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BOA LEITURA! FIQUE COM DEUS!
16.03.2008
DOMINGO DE RAMOS
__ “Este é o profeta Jesus de Nazaré
da Galiléia” __
(coloque o cursor sobre os textos
em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)
Comentário:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
A Campanha da Fraternidade apresenta um grande desafio para o cristão
deste início de novo milênio: lutar em defesa do valor
da vida, do direito à vida, desde o seio materno até
o último suspiro. Numa sociedade onde a violência impera
como dona da vida, é fácil entender o grau de insegurança
a que chegamos. Cabe ao cristão hoje, mais do que nunca,
lutar em defesa da vida, anunciar o valor da vida, rezar pela defesa
da vida, dar testemunho do respeito à vida; enfim, servir
à vida em cumprimento do primeiro dos mandamentos do Senhor.
Que a Solene Procissão dos Ramos e a Paixão do Senhor
nos estimule e convença a oferecermos nossos sentidos e dons
para que o Senhor fale através de nossas vidas.
Na
Semana Santa se faz a memória dos últimos dias do
ministério de Jesus. Após cerca de três anos
de ministério nas regiões gentílicas da Galiléia
e territórios vizinhos, Jesus dirige-se a Jerusalém,
para ali fazer seu anúncio libertador. A ocasião
escolhida por Jesus é a da festa da Páscoa judaica,
que congrega grande número de fiéis vindos de diversas
regiões. Pelos conflitos já ocorridos na Galiléia,
Jesus tem consciência de que agora, em Jerusalém,
seu confronto com os dirigentes religiosos da Judéia, sediados
no Templo, será fatal. Mas ele não abre mão
de sua liberdade de levar o anúncio de seu projeto de vida
ao grande número de peregrinos que aí vão
para a festa. É a coerência e fidelidade ao projeto
do Pai, que Paulo chama de "obediência" (segunda
leitura).
Nestes últimos dias, sucedem-se a ceia
da partilha, a traição de Judas, as omissões
dos discípulos, a prisão, o julgamento sumário,
as torturas, a crucifixão, a morte e a sepultura de Jesus.
Da parte dos dirigentes religiosos, Jesus encontrou rejeição
absoluta, pois consideravam-se ameaçados em seus privilégios
pela prática de Jesus. Da parte dos discípulos,
Jesus não encontrou plena compreensão. A ideologia
do poder em que tinham sido formados não seria removida
de imediato por Jesus. Só após a sua morte, com
o dom do Espírito, é que irão percebendo
o pleno sentido da eternidade e da divindade de Jesus.
Após a morte de Jesus, seu sofrimento foi
interpretado nos moldes do "servo sofredor" descrito
pelo profeta Isaías (primeira leitura). Criou-se uma tradição
da Paixão, segundo a qual o sofrimento é aceito
como parte do plano redentor de Deus. Contudo, atentos à
prática de Jesus, vemos que sua vida foi dedicada à
libertação dos sofredores e oprimidos. Em conseqüência,
foi perseguido até à morte. Tanto o sofrimento das
multidões de excluídos como de Jesus resultam do
sistema opressor sob controle de minorias, que até cooptam
pessoas como Judas. A execução de Jesus o revela
com clareza.
09.03.2008
5º DOMINGO DA QUARESMA
__ “PALAVRA DE DEUS ESPERANÇA DE VIDA”
__
(coloque o cursor sobre os textos
em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)
Comentário:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
Partindo da experiência do quanto é precária
a vida, vemos na Sagrada Escritura a descoberta de um Deus vivo
como fonte, plenitude e defesa de toda a vida. Em Ezequiel, vemos
mais que uma restauração, é um nova criação,
pois o Espírito que vem do alto anima um coração
novo, todo dirigido a Deus e à sua aliança. A ressurreição
de Lázaro simboliza o Batismo, pois diante da voz da Igreja,
caem as amarras do pecado. E também é sinal de nova
vida, pois é um anúncio da ressurreição.
