GOTAS DE REFLEXÃO - EVANGELHO DOMINICAL
Colaboração do Diácono José
da Cruz
Índice desta página:
. Evangelho de 02/07/2006 - Festa de
São Pedro e São Paulo
. Evangelho de 25/06/2006 - 12º Domingo
do Tempo Comum
. Evangelho de 18/06/2006 - 11º Domingo
do Tempo Comum
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02/07/06 –
Festa de São Pedro e São Paulo
(coloque o cursor sobre o texto
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Comentário:
Celebramos hoje duas personagens fundamentais do cristianismo, duas
colunas básicas da Igreja de Jesus: Pedro e Paulo. Ambos,
por caminhos diferentes, deixaram suas marcas na igreja nascente,
as quais perduram até hoje. Jesus confiou a Pedro a tarefa
de ser a pedra sobre a qual a comunidade cristã é
construída, e Paulo recebeu a missão de levar a mensagem
do evangelho aos povos que ainda não a conheciam. Nesta celebração
queremos também lembrar nosso Papa Bento 16, que continua
hoje a missão dos apóstolos Pedro e Paulo.
Salmo - 33/34:
- "De todos os temores me livrou o Senhor Deus!"
II leitura (2Tm 4,6-8.17-18):
- "Paulo, confiante, espera a recompensa de
Deus por ter cumprido com fidelidade a própria missão."
“A FIRMEZA DA PEDRA”
A
afirmação de que Pedro é pedra, foi feita
por Jesus logo após a bela profissão de fé
professada por ele, diante da pergunta que Jesus dirigiu diretamente
aos discípulos “E Vós quem dizeis que eu sou?”.
Essa questão foi levantada pelo próprio Jesus, após
ter ouvido dos discípulos opiniões generalizadas
do povo sobre sua pessoa.
A sociedade de hoje com certeza têm muitas
opiniões sobre Jesus, talvez ainda o confundam com um poderoso
profeta, com a reencarnação de uma grande celebridade
religiosa, com algum importante Líder político e
Revolucionário, há times de Futebol que falam em
seu nome na hora da concentração, confundindo-o
com algum Técnico de futebol e Protetor da Equipe, e para
outros, ele é o maior de todos os milagreiros que já
pisou a face da terra. O certo, é que para todas as correntes
ideológicas e culturais, o nome Jesus significa alguma
coisa.
Mas para o Cristão, o conhecimento sobre
Jesus, a sua pessoa e o seu ensinamento, não passam pelas
maquinações humanas porque provém da iniciativa
de Deus, que se revela na pessoa do seu filho a toda humanidade,
como dom gratuito e imerecido.
E se a Fé é o fundamento de todas
as coisas, é ela que nos dá também a chave
para compreendermos as coisas de Deus, fazendo assim a grande
diferença entre Ligar e Desligar, sendo que este poder
da Igreja vem justamente da Fé. Portanto, a partir da confissão
de Pedro, Jesus já pode sonhar com a sua Igreja –
Assembléia do Povo da Nova Aliança, que doravante
terá a missão de ser sinal e expressão desse
Reino, que Jesus plantou no meio dos homens.
E se Pedro recebe mediante a sua fé, a
chave para compreender, ligar e desligar, como explicar que pouco
depois, no versículo seguinte ele se recuse a aceitar o
sofrimento, a paixão e a morte do seu Mestre, como desígnio
de Deus para realizar a Salvação? E ainda, quando
do seu julgamento o tenha negado por três vezes?
Simplesmente porque o dom da Fé, como
tudo mais que provém de Deus, não vem pronto e acabado,
mas em forma embrionária, necessitando da participação
do homem, para fazê-la desenvolver e amadurecer por isso,
em inúmeras ocasiões Jesus comparou o Reino do Céu
a uma semente, como no evangelho de domingo passado. No coração
de Pedro já havia a convicção de que Jesus
é o filho de Deus, mas a partir desta verdade revelada
pelo próprio Deus, seria necessário caminhar e construir
o novo Reino, a partir da pessoa e dos ensinamentos de Jesus,
experimentando em si essa nova e surpreendente realidade.
Não seria um caminho dos mais fáceis,
mas a Pedro caberia a decisão de aceitar o desafio e correr
o risco. Por isso este evangelho confirma o seu primado e o apresenta
como o marco inicial da nossa Igreja, onde a única Rocha
é Jesus!
