brasil se caracterizou como uma especiaria, pois tratava-se de uma árvore da qual se extraía tintura vermelha para tecidos, mercadoria de grande procura na Europa. O nome Brasil derivou, assim, de uma árvore da cor de brasa.

Com o rareamento da madeira e o monopólio do produto, impôs-se novas formas de desenvolvimento econômico do litoral e os colonos lançaram-se a um novo projeto: a cultura da cana e a produção do açúcar.

Em meados do século XVI, o açúcar tinha grande valor de mercado e sua cultura era dominada pelos portugueses, que se haviam aperfeiçoado nessa produção nos Açores. Para o plantio do açúcar, os colonos contaram, a princípio, com a mão de obra indígena que, no entanto, não se adequou à operação dos engenhos, tarefa que exigia um melhor grau de aperfeiçoamento tecnológico. Para resolver esse problema, os portugueses começaram a importar escravos da África, que se tornaram uma solução a longo prazo.

Do ponto de vista da ocupação territorial e da colonização indígena, foi fundamental a presença da Companhia de Jesus. Esta instalou-se no Brasil em várias capitanias - Bahia, Porto Seguro, Pernambuco e São Vicente (hoje São Paulo) onde tinha como uma de suas tarefas principais a criação de aldeamentos indígenas e a conformação de inúmeras organizações como igrejas, orfanatos e colégios para os filhos da terra. Nos primeiros anos da colonização, os jesuítas foram os maiores protetores dos indígenas. Na sua concepção de sociedade, porém, os índios, apesar de não serem escravos, não eram livres, tinham que obedecer aos preceitos da Ordem religiosa, seguindo uma moral rigorosa e abandonando muitos de seus costumes tradicionais.

Apesar dos lucros obtidos com a exploração mercantilista do açúcar, a Coroa enfrentou inúmeras dificuldades políticas e econômicas acabando por perder o monopólio do produto. A conquista do interior fazia-se necessária, não apenas para garantir a economia via novas riquezas minerais, mas para implementar a ocupação do território, ameaçado desde a chamada invasão holandesa.

O paulista Fernão Dias foi o maior responsável pelo surto minerador que tomaria conta do Brasil já na segunda metade do século XVII. Caçador de índios, Fernão Dias descobriu esmeraldas na região serrana de Minas Gerais. Após sua morte, durante a expedição, seus companheiros encontraram ouro, o que incrementaria as chamadas bandeiras.

As bandeiras eram expedições armadas que partiam em geral da Capitania de São Vicente, em direção ao interior, a fim de escravizar índios e descobrir riquezas minerais. A tentação do ouro era maior do que os perigos e inúmeras incursões foram organizadas e chegaram a descobrir muito do precioso metal. Houve quem dissesse que o ouro era tanto que, em muitos riachos, bastava-se mergulhar a bateia e ficar rico.
A chamada corrida do ouro atraiu diversos aventureiros à região, mais tarde conhecida como Minas Gerais, fazendo surgir os primeiros arraiais, com suas capelinhas em agradecimento aos santos de devoção, iniciando o povoamento das áreas conquistadas. Atrás dos mineradores apareceram os mercadores que vendiam roupas, comidas e escravos conformando uma sociedade essencialmente urbana.

O desenvolvimento da economia colonial, após a descoberta do ouro e a conseqüente queda da produção do metal, prosseguiu. Em diferentes regiões, outras riquezas naturais foram cultivadas: o fumo, na Bahia; o algodão, no Maranhão e no Pará; e a pecuária, que do norte e litoral avançou para o interior. Algumas investidas na indústria têxtil no Pará e em Minas Gerais se fizeram presentes ainda que de pequeno porte. A siderurgia passou a ser uma alternativa na região de Aroiçaba da Serra, em São Paulo, na segunda metade do século XVIII.

Com a morte de Dom José, em 1777, o trono passa às mãos de Dona Maria que enfrenta uma grande crise econômica. Em 1785, um alvará régio proibiu qualquer tipo de indústria no Brasil. Enquanto isso, a Europa enfrenta a crise mercantilista que viria a propiciar grandes revoltas políticas, cujo exemplo máximo foi a Revolução Francesa. Anteriormente, em 1776, os Estados Unidos já haviam se tornado independentes da Inglaterra.

