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GOTAS DE REFLEXÃO - EVANGELHO DOMINICAL

Colaboração do Diácono José da Cruz

Índice desta página:
. Evangelho de 03/12/2006 - 1º Domingo do Advento
. Evangelho de 26/11/2006 - Festa de Cristo Rei
. Evangelho de 19/10/2006 - 33º Domingo do Tempo Comum

ATENÇÃO:

Se na sua paróquia não há distribuição de folhetos para que os fiéis acompanham as leituras e orações da missa, fale com o pároco e peça-lhe permissão para utilizar o folheto que está disponível para download no site da Diocese de São José dos Campos - SP, na página http://www.diocese-sjc.org.br/novalianca.asp

Acostume-se a ler a Bíblia! Pegue-a agora para ver os trechos citados.
Se você não sabe interpretar os livros, capítulos e versículos, acesse a página
"A BÍBLIA COMENTADA" no menu ao lado.

Aqui nesta página, você pode ver as Leituras do Domingo e o Salmo,
colocando o cursor sobre os textos em azul.

BOA LEITURA! FIQUE COM DEUS!


1º DOMINGO DO ADVENTO
INÍCIO DO ANO LITÚRGICO “C”
A LIBERTAÇÃO ESTÁ PRÓXIMA

(coloque o cursor sobre o texto em azul para ler o trecho da Bíblia)

Comentário: Caríssimos irmãos e irmãs! Advento é tempo de grande compromisso com o projeto de Deus. A Celebração Eucarística é o lugar onde o povo oprimido pode ficar de pé e levantar a cabeça, porque a libertação está próxima. Com fé e alegria, cantemos a Glória do Senhor!

SALMO RESPONSORIAL (Sl 24 (25)): - "Senhor meu Deus, a vós elevo a minha alma!"

SEGUNDA LEITURA (1Ts 3,12-4,2): - "Celebrar é atualizar o amor de Cristo por nós, traduzindo-o em fraternidade e solidariedade para que o mundo prepare a vinda de Jesus."


“LEVANTAI-VOS E ERGUEI A CABEÇA”

O dia do julgamento para um presidiário, poderá ser uma festa ou uma fatalidade e a pessoa do Magistrado entrará em sua vida como um herói libertador ou como o carrasco implacável que acabou com o seu sonho de liberdade.

O juiz é um ser humano que pode cometer erros em seu veredicto, enfim, a sua libertação ou condenação não depende dele mas da atuação da defesa e do corpo de jurados.

Quando se fala em julgamento final diante de Deus o quadro é bem outro, para começar não há nenhuma possibilidade de erro da parte de Deus porque ele próprio é a justiça, afirma o profeta Jeremias na primeira leitura dessa liturgia.

O julgamento da humanidade diante de Deus irá levar em conta o livre arbítrio ou seja, somos juizes de nós mesmos e o veredicto final só irá depender de nós. Esse dom da liberdade, de sermos senhores de nossos atos, de podermos decidir e fazer as nossas escolhas, só passamos a ter com a vinda de Jesus pois antes éramos escravos do mal e do pecado, por causa de uma escolha errada que nossos primeiros pais fizeram no paraíso. Em tempo de exílio, com a dinastia do grande rei Davi totalmente destruída, o povo tem a ousadia de sonhar e Deus, através do profeta alimenta esse sonho afirmando solenemente que irá cumprir a promessa de bens futuros, fazendo brotar de Davi a semente de Justiça, fazendo com que a Salvação traga novamente alegria ao coração do povo.

A segurança e a confiança do homem que crê deve estar sempre alicerçada em Deus e nada mais, é por sua iniciativa que oferece a cada homem a salvação e a libertação e portanto, o destino do homem não depende das instituições, nem mesmo as religiosas, que são e serão sempre um meio e não o fim. O majestoso templo de Jerusalém onde Deus se fazia presente era o centro religioso, econômico e político para Israel. Sem templo não era possível aos homens se encontrarem com Deus. A destruição do templo seria realmente o fim do mundo para o povo de Israel.

É essa a grande tragédia apocalíptica que Jesus anuncia no evangelho desse primeiro domingo do advento e que prefigura também o grande dia do encontro de toda a humanidade com Deus, após o julgamento pessoal.