Também nós enquanto Igreja de Batizados,
como Filhos e Filhas de Deus em Cristo, recebemos o dom da Fé
e a Graça de Deus em nosso Batismo, mas como Pedro, precisamos
tomar uma decisão e dar a Deus uma resposta definitiva,
para ser possível caminhar e crescer na Fé. Após
essa decisão firme e corajosa a favor do Reino de Deus,
iremos então experimentar a Graça, que está
presente em nós e é sempre maior do que todas as
nossas fraquezas e limitações.
Embora pareçam diferentes, as histórias
dos Apóstolos Pedro e Paulo, cuja Festa a Igreja hoje celebra,
são exatamente iguais porque ambos tiveram uma experiência
com Jesus e a partir disso aceitaram o desafio de construir o
Reino e expandi-lo à todas as Nações.
São Paulo era um Judeu convicto, que sentindo-se
encantado com o chamado de Jesus, deixou para trás todos
os seus planos para um futuro que poderia ser brilhante na carreira
de Rabino, e tornou-se apóstolo cabendo-lhe a missão
de romper a fronteira do Judaísmo para levar o Cristianismo
também aos Pagãos e Gentios.
São eles também, além de
colunas mestras da Igreja, o maior exemplo de Unidade e Comunhão,
porque mesmo divergindo em algumas questões doutrinárias,
viveram com alegria a comunhão na diversidade, incentivando-nos
a percorrer hoje esse mesmo caminho tão desafiador, que
requer de cada cristão muita humildade e Espírito
Fraterno para acolher o “diferente”, redimindo-nos
do pecado das divisões, presente dentro e fora da Igreja.
Que a nossa Fé se renove e se fortaleça
ao celebrarmos São Pedro e São Paulo, e nos empenhemos
para ser uma Igreja mais profética e mais Santa, tornando
Jesus mais conhecido e amado por toda a humanidade.
Diácono José da Cruz
jotacruz3051@gmail.com
25/06/06 –
12º Domingo do Tempo Comum
(coloque o cursor sobre o texto
em azul para ler o trecho da Bíblia)
Comentário:
Jesus, acalmando a tempestade, apresenta-se como Senhor também
da natureza. Diante das dificuldades da vida, o evangelho mais uma
vez nos convida a depositar toda nossa confiança em Jesus
e em sua palavra. Ele sempre pode ser encontrado, mesmo em meio
às tempestades que surgem ao longo de nossa existência.
Salmo - 106/107:
- "Dai graças ao Senhor, porque Ele
é bom, porque eterna é a sua misericórdia!"
II leitura (2Cor 5,14-17):
- "Cristo, ao morrer por toda a humanidade
e ressuscitar, ensinou-nos a viver para Ele."
“SEM MEDO NAS TEMPESTADES”
“Eu
acredito em Deus e quando preciso recorro a Ele, mas não
sou muito de ir à igreja”.
Há muita gente que pensa exatamente assim
e recorre à fé somente quando precisa, vivendo a
chamada ‘fé da religiosidade’, que também
é a fé do descompromisso. Claro que um cristão,
seguidor de Cristo, não pode acostumar-se nesse tipo de
fé, mas deve caminhar e crescer, descobrindo os novos horizontes
que a visão da fé nos oferece e que surge de um
‘crer’ enraizado na vida e na história, onde
Deus é muito mais do que um serviço de atendimento
24 horas.
Esse crescimento é necessário;
caso contrário, nos momentos de dor, sofrimento e crise
em nossa caminhada por este mundo, teremos a mesma amarga impressão
dos discípulos, de que Deus está ausente, completamente
indiferente ao nosso sofrer e ao nosso destino. Um Deus que dorme
e que não está nem aí com o que nos acontece.
Na primeira leitura da liturgia desse domingo,
temos o livro de Jô, que nos ajuda a refletir sofre o sentido
do sofrimento humano. Ele havia acabado de pedir uma audiência
com Deus, porque tinha muitas perguntas a Lhe fazer. Não
somos muito diferentes de Jô e diante de certas situações,
questionamos a deus: “Por que, Senhor?”. Nessa leitura
o texto nos fala que do meio da tempestade Deus respondeu a Jô,
nenhum caos ou desordem em nossa vida ou na natureza está
acima de Deus, Ele é o Senhor do céu, da terra e
do mar. Devemos, portanto, prestar atenção nessa
conversa onde Deus, com muito jeitinho, coloca Jô em seu
devido lugar, afirmando assim que o limitado, o imperfeito, não
pode confrontar-se com o perfeito. E assim, do meio de nossas
crises, Deus nos fala para nos lembrar que a nossa efêmera
existência é marcada por limites, dos quais provém
o sofrimento.
