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GOTAS DE REFLEXÃO - EVANGELHO DOMINICAL

Colaboração do Diácono José da Cruz

Índice desta página:
. Evangelho de 24/06/2007 - Natividade de São João Batista
. Evangelho de 17/06/2007 - 11º Domingo do Tempo Comum
. Evangelho de 10/06/2007 - 10º Domingo do Tempo Comum

ATENÇÃO:

Se na sua paróquia não há distribuição de folhetos para que os fiéis acompanham as leituras e orações da missa, fale com o pároco e peça-lhe permissão para utilizar o folheto que está disponível para download no site da Diocese de São José dos Campos - SP, na página http://www.diocese-sjc.org.br/novalianca.asp

Acostume-se a ler a Bíblia! Pegue-a agora para ver os trechos citados.
Se você não sabe interpretar os livros, capítulos e versículos, acesse a página
"A BÍBLIA COMENTADA" no menu ao lado.

Aqui nesta página, você pode ver as Leituras do Domingo e o Salmo,
colocando o cursor sobre os textos em azul.
BOA LEITURA! FIQUE COM DEUS!


24.06.2007
NATIVIDADE DE SÃO JOÃO BATISTA
__ COMO JOÃO BATISTA DEUS TAMBÉM NOS ENVIA A EVANGELIZAR __

(coloque o cursor sobre os textos em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)

Comentário: Caríssimos irmãos e irmãs! Sejam bem-vindos irmãos e irmãs! Celebramos a vigília da Natividade do Precursor do Senhor. O nascimento de João Batista é celebrado, porque ele foi chamado e santificado já no ventre de sua mãe. Zacarias, seu pai, num belo cântico, profetiza a respeito dele: Serás profeta do Altíssimo, ó menino, pois irás andando à frente do Senhor para aplainar e preparar os seus caminhos, anunciando ao seu povo a salvação. Como João Batista, cada um de nós é chamado, pelo Batismo, a ser profeta do Senhor, isto é, ser instrumento de conversão e salvação pelo testemunho de fé e de vida para todos que conosco convivem ou encontramos no nosso caminho. Jubilosamente, entoemos o cânticos ao Senhor!

SALMO RESPONSORIAL (Sl 70 (71)): - "Desde o seio maternal, sois meu amparo!"

SEGUNDA LEITURA (At 13,22-26): - "Ter consciência clara da própria missão é sinal de sabedoria."

EVANGELHO (Lc 1,57-66.80): - "A fragilidade humana não é obstáculo, mas sim instrumento eficaz nas mãos de Deus."


“COMPLETOU-SE O TEMPO...”

Nossa vida de fé é marcada por muitas promessas, a primeira delas no Batismo, quando pais e padrinhos falando por nós prometem e se comprometem em professar uma fé viva, capaz de um testemunho autêntico diante do filho ou do afilhado, e na unção crismal prometemos acolher em nossa vida o dom do Espírito Santo e deixarmo-nos conduzir por ele.

O “amém” ao receber a Eucaristia não deixa de ser também uma promessa, de viver sempre em comunhão com Jesus, e nos sacramentos da ordem ou do Matrimônio, prometemos viver um amor total de entrega e doação à Santa Igreja, ou um ao outro, na vida conjugal. Fazemos muitas promessas diante de Deus, antes de receber o sinal sacramental e sabemos muito bem, que por causa dos nossos pecados, muitas vezes quebramos promessas sagradas, quando acontecem as separações, o abandono da comunidade ou de uma vocação religiosa.

Não é de hoje que o homem não cumpre suas promessas diante de Deus, à bíblia está repleta de relatos onde as pessoas e próprio povo descumpriu algo prometido diante de Deus. Entretanto, não encontramos uma só palavra ou frase, no antigo ou no novo testamento, onde afirme que Deus deixou de cumprir alguma de suas promessas, feitas para o homem.

A natividade de João Batista, único santo que no calendário da Igreja, tem comemorado o seu nascimento, se reveste de fundamental importância na história da salvação, justamente por ser um elemento divisor entre o tempo chamado das promessas, e o tempo do cumprimento das mesmas.

Há na religiosidade do povo brasileiro uma prática que a modernidade não conseguiu matar: a de fazer promessas! Todas as promessas são feitas para Deus, mas com a intercessão dos santos. A história da Salvação teve início com uma promessa, feita pelo próprio Deus. Ele prometeu através de líderes como Moisés, dos patriarcas Abraão, Isaac e Jacó, dos profetas e demais homens e mulheres de Deus.

