37. NÃO TINHA
VESTIDO
Edileuza era uma jovem de coração
bom. Mas gostava de andar na moda. No próximo sábado
iria haver uma festinha de debutantes. Com que vestido aparecer?
Tinha “apenas” 15, além dos acessórios.
- Apenas? Perguntou maliciosamente uma colega.
- Não posso ir à festa com roupa fora da moda. E
nem com a mesma roupa da minha colega.
Nesse meio tempo foi convidada para ajudar na
preparação da santa Missão visitando as famílias.
Coube-lhe um bairro de periferia. Ao entrar numa casa, ficou conhecendo
uma menina que estava de cama:
- O que foi? Está com dengue? Ou alguma outra doença?
- Nada disso. Estou me cobrindo com este lençol porque
espero meu vestido secar lá no varal.
- Não tem outro vestido para trocar, querida?
- Só tenho esse que está no varal.
Edileuza quase teve uma crise de choro. Voltou
logo para casa e foi diretamente ao seu guarda roupa. Escolheu
uns três vestidos bons, e foi às pressas para a casa
daquela pobrezinha. As duas choraram de emoção.
Palavra de vida: Eu estava nu e me cobristes
(Mt 25,36)
38. LEMBRA-TE DA MORTE
São Pio X, além de Pastor da Igreja, foi um grande
confessor. Certa vez um homem foi confessar-se com ele e ganhou
a seguinte penitência:
- Não coma carne durante a Quaresma.
- Essa penitência eu não dou conta de cumprir. Arranje
outra.
Pio X propôs diversas outras, mas o penitente achava tudo
difícil. Por fim o Papa buscou um anel e lho entregou com
a seguinte recomendação:
- Nas tentações, nas dificuldades e nas doenças
leia sempre o que está escrito no anel: “Lembra-te
da morte”.
O homem achou fácil demais esta penitência. Logo
percebeu que ela tornou-se a mais difícil. Mas também
a mais eficaz. Este pensamento, em vez de fazê-lo desanimar,
transformou-o no homem mais alegre e mais honesto da sua cidade.
Palavra de vida: São Francisco assim
denominava a morte que nós tanto tememos: “Minha
irmã morte”.
39. CORAÇÃO BATENDO
POR MARIA
Um vigário muito santo deixou pronto seu atestado de óbito,
que devia ser lido por ocasião da sua morte. Era original
e dizia assim:
Quando meus pés começarem a esfriar e minhas pernas
não mais se mexerem. Quando meu queixo começar a
endurecer e meu nariz for se afilando. Quando meus olhos ficarem
vidrados e meu corpo transpirar o suor da morte. Quando vocês
quiserem saber se estou vivo ainda, gritem bem forte no meu ouvido:
“Jesus! Maria!” Se meu coração não
bater, é porque deixei de viver.
Palavra de vida: Ave Maria, cheia de graça!
Porta do céu! Estrela da manhã!
40. AS PEGADAS DE DEUS
- Você acha que Deus existe? – perguntaram a um beduíno.
- Pois é claro.
- E como você sabe? Já o viu?
Convidando o interlocutor a sair da tenda, mostrou-lhe algumas
pegadas na areia:
- O que significa isso?
- Ora, alguém passou por aqui.
- Do mesmo modo, olhando ao meu redor e vendo tantas maravilhas
da natureza, vejo que Deus passou por aqui. São traços
da sua existência.
Palavra de vida: Os céus proclamam a
glória de Deus.
41. JAMAIS DESISTAM!
Wiston Churchill, famoso estadista inglês, teve grande
dificuldade em aprender a língua inglesa quando era menino.
Algum tempo depois, quando já ocupava altos cargos no
país, foi convidado para fazer o discurso de colação
de grau para uma turma de formandos da Universidade de Oxford.
Entrou no salão com seu habitual charuto na boca, a bengala
numa das mãos e a cartola na outra.
Subiu na tribuna no meio de palmas e aplausos frenéticos.
O silêncio era total e a expectativa, geral. Olhou firme
para platéia e voltando-se para os formandos, disse com
voz forte:
- Não desistam jamais! Jamais desistam!
Foi o discurso mais curto e mais eloqüente na história
daquela Universidade.
Palavra de vida: “Tende coragem! Eu venci
o mundo (Jô 16,33)
42. A ESPADA DE DÂMOCLES
Era uma vez um rei de nome Dionísio. Morava na Sicília
e possuía grandes riquezas. Era invejado por muitos. “Este
homem deve ser o mais feliz do mundo, pois tem tanto dinheiro”
pensava um pobre sitiante de nome Dâmocles. Ah! Se eu tivesse
ao menos a décima parte do que ele tem.
O rei ficou sabendo do seu desejo e propôs que ficasse
no seu lugar um dia apenas.
Aceitou. Vestiram-no com as melhores roupas e levaram-no para
a sala de jantar. Puseram à mesa as iguarias mais finas
que se podia imaginar. Mas, ao levantar a vista para o teto quando
levava a taça de vinho à boca, viu uma espada dependurada
em cima da sua cabeça.
Perdeu o apetite. Queria sair. Dionísio perguntou assustado:
- O que foi? O jantar nem começou e já perdeu o
apetite?
- Aquela espada lá em cima. Não está vendo?
- Sim! Eu a vejo todos os dias. Está sempre em cima da
minha cabeça. São as inúmeras preocupações
e suspeitas, os ciúmes e atentados que pesam sobre mim
como uma espada ameaçadora.
Dâmocles achou melhor voltar para sua choupana.
Palavra de vida: Se queres ser feliz, vai, vende
tudo o que tens, dá aos pobres. (Mt 19,21)