E assim, diante do cumprimento das promessas passadas, ao cristão
resta viver segundo o Espírito uma existência nova,
onde se morre para o pecado, mas se vive para Deus. Jubilosamente,
entoemos o cânticos ao Senhor!
O
evangelista João nos apresenta a ressurreição
como sendo a vida comunicada por Jesus, em seu amor, a todo aquele
que, crendo nele, faz a vontade do Pai. "Eu sou a ressurreição
e a vida... todo aquele que vive e crê em mim não
morrerá jamais..."
A narrativa envolve Jesus, Lázaro, Maria e Marta. É
a representação da comunidade unida a Jesus. Aquele
que crê em Jesus e acolhe seu amor, não está
morto mas é resgatado para a vida. As categorias escatológicas
do morrer e ressuscitar (primeira leitura) deixam de ser uma realidade
do último dia. Passam a ser uma realidade atual. Jesus
é, na história, a ressurreição e a
vida.
Este texto contém elementos da primitiva catequese batismal.
Na teologia paulina (segunda leitura; cf. Rm 6), pelo ato de fé,
no batismo, morremos com Cristo para viver como ressuscitados
em Cristo. Na perspectiva do batismo de João, assumido
por Jesus, pela conversão, na prática da justiça,
da fraternidade e do amor, já vivemos como ressuscitados.
A vida comunicada por Jesus aos homens e mulheres que fazem a
vontade do Pai é a participação na vida divina
e eterna, vencendo a morte.
Jesus e a morte da humanidade
A ressurreição de
Lázaro é o sétimo sinal do quarto evangelho.
A função dos sinais é levar as pessoas a
tomar partido: a favor de Jesus e da vida ou contra ele e a favor
da morte. De fato, Marta crê que Jesus é a Ressurreição
e a Vida (vv. 25-27), ao passo que as autoridades político-religiosas
dos judeus declaram a morte de Jesus (v. 45ss). A ressurreição
de Lázaro é também o ponto alto da catequese
batismal das primeiras comunidades cristãs. Esse episódio
pretende conduzir as pessoas à profissão de fé
em Jesus-Vida.
O episódio é o sétimo
sinal, o mais importante, e situa-se no contexto da festa da Dedicação,
na qual eram lidos textos do AT que falavam da ação
de Javé-Pastor. Nesse sentido, o defunto Lázaro
é a ovelha que ouve a voz do Pastor e sai para fora, para
a vida. A ressurreição de Lázaro é
apenas um sinal que aponta para uma realidade maior e mais profunda:
a vitória de Jesus sobre a morte e sua glorificação.
Este é o sentido do v. 4: “Esta doença não
é para a morte, mas para a glória de Deus, para
que o Filho de Deus seja glorificado por ela”.
Lázaro, Marta e Maria são
a própria humanidade envolta em situações
de morte. A doença dele é a doença do mundo;
suas amarras (v. 44) são as amarras de todas as pessoas
impossibilitadas de andar e viver (perda da liberdade que gera
opressão política). E para todos eles Jesus dá
a mesma ordem: “Desamarrem-no e deixem que ele ande”.
Marta e Maria recordam o sofrimento, esperança e fé
dos sofredores de ontem e de hoje. E Betânia é toda
comunidade com suas esperanças e temores de que a morte
tenha a última palavra sobre nossas vidas.
a. Amor gera confiança…
(vv. 1-16)
Entre Jesus, Lázaro, Marta
e Maria, isto é, entre Jesus e a comunidade cristã,
e entre os membros da comunidade, vigoram relações
de amor e fraternidade. Maria era aquela que ungiu o Senhor com
perfume e que tinha enxugado os pés dele com seus cabelos
(v. 2). Ungir com perfume é gesto de amor. Além
disso, o texto sublinha que Lázaro é amigo de Jesus
(v. 3) e vice-versa. Amor gera confiança e solidariedade
em situações difíceis. (Notar como nesses
versículos iniciais se insiste nas palavras amor, amizade,
irmão/irmã.)