Os problemas econômicos portugueses, com o acréscimo excessivo de impostos, levou a elite de Minas Gerais a considerar a possibilidade de um movimento de independência - a chamada Inconfidência Mineira. Delatado, o levante fracassaria e teria como conseqüências a execução do alferes Joaquim José da Silva Xavier - o Tiradentes, e a prisão seguida de exílio de seus companheiros.

O século XIX encontraria uma situação política internacional bastante diferenciada. Com a presença de Napoleão Bonaparte na França e suas campanhas militares, foi decretado o chamado bloqueio continental. A França pressiona Portugal a aderir ao bloqueio irritando a Inglaterra, que via em Portugal um aliado precioso. Numa tentativa de aliviar as tensões e garantir seus interesses comerciais, a Inglaterra envia a Lisboa o lorde Strangford com propostas claras a Dom João: ou o regente permaneceria ao lado da Inglaterra e teria garantida a Coroa, ou então o Brasil seria invadido. Muito pressionado, o regente português resolve abandonar Lisboa e transferir a corte para o Rio de Janeiro.

A presença de Dom João no Brasil abriu novas perspectivas. Criou-se o Banco do Brasil, foram feitas reformas urbanas no Rio de Janeiro e a colônia foi elevada a Reino Unido. Mas a situação interna do país aos poucos foi se tornando caótica, especialmente para a economia nordestina, com a queda dos preços de produtos como o algodão e o açúcar, que continuava como a principal exportação brasileira. Em Portugal, consequentemente, a situação econômica era também precária e o descontentamento geral. As pressões no Brasil e em Portugal levaram o rei de volta a Lisboa, no dia 25 de abril de 1821. O Brasil ficaria sendo governado por um regente, seu filho e herdeiro, Dom Pedro que viria a decretar a independência do país em 7 de setembro de 1822.

Para solucionar os problemas de reserva de capital, Dom Pedro I se aproximou da Inglaterra a quem recorreu com pedidos de empréstimos sucessivos, dificultando cada vez mais a crise econômica e política. Em 1831, na madrugada de 7 de abril, Dom Pedro I abdica o trono, deixando como herdeiro seu filho de cinco anos. A abdicação do regente mudou o quadro político do país, o comando passou para as mãos dos liberais, com a presença do ministro da justiça Diogo Antônio Feijó que, apesar de ter promovido um certo saneamento econômico, manteve o país eminentemente agrícola e dependente do escravismo. O problema da escravidão e do tráfico de negros será a grande causa dos conflitos do país.

A estabilidade política e econômica do império chegaria na década de 1840 coincidindo com a expansão do café. Este já era produzido no Pará desde o século XVIII, mas se expandiu a partir do Rio de Janeiro até São Paulo.

O fim do império culminou numa era de transições: o país até então rural passou a viver uma acelerada urbanização. A extinção da escravidão incrementou o trabalho livre e possibilitou o capitalismo e o progresso tecnológico do país. A imigração maciça concentrou-se sobretudo em São Paulo, junto aos cafeicultores, mas ocorreu também intensamente no sul do país.

A consolidação política e econômica da República sob o domínio do café, transformou São Paulo e o Rio de Janeiro em grandes metrópoles, cuja evolução urbana poderia ser observada no cenário urbano ligado à belle epoque. Os capitais privados foram destinados à construção de grandes obras, a exemplo das vias ferroviárias.

O início do século XX, teve como marco o apoio à industrialização e à imigração. O desenvolvimento industrial se fez sentir sobretudo em São Paulo, onde surgiram bairros de operários e grandes conglomerados industriais, cujo exemplo mais importante foi o grupo criado por Francisco Matarazzo. Em 1910, São Paulo ostentava o maior complexo industrial da América do Sul.

Independente das duas Guerras Mundiais e das diversas crises internas o Brasil, ao longo do tempo, passou por processo de crescimento urbano espantoso das cidades ligadas à industrialização, a despeito da manutenção de grandes áreas latifundiárias ligadas à criação de gado e à produção agrícola.
Cristina Ávila



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