“Terminou para Isabel o tempo da gravidez e ela deu a luz um filho...”. Este não é um nascimento qualquer de um israelita, Lucas faz questão de salientar que se completou o tempo de gestação, o tempo de espera, e o útero de Isabel, antes estéril e incapaz de gerar vida, tocado por Deus torna-se fértil, simbolizando de repente o coração de todo um povo, cansado de sofrer, de andar por caminhos errados, por atalhos que só levavam à morte, guiados por falsos líderes, toda a esperança que este povo guardava no coração nas promessas de Deus, irrompe agora como um lençol dágua que fura a rocha e flui à flor da terra, para saciar os sedentos de esperança e de vida nova.

João Batista é a resposta de Deus aos anseios do povo, após um silêncio de quase três séculos! Inspirados por Deus, todos os profetas haviam falado deste tempo novo, para consolar e fortalecer um povo desiludido, desmotivado, esmorecido e sem esperança, certamente esses profetas foram tidos como loucos, sonhadores, fantasiosos, mas muitos guardaram no coração essas promessas, e souberam transmiti-las de geração em geração, sem deixar morrer a esperança, o próprio Zacarias, sacerdote do templo e pai de João Batista, faz parte deste povo que espera, seu nome significa “Deus se recordou”.

A sua súbita mudez, longe de ser um castigo, é prenúncio do tempo feliz que com ele irá se iniciar, e ao apresentar a criança no templo, para ser circuncidado como era costume, ele confirma o nome de “João” que significa “Aquele que anuncia” e recuperando a voz glorifica a Deus que visitou o seu povo.

Que significado tem, para nós cristãos, a celebração do nascimento de João Batista neste 24 de Junho? Se ficarmos apenas na popularidade e nos festejos joaninos típicos desta data, iremos nos divertir muito, mas certamente não iremos aprender nenhuma lição.

O nosso povo, tanto quanto aquele povo de Israel, em meio aos sofrimentos físicos e morais, também têm guardado no coração essa esperança, de que um dia o bem supremo irá triunfar sobre as forças do mal, é verdade que conforme os dias vão passando, as vezes o desânimo vai tomando conta do coração de muitos que perderam a crença em Deus, no amor e na própria vida, são certas promessas mirabolantes que nunca se realizam, são líderes charlatães que iludem, enganam, roubam. São lideranças religiosas que não cumprem e nem honram seu papel de ministros de Deus, criando uma religião fantasiosa, que explora e cria tantas ilusões.

João vislumbra algo que ninguém tinha ainda vislumbrado: que o reino já estava no meio dos homens, na pessoa e na missão de Jesus de Nazaré. Anuncia a necessidade de uma mudança de mentalidade e de coração, para acolher este reino novo, que não se fundamenta em mentiras e fantasias, mas na Verdade que é Jesus Cristo, o Cordeiro que tira o pecado do mundo.

Olhando para a origem de João, seu nascimento e a missão de precursor do Messias, que Deus lhe confiou, podemos refletir sobre tais acontecimentos à luz do evangelho, e mais do que refletir, já está na hora de vivermos esse evangelho, que fala de um tempo novo, de um reino que já está entre nós e que consegue restituir ao coração humano toda essa Esperança que é Jesus de Nazaré, pois como João Batista, todos nós nascemos para sermos os portadores e anunciadores dessa Boa Nova, ao homem descrente deste terceiro milênio.

Diácono José da Cruz
jotacruz3051@gmail.com

17.06.2007
11º DOMINGO DO TEMPO COMUM
__ DEUS É AMOR E COMPAIXÃO, SEMPRE PRONTO A PERDOAR __

(coloque o cursor sobre os textos em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)

Comentário: Caríssimos irmãos e irmãs! Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs! A celebração da Santíssima Eucaristia é a expressão do imenso amor de Deus por nós e do seu perdão. A liturgia deste domingo, mostra-nos que o pecado é um enorme e pesado fardo que separa o homem de Deus, o oprime e lhe tira a alegria e o sentido da vida. Mas, nos revela também, que Deus ama tanto o homem que está sempre disposto a perdoar. De fato, Deus detesta o pecado, mas ama apaixonadamente o pecador, e investe tudo para libertá-lo dessa terrível opressão. Tudo o que Ele nos pede é que arrependidos, nos deixemos amar e confiemos no seu amor. E celebrar a Eucaristia é reconhecer e acolher seu amor misericordioso. Jubilosamente, entoemos o cânticos ao Senhor!