No Evangelho desse domingo, Marcos conduz sua
narrativa para uma grande constatação: Jesus de
Nazaré é Deus porque domina as forças da
natureza, fazendo o vento se calar e o mar se abrandar. O questionamento
final não coloca dúvida, mas ao contrário,
é sinal de admiração e manifestação
de fé dos discípulos.
Podemos desta maneira, nos ver nessa barca da
Igreja, que navega sempre em águas revoltas e tempestades,
representadas pelos problemas de ordem interna que se abateram
sobre a igreja do primeiro século e sobre as comunidades
de hoje: divisões, intrigas, incompreensões e disputas
de cargos, e também pela oposição de um mundo
que ainda não fala e não compreende a linguagem
do Evangelho, porque longe de vê-lo como a Salvação,
o enxerga como uma ameaça á felicidade do homem.
A barca dos discípulos no cenário de Marcos navegava
na direção de uma região pagã, uma
realidade não diferente da que vivemos...
Evidentemente, não se trata de um relato
fiel dos acontecimentos, mas uma reflexão que quer dar
uma resposta aos anseios da comunidade que enfrentava grandes
desilusões pelas dificuldades encontradas. Jesus, encostado
confortavelmente em um travesseiro, dorme tranqüilo em meio
a uma tempestade, enquanto seus discípulos correm risco
de morte, já que o frágil barquinho poderá
a qualquer momento ser tragado pelas águas revoltas do
mar.
E esse ‘dormir’ está relacionado
com a ressurreição e mostra que Jesus está
presente e caminha com os discípulos, porém, de
uma maneira diferente daquela que eles estavam acostumados a verem.
Também hoje, diante dos grandes desafios que a Igreja enfrenta
para cumprir sua missão em meio a este mundo, temos a impressão
de que Jesus não se incomoda muito com os problemas que
temos de enfrentar na comunidade.
Mas quando temos uma fé madura, somos
capazes de perceber que Ele está agindo e que nunca abandonou
a comunidade. O sentimento de medo, insegurança em nossos
trabalhos junto à comunidade sempre existirá, afinal
somos humanos e não temos uma visão nítida
e clara daquilo que estamos fazendo, porém, basta-nos saber
que cristo caminha conosco, Ele que é o Senhor dos senhores,
que transforma a tempestade em bonança e que faz as ondas
do oceano se calarem, conforme o salmo 106.
Diácono José da Cruz
jotacruz3051@gmail.com
18/06/06 –
11º Domingo do Tempo Comum
(coloque o cursor sobre o texto
em azul para ler o trecho da Bíblia)
Comentário:
Irmãos e Irmãs, neste domingo em que o Evangelho nos
lembra da semente lançada à terra, somo convidados
a depositar toda a confiança em Jesus, que lançou
a semente do Reino de Deus. A páscoa de Jesus se manifesta
na vida dos pequenos que estão abertos à ação
divina e nos gestos simples que revelam a presença do reino
dos céus.
Salmo - 91/92:
- "Como é bom agradecermos ao Senhor
e cantar salmos de louvor ao Deus altíssimo!"
II leitura (2Cor 5,6-10):
- "Com palavras de confiança, Paulo
nos apresenta o sentido cristão da vida e da morte."
“PEQUENA SEMENTE”
Entre
todos os mistérios de Deus, o maior e o mais belo de todos
é o mistério da Vida!
Certa vez participei de um evento de plantio de mudas na Semana
do Meio Ambiente, e ao me referir à “cova”
aonde eu iria plantar a minha árvore, um aluno corrigiu-me
“Não é cova que a gente fala, mas sim berço”.
Agradeci o menino pela sábia correção e
fiquei pensando no assunto por alguns dias. De fato, não
faz sentido chamarmos de “cova” a cavidade onde iremos
colocar a muda de uma árvore, porque “cova”
lembra-nos morte e a muda traz a vida que depois irá se
irromper da terra, com toda sua força.
Á luz da Palavra de Deus vemos aí o mistério
da vida, pois nos cemitérios, quando pensamos estar enterrando
nossos mortos em uma cova ou túmulo, estamos na verdade
plantando uma semente que irá germinar para a vida eterna
segundo a nossa Fé e Esperança.