Mas reportando-nos ao início da reflexão, esse julgamento será a apoteose da existência humana porque irá marcar o início de um tempo novo, marcado pela plenitude e podemos afirmar que será o resgate daquele paraíso de onde nunca deveríamos ter saído. No princípio havia o caos nas forças do universo e Deus a tudo ordenou de maneira perfeita estabelecendo assim a harmonia de todas as criaturas.

O seguidor de Jesus Cristo, aquele que confirmou os nossos corações numa santidade sem defeito aos olhos de Deus, não terá o que temer. Olhando a realidade que nos cerca notamos que o caos está presente. Qual é a nação que não experimenta todos os dias a angústia, ao presenciar tanta violência e tanto desrespeito pela vida do homem?

Medo, pânico, insegurança, são sentimentos que se fazem presente em nossa vida nesses tempos em que o mundo parece mergulhado em trevas e não há perspectivas de que melhore. Longe de nos incutir medo e terror, as palavras de Jesus nos enchem de esperança “quando essas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça porque a vossa libertação estará próxima”.

Levantar-se e erguer a cabeça é sinal de quem crê na ressurreição, de quem acredita que ao final Deus irá restaurar todas as coisas porque foi exatamente para isso que Jesus assumiu a nossa natureza humana ao vir a este mundo.

Para quem vive essa esperança e celebra antecipadamente a vitória da vida sobre a morte, da luz sobre as trevas, da graça de Deus sobre o pecado, e faz de sua vida uma constante liturgia de louvor e gratidão, esse dia irá coroar todos os esforços do presente, construindo o reino em meio ao caos, fazendo assim germinar a semente que em Jesus o nosso Deus plantou em nosso meio.

Cada homem tem toda a existência para descobrir essa verdade: que Deus é o sentido e a razão desta vida, que ele é a nossa origem e nosso fim. A questão toda é portanto crer ou não crer e assumir isso em nossa vida tendo-se a consciência de que tal decisão e escolha terão conseqüências seriíssimas naquele dia, quando estivermos diante de Deus, presos na armadilha da descrença ou libertos para sempre, atingindo a plenitude de nossa existência. A decisão é só nossa!

Diácono José da Cruz
jotacruz3051@gmail.com


26/11/06 – Festa de Cristo Rei
SOLENIDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO
MÊS DIOCESANO DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O DÍZIMO
UM REI PARA UM MUNDO MELHOR
DIA DO LEIGO

(coloque o cursor sobre o texto em azul para ler o trecho da Bíblia)

Comentário: Caríssimos irmãos e irmãs! Encerramos o ano litúrgico, proclamando a soberania e o senhorio do Senhor Jesus, na Solenidade de Cristo Rei. Um Rei desconcertante! Um Rei coroado de espinhos! Um Rei Pastor e Juiz! Um Rei Salvador, que nos ensina que governar é servir. Ele nos convida para a edificação do seu Reino. Por isso, hoje também celebramos o Dia do Leigo. Na alegria de estarmos a serviço do Rei Jesus, com fé e alegria, cantemos a Glória do Senhor!

SALMO RESPONSORIAL (Sl 92 (93)): - "Deus é Rei e se vestiu de majestade, glória ao Senhor!"

SEGUNDA LEITURA (Ap 1,5-8): - "Jesus é o princípio e o fim da criação, para quem converge todo o universo."


“UM REINO QUE NÃO É DAQUI”

A resposta de Jesus à Pilatos, de que o seu reino não é deste mundo, poderá ser mal interpretado, se não se conhecer o contexto do evangelho e o mal entendimento poderá resultar em uma religião extremamente espiritualista, alienada e descomprometida com as realidades terrestres que nos cercam. O cristão sempre tem que ter os pés no chão da história e o olhar no paraíso onde o reino irá atingir a sua plenitude pois o reino de Jesus não é uma utopia mas realidade concreta.

A igreja celebra neste domingo a Festa de Cristo Rei que marca o encerramento do ano litúrgico e convida-nos a refletir sobre a realeza de Jesus porque muito mais que súditos, com ele reinamos e vamos construindo o reino já nesta vida. Importante entendermos que não se trata de dois reinos, um terrestre e um celeste, mas de um único reino que um dia se tornará visível para toda humanidade.