SALMO RESPONSORIAL (Sl 31 (32)): - "Eu confessei, afinal, meu pecado e perdoastes, Senhor, minha falta!"

SEGUNDA LEITURA (Gl 2,16.19-21): - "São Paulo nos ensina que viver pela graça e não pela Lei, é encarnar em si, o ser e o agir de Cristo, e o seu amor."

EVANGELHO (Lc 7,36-50): - "Deus nos ama primeiro e sem medida. E é esse amor que desperta no pecador o arrependimento e o desejo de amar. Se grande é o nosso pecado, maior é o amor de Deus."


“A CONSCIÊNCIA DO PECADO”

Na sociedade globalizante e consumista da qual fazemos parte, onde vale tudo para ser feliz, seduzido pelas facilidades da vida moderna, na medida em que o homem avança em ritmo acelerado na tecnologia e na ciência, experimenta uma evolução rápida e espantosa. Porém, por outro lado todo esse sucesso da comunidade científica aumenta no ser humano a prepotência e a auto suficiência, assumindo o lugar de Deus, quando se apresenta como senhor de sua vida e de seus atos, conhecedor do bem e do mal, e arrogando-se o direito de decidir sua própria vida.

Temos visto recentemente em uma emissora de TV uma campanha publicitária onde determinada corrente ideológica defende abertamente o aborto e uma mulher elegante e liberada convence o telespectador de que o aborto está entre as demais conquistas da mulher moderna, que por isso têm todo direito de decidir o que fazer com seu corpo, sem dar satisfação a ninguém, muito menos a Deus, cuja lei é considerada retrógrada.

E assim, nessa sociedade mais do que nunca antroprocêntica, o homem arrogante vai dando o seu grito de independência, decretando a morte de Deus e o fim do pecado, como se Deus atrapalhasse os planos de ser feliz, da humanidade.

Mas e os discípulos de Jesus, membros de tantas igrejas cristãs, como se posicionam diante dessa sociedade que “liberou geral” em uma verdadeira maratona do “vale tudo” na busca do prazer, sucesso e felicidade?

A voz profética de Natã na primeira leitura, despertou no rei Davi a consciência do seu delito, do seu procedimento totalmente contrário à palavra de Deus, pois colocou Urias na frente de batalha para que este morresse e assim ele pudesse possuir a sua esposa. Essa atitude penitente permitiu ao rei experimentar a alegria do amor de Deus.

Precisamos admitir que estamos enfermos, para sermos curados pela misericórdia divina. O salmo 51 é um dos mais belos da sagrada escritura, com seu caráter profundamente penitencial mostra-nos o rei Davi humilde e penitente, que reconhece o seu pecado “Pequei contra o Senhor”.

Mas o pior enfermo é aquele que não admite a sua enfermidade, procurando esconde-la com práticas religiosas e uma aparência piedosa diante dos irmãos. O Fariseu Simão, que convidara Jesus para jantar em sua casa, não é má pessoa ao contrário, sua conduta é irrepreensível já que cumpre todos os deveres para com Deus e o próximo e como bom teólogo, conhece a Palavra de Deus, suas promessas e suas leis dadas a Moisés.

Já a mulher tem má fama, é conhecida como pecadora sendo moralmente desqualificada, e por sua conduta está excluída da comunidade porque é considerada impura, mas há algo em sua vida que a difere do fariseu piedoso: conheceu Jesus e descobriu-se amada e querida por ele, apesar dos seus inúmeros pecados e a experiência desse amor a leva a reconhecer-se pecadora, sentindo no coração não um remorso doloroso, mas sim uma incontida alegria que procurou manifestar na casa do fariseu, lavando e ungindo os pés daquele que a fez descobrir o verdadeiro amor.

O fariseu mantinha com Deus uma relação sem dúvida piedosa, mas como se sentia justificado pelas suas obras, dava-se o direito de julgar os que estavam em pecado, excluindo-os de sua companhia, e sentindo-se merecedor do amor de Deus e sua salvação.