Quando Jesus foi colocado no túmulo, os poderosos que
haviam decretado à sua morte, pensaram estar enterrando
para sempre aquele homem que com a sua vida e seus ensinamentos
havia abalado a estrutura religiosa, econômica e política
daquele tempo, anunciando um Reino Novo, bem diferente do que
todos esperavam. Mas na verdade eles plantaram no seio da terra
a mais poderosa de todas as sementes: o Reino de Deus!
O mais interessante da História da Salvação
é que, esse fato central da nossa fé, que é
a Ressurreição de Cristo, não foi presenciado
por ninguém, no momento em que o corpo glorioso de Jesus
foi arrancado das trevas da morte, não havia nenhum ser
humano por perto e àquele homem, aparentemente derrotado,
que havia experimentado uma morte vergonhosa e humilhante, enterrado
na escuridão da terra, fez surgir o maior de todos os reinos,
muito maior do que o Reino de Davi, cujo império havia
unificado o norte e o sul. O Reino de Deus trazido por Jesus,
se expandiu por toda a terra, revelando-se aos homens de todos
os tempos e lugares ao longo de três milênios de história.
No evangelho desse Domingo Jesus compara o Reino dos Céus
a uma semente, e na parábola seguinte a um grão
de mostarda mostrando-nos alguns pontos importantes que às
vezes não entendemos em nossa caminhada na vida de Fé.
Em gestão empresarial há todo um planejamento para
se chegar a um resultado, utilizando-se esta ou aquela técnica,
com este ou aquele sistema de gestão, se chega ao resultado
esperado, que caso não atenda a expectativa dos gestores,
é feita uma revisão criteriosa em cada uma das fases
do processo de produção, ou seja, o homem é
extremamente importante no processo, embora não pareça,
inclusive esse valor do homem dentro de uma gestão vem
sendo resgatado pela Gestão de Pessoas, na qual as grandes
empresas vão se aprimorando cada vez mais.
Ora, no Reino de Deus é muito diferente, pois o resultado
não depende da ação do homem, assim como
a semente cresce e se desenvolve sem a interferência do
agricultor, o Reino de Cristo cresce e se expande no coração
das pessoas, fora do alcance ou de qualquer monitoramento do homem.
Portanto, ao evangelizador cabe apenas a tarefa de semear o Reino
no coração e na vida das pessoas, de maneira gratuita
e incondicional, sem cobrança e sem exigir resultados,
mas tendo-se a paciência da espera, acreditando que a graça
de Deus irá transformar a pessoa no tempo certo.
A vinda de Jesus a este mundo, para nos trazer a Salvação,
foi toda ela preparada, Jesus não invadiu a nossa história
de repente e o mesmo acontece em nossa vida, a semente lançada
em nós pelo Batismo vai se desenvolvendo sozinha porque
tem em si a força da graça.
A paciência e a humildade são as demais virtudes
que Jesus coloca como necessárias nos trabalhos do Reino,
onde da morte vem a vida, de um aparente fracasso vem a vitória
incontestável., de uma coisa pequena e insignificante surgiu
algo grandioso e eterno.
Esse é o jeito de Deus agir, tem sido assim desde Abraão,
o primeiro dos patriarcas, até o povo de Deus deste Terceiro
Milênio, que tem pela frente sempre esse grande desafio:
acreditar nos pequenos projetos de vida que irrompem no meio das
comunidades, acreditar e apoiar o sonho dos pobres e pequenos
em sua luta, valorizar e incentivar suas conquistas e ser solidário
com eles em suas dores e angústias, afinal o Reino é
deles e para eles.
É dos sonhos e projetos dos pequenos que surgirá
um dia o Reino de Jesus Cristo em toda sua plenitude, a Igreja
deve e tem que ser a primeira a anunciar essa esperança.
Diácono José da Cruz
jotacruz3051@gmail.com
PÁGINA DESTINADA
A PUBLICAÇÃO DE SERMÕES PROFERIDOS EM MISSAS
QUE DEUS ABENÇOE
A TODOS NÓS!
Oh! meu Jesus, perdoai-nos,
livrai-nos do fogo do inferno,
levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente
as que mais precisarem!
Graças e louvores
se dê a todo momento:
ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento!
Mensagem:
"O Senhor é meu pastor, nada me faltará!"
"O bem mais precioso que temos é o dia de hoje!
Este é o dia que nos fez o Senhor Deus!
Regozijemo-nos e alegremo-nos nele!".
( Salmos )
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