Em sua vida pública Jesus viveu momentos em que poderia declarar-se rei, aliás, o povo e os próprios discípulos em alguns desses momentos quiseram faze-lo um rei porém, Jesus sempre fugiu desse populismo que não leva a nada a não ser alimentar a vaidade humana.

A confirmação de sua realeza diante de Pilatos,se dá em um momento dramático quando Jesus está totalmente só e indefeso pois os amigos mais chegados o abandonaram, o povo, a quem ele saciou a fome, instigado pelas lideranças religiosas, haviam pedido a sua condenação, preferindo libertar Barrabás. É portanto um momento de fracasso total e vergonhosa humilhação sendo assim, nessas condições totalmente desfavoráveis, que Jesus confirma que é rei.

Portanto, podemos compreender em um primeiro momento, que reinar com Jesus significa percorrer o difícil caminho do discipulado que vai sempre na contra mão dos projetos humanos, que buscam o Poder e o Ter como as únicas alternativas se ter o domínio não só de um grupo mas de todas as nações da terra, em um absolutismo cruel que atropela e faz sucumbir todos os sonhos e ideais de um povo, desencadeando ódio e violência entre classes, levantando barreiras entre as nações.

Neste sentido Jesus é o único rei que une e congrega todas as nações da terra, no mandato dos seus discípulos sua ordem foi bem clara:”Ide a todas as nações”. Os grandes impérios humanos que existiram e que ainda vão existir, todos sem exceção irão se acabar porque só o Reino de Deus é eterno e jamais passará. Assim como no passado o rei Davi unificou o norte e o sul, Jesus unificou o mundo inteiro e o seu reino não terá fim.

A arma poderosa que Jesus usou, para expandir o seu reino e torna-lo conhecido no mundo inteiro, não foi o poder bélico de um exército grandioso, nem tão pouco a coragem e valentia dos seus seguidores, que no primeiro confronto com o poder, fugiram todos deixando o mestre entregue nas mãos dos seus perseguidores.

Também não fez uso do poder econômico já que nasceu, viveu e morreu pobre, muito menos utilizou o poder divino para impor à força o seu reino. Mas empregou a força do amor!

Amor que ele manifestou em tantos gestos de acolhimento e misericórdia com os pobres e pecadores pois Jesus nunca quis destruir os que se opuseram ao seu reino mas ao contrário, quis ganha-los oferecendo também a eles a salvação enquanto que os reinos do mundo destroem e eliminam quem se interpõe em caminho Jesus constrói, restaura,renova e edifica o homem todo, sem distinção de raça, cor ou religião.

Por isso como Igreja, sinal deste reino no meio dos homens, muito mais que súditos ou meros simpatizantes somos todos discípulos que devem ter o coração sempre aberto a Deus e aos irmãos, manifestando em nossos gestos e palavras aquele mesmo amor que na manhã de um domingo irrompeu da escuridão da morte derrotando para sempre todas as forças do mal, inaugurando um reino que é definitivo.

Diácono José da Cruz
jotacruz3051@gmail.com


19/11/06 – 33º Domingo do Tempo Comum
CELEBRAÇÃO DA PARTILHA
SER DIZIMISTA É UMA QUESTÃO DE FÉ!

(coloque o cursor sobre o texto em azul para ler o trecho da Bíblia)

Comentário: Meus irmãos e minhas irmãs! Deus não poderia reservar para nós textos bíblicos mais expressivos para esta reflexão sobre a importância do Dízimo e da Oferta na vida da comunidade! Veremos, nesta Missa, experiências concretas que nos orientam como devemos ser dizimistas. “Toda pessoa carinhosamente evangelizada torna-se dizimista” (Dom Nelson). Somos convidados a partilhar com generosidade o que temos, pois seremos reconhecidos por Deus não pelo quanto partilhamos, mas sim pelo como partilhamos. Queremos, nesta liturgia, celebrar o Dízimo como expressão de nossa fé, de nosso compromisso e como sinal de fidelidade à Palavra de Deus e à sua Igreja. Com fé e alegria, cantemos a Glória do Senhor!

SALMO RESPONSORIAL (Sl 112): - "Feliz quem teme o Senhor e muito se alegra nos seus mandamentos!"

SEGUNDA LEITURA (2Cor 9,6-8): - "Vejamos o que a Palavra de Deus, na Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios, diz sobre como ofertar o Dízimo."