Note-se que Jesus não condena a conduta e o modo de viver do fariseu, e nem tão pouco aprova a vida pecaminosa da mulher, apenas realça o modo como ambos se relacionam com Deus. Certamente essa experiência com o Mestre Jesus mudou para sempre a vida daquela mulher mostrando-nos que a iniciativa é sempre de Deus e que somente quando descobrimos o seu amor em nossa vida, é que percebemos o quanto somos pecadores por não correspondermos a esse amor.

Simão admirava Jesus, mas não via nele nada de especial, porque a lei, tradição, o rito e suas boas obras não o deixavam sentir o quanto Deus o amava, manifestando este amor em Jesus. A religião do perfeicionismo e do moralismo é sempre muito triste porque nela, o homem mantém com Deus não uma relação de filho, amado e querido, mas apenas de um empregado, que cumpre seu dever junto ao patrão, merecendo deste o justo salário.

A verdadeira autêntica e única religião têm como base um amor que não se prende a qualquer lei moral ou norma de conduta, mas sim ao encanto e fascínio de Cristo Jesus, cujo olhar, gesto e palavras tem o poder de tocar nosso coração, fazendo-nos renascer e recuperar nossa dignidade de filhos de Deus, despertando-nos esse desejo incontido de estar a seus pés, como essa mulher, naquela noite imemorável na casa de Simão. Que o formalismo religioso não mate em nós a alegria desse amor grandioso!

Diácono José da Cruz
jotacruz3051@gmail.com

10.06.2007
10º DOMINGO DO TEMPO COMUM
__ CREMOS NO DEUS DA VIDA, NO DEUS QUE SALVA __

(coloque o cursor sobre os textos em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)

Comentário: Caríssimos irmãos e irmãs! Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs! No Dia do Senhor a comunidade cristã se reúne, como no tempo dos Apóstolos, para celebrar a vitória do Ressuscitado e elevar o seu louvor ao Deus da vida. A liturgia deste Domingo celebra a esperança daqueles que crêem na ressurreição e anunciam o Evangelho da Vida. De fato, nosso Deus é um Deus que salva e dá a vida em plenitude; e nossa fé, não está fundamentada em preceitos humanos, mas na revelação plena que recebemos em Jesus Cristo. Jesus nos revelou que Deus não abandona o homem ao poder da morte, e nem a morte tem a última palavra, mas ao contrário, a vida triunfará e as nossas lágrimas se converterão em cânticos de alegria! Com o coração cheio de fé e esperança celebremos o sacramento do amor, a Santíssima Eucaristia. Jubilosamente, entoemos o cânticos ao Senhor!

SALMO RESPONSORIAL (Sl 29 (30)): - "Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes, e preservastes minha vida da morte!"

SEGUNDA LEITURA (Gl 1,11-19): - "São Paulo, ao afirmar que o Evangelho que anuncia não o aprendeu de homens, mas por revelação de Jesus Cristo, quer nos dizer que a salvação não depende do cumprimento de normas da Lei, mas da fé em Jesus Cristo."

EVANGELHO (Lc 7,11-17): - "O cristão não se enfileira com aqueles que não têm esperança! Sabe que a morte não é irreversível e que Deus é poderoso bastante para nos transformar e dar-nos a vida em plenitude."


“O SENHOR DA VIDA”

Jesus não ressuscitou muita gente naquele tempo, os evangelhos mencionam apenas três: Lázaro de Betania, irmão de Marta e Maria, a filhinha de Jairo, Chefe da Sinagoga, e o filho da viúva de Naim, que Lucas narra no evangelho desse domingo.

Conclui-se, portanto, que não era propósito de Jesus libertar e salvar os homens da morte biológica, pois se fosse assim, sua missão teria sido um fracasso já que ressuscitou apenas esses três e nem José, seu pai adotivo, ele teria conseguido livrar da morte. Há ainda outra questão importante a ser considerada: que vantagem teria se ressuscitar fosse apenas retornar a esta vida, com todas as suas limitações e aprendizado, suas angústias e tribulações? Por acaso não iríamos morrer novamente, como o próprio Lázaro, a filha de Jairo e o moço que Jesus ressuscita nesse evangelho? Não, não valeria a pena, com toda certeza!