“AS MINHAS PALAVRAS NÃO PASSARÃO”

Vivemos em um mundo onde o mal é sempre evidente, mesmo nas relações pessoais onde nem sempre sabemos das virtudes e carismas do irmão, mas do seu pecado e das suas faltas, sabemos de cor e salteado e assim o julgamos mal, fechando nossos olhos para o bem que há nele.

A grande mídia também age assim, dando ênfase ao mal, se em alguma favela de São Paulo ou do Rio de Janeiro ocorrer alguma chacina, no mesmo momento em edição extraordinária o Brasil inteiro ficará sabendo, mas dos trabalhos sociais que promovem a vida humana, pouca ou quase nenhuma notícia se tem. No oriente Médio há pessoas piedosas e justas, capazes de dar a vida pelo próximo mas o que se divulga quase todos os dias, é que lá há guerras sangrentas e ódio entre classes, que parece não ter fim.

Diante de um quadro assim, até as pessoas bondosas desanimam e desistem de lutar porque tudo parece perdido e não se vê sinais de esperança. A primeira leitura e o evangelho desse penúltimo domingo do nosso ano litúrgico, utilizam um gênero literário chamado apocalíptico ou a linguagem dos sinais que a comunidade cristã compreende e sabe do que se trata. Esses escritos sempre surgiram em tempos difíceis de perseguições intensas, prisões e martírio de homens e mulheres das primeiras comunidades, que ao lerem o texto sentiam um grande consolo, força e esperança para continuar na fidelidade de sua fé e sentir renascer a esperança.

Se olharmos apenas o texto em seu sentido literal, sem considerarmos o pano de fundo ou o contexto em que ele foi escrito, iremos pensar o que pensa a maioria das pessoas, que se trata da descrição do Fim do Mundo e o nosso coração, em vez de se alegrar e sentir esperança, como os primeiros cristãos, vai sentir penico, medo e pavor e isso não é, nem nunca será uma Boa nova!

Astros de primeira grandeza, que perdem o brilho e despencam do firmamento, são as divindades que o povo antigo adorava e que agora, diante de Jesus, que é a verdadeira e única “Luz do Mundo”, não têm mais razão de existir e de ser buscado. Que luzes e que divindades desse mundo, buscamos hoje para superar os desafios da nossa história? Com toda certeza, a se julgar pelos resultados, não é a luz de Cristo que tem norteado a caminhada da humanidade.

Por isso, o evangelho afirma categoricamente que esse “mundo” chegará ao seu final, não se trata aqui, do planeta ou do cosmos, que também foram contaminados pela maldade humana, mas sim do mundo do mal, presente no ódio entre classes e nações, preconceitos, divisões, mentiras, opressão,exploração e violência, tudo isso irá passar porém, a palavra libertadora que cura e renova, essa jamais passará porque tem em si mesma a semente da eternidade e assim, as leituras mostram que o mal não terá a última palavra e sim o Bem, que é essencialmente o reino que Jesus inaugurou entre nós.

E agora é que vem o mais bonito da história, a partir de Jesus os sinais deste Reino Novo já está entre nós, esta “virada” da história, com o triunfo do Bem sobre o Mal, começou a acontecer precisamente na cruz do calvário e de lá para cá nunca mais parou e continua a acontecer em nossa vida em nossa história.

Mas é preciso estar bem atento e prestar atenção ao nosso redor, pois cada cristão batizado, com o seu testemunho de vida já vai mostrando essa nova realidade do Reino que um dia chegará à sua plenitude.Uma notícia assim, de que o mal presente no mundo, vai desaparecer, nos enche de coragem e de esperança na nossa luta do presente.

Diácono José da Cruz
jotacruz3051@gmail.com



PÁGINA DESTINADA A PUBLICAÇÃO DE SERMÕES PROFERIDOS EM MISSAS



QUE DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Oh! meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno,
levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente
as que mais precisarem!

Graças e louvores se dê a todo momento:
ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento!

Mensagem:
"O Senhor é meu pastor, nada me faltará!"
"O bem mais precioso que temos é o dia de hoje!    Este é o dia que nos fez o Senhor Deus!  Regozijemo-nos e alegremo-nos nele!".

( Salmos )

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