Essa vida nova que Cristo nos dá, através de sua paixão, morte e ressurreição, é infinitamente melhor e superior a esta existência terrena, a ponto do apóstolo Paulo afirmar em uma de suas cartas “os sofrimentos do tempo presente nem se comparam àquilo que Deus irá nos revelar”, ou ainda “o que vemos hoje é como se fosse em um espelho, mas depois nos veremos como de fato o somos”.

A chave que decifra esse mistério da Vida e da morte está precisamente em Cristo, nele o Pai não só se revela, mas revela também quem é o homem. A graça de Deus que em Cristo recebemos nos faz criaturas novas onde o mistério é iluminado pela luz da Fé.

Essa grande e feliz Verdade chegou até nós por causa do evangelho, anunciado pelo próprio Cristo – filho de Deus feito homem, que ao trazer-nos a Boa Nova permitiu-nos conhecer a Deus, descobrindo o sentido da nossa vida na Vida de Cristo, onde todos os limites humanos foram superados, ao dar-nos acesso a Deus, rompendo para sempre a barreira do pecado.

Sem este anúncio e esta graça, a nossa esperança por uma Vida Nova, seria vã, não passaria de uma grande utopia, uma fantasia e ilusão que um belo dia chegaria ao seu final, mas o homem que vive pela fé, a comunhão com Cristo, sabe em seu coração que não caminha para o fracasso da morte e esta esperança viva é que dá a esta vida terrena um sentido novo.

Portanto, nossa Vida está em Cristo porque nele nos movemos e somos, sem ele, nossa caminhada terrena não passa de um cortejo fúnebre, onde somos como um morto vivo, caminhando para a ruína da morte biológica, para ser devorado pela terra.

A vida do homem que tomou a decisão de viver sem Deus, ignorando esta Salvação e Libertação oferecida por Jesus, é muito triste, porque ele se ilude com toda pompa que esta vida oferece, satisfazendo seus desejos egoístas, colocando toda sua esperança nas coisas que passam, e no final, descobre que foi enganado, quando percebe que caminha para a morte. Mas nunca é tarde para reverter esse quadro doloroso, pois, para quem caminha assim, como se fosse um corpo sem vida, irradiando tristeza e dor aos que o acompanham, o evangelho desse domingo anuncia algo maravilhoso: no sentido contrário, vem chegando Cristo Jesus, Senhor da Vida, aquele que movido de compaixão, como na entrada da cidade de Naim, irá dizer a viúva e aos que a seguiam no enterro de seu filho: não chores!

Hoje há tantas mães caminhando tristes, levando seus filhos para a sepultura, há tanta gente caminhando cabisbaixa, sem uma perspectiva de vida e sem esperança no coração. Não chores mais – diz o Senhor, que ao tocar no esquife, que são as misérias do homem, dirá com firmeza “Moço, eu te ordeno, levanta-te!”.

E diante de sua palavra libertadora e restauradora, o homem renasce e se torna uma nova criatura, só Cristo é a nossa vida, só ele tem a palavra de ordem, capaz de nos levantar de todos os nossos pecados que querem nos arrastar inexoravelmente para a morte. Longe de Deus e da sua Salvação oferecida por Jesus, iremos fatalmente morrer, mas com ele teremos a Vida Eterna, que extrapola os nossos limites e nos reconduz ao paraíso da plenitude, resgatando a nossa imagem e semelhança com que fomos criados por Deus.

É missão nossa como Igreja anunciar a toda criatura esta vida que vem de Jesus, mas isso só será possível se como ele, tivermos no coração essa compaixão, que nos leve a sofrer e chorar com quem sofre e chora, onde um sorriso, um abraço, uma palavra de consolo ou um gesto de caridade, sempre feito em nome de Jesus, terá a mesma força de sua palavra libertadora, capaz de levantar quem se julga morto. O cristão, como qualquer ser humano, também pranteia seus mortos, mas a diferença está naquilo que ele espera: a plenitude da Vida, reservada aos que crêem que esta vida é uma peregrinação para a casa do Pai, predestinados que fomos desde toda a eternidade.

Diácono José da Cruz
jotacruz3051@gmail.com



QUE DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Oh! meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno,
levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente
as que mais precisarem!

Graças e louvores se dê a todo momento:
ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento!

Mensagem:
"O Senhor é meu pastor, nada me faltará!"
"O bem mais precioso que temos é o dia de hoje!    Este é o dia que nos fez o Senhor Deus!  Regozijemo-nos e alegremo-nos nele!".

( Salmos )

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