A doença que provocou a
morte de Lázaro não é sinal de que Jesus
não ame a humanidade. Para ele, a doença que conduz
à morte é de outro tipo: trata-se do pecado, da
adesão a um arranjo social injusto (cf. 5,14: “Não
peque de novo, para que não lhe aconteça alguma
coisa pior”). Jesus não livra somente da morte física.
Ao contrário, dá-lhe novo sentido. Assim, os que
crêem não têm motivos para temer a morte.
A relação de amor
culmina na Hora de Jesus. Nesse sentido, a ressurreição
de Lázaro é apenas um sinal que aponta para a realidade
profunda do evangelho, isto é, para a revelação
de que a morte-ressurreição de Jesus é a
prova maior do amor que Deus tem pelos seus. É por isso
que Jesus tem coragem de voltar à Judéia, fato ao
qual os discípulos se opõem, com medo de que ele
seja morto. Jesus vai à Judéia a fim de ressuscitar
seu amigo. Isso acarretará a morte de Jesus, a expressão
máxima de sua solidariedade com os sofrimentos humanos.
Mas o Pai o ressuscitará, e sua ressurreição
é a prova definitiva de que a vida vence a morte.
À coragem de Jesus opõe-se
o medo dos discípulos (v. 8), que relutam em aceitar o
projeto de Deus. Na pessoa de Tomé, decidem ir ao encontro
da morte (v. 16), pois não entendem que, para o Mestre,
a morte é apenas sono (vv. 11-12).
Jesus é a luz. Se alguém
caminha de dia, não tropeça. Mas quem caminha de
noite tropeça, porque não há luz nele (v.
9). Essa afirmação de Jesus recorda toda sua atividade
libertadora iniciada em Caná da Galiléia (cap. 2),
onde realizou o primeiro de seus sinais. O dia de Jesus inicia-se
em Caná e termina com a ressurreição de Lázaro.
Depois disso começa a “noite”, isto é,
o tempo dos tropeços: os discípulos caem, as autoridades
matam Jesus… O dia recomeça definitivamente na manhã
da ressurreição… Jesus se alegra por causa
disso, pois o contraste entre morte e alegria já prenuncia
a vitória do Ressuscitado.
b. …que gera
fé em Jesus, Ressurreição e Vida… (vv.
17-27)
Jesus chegou a Betânia quatro
dias após a morte do amigo. Para o povo da Bíblia,
o quarto dia após a morte significa a perda total de esperança.
O diálogo de Jesus com Marta manifesta a precariedade da
esperança, pois ela crê apenas que seu irmão
vai ressuscitar no último dia, de acordo com a crença
daquele tempo. Contudo, Marta é mais forte que a irmã,
pois esta fica sentada em casa (v. 20), ao passo que a outra sai
de casa (do ambiente de desespero) e toma a iniciativa de dialogar
com Jesus.
Jesus convida Marta a crescer
na fé. Para ela, teria sido necessária a presença
física de Jesus para evitar a morte do irmão (v.
21), e ela interpreta as palavras do Mestre em termos de ressurreição
no final dos tempos (v. 24).
O texto apresenta duas formas
contrastantes de se solidarizar diante da morte. Em primeiro lugar,
a solidariedade dos amigos e vizinhos (v. 19), que vão
à casa das irmãs para dar pêsames e fazer
lamentações em altos brados, símbolo do desespero.
Em segundo lugar, a solidariedade de Jesus. Ele não entra
nesse ambiente dominado pelo desespero.
Fica fora e chama para fora, porque
traz do Pai a forma perfeita de solidariedade: “Eu sou a
Ressurreição e a Vida. Quem crê em mim, mesmo
que esteja morto, vai viver! E todo aquele que vive e crê
em mim não ficará morto para sempre” (vv.
25-26). Marta é convidada à fé madura, passando
da presença física à adesão à
pessoa de Jesus. Esse processo, contudo, é gradual e lento
(cf. v. 40).
c. …que faz
passar da morte à vida (vv. 28-44)
Marta deu provas de que Jesus
é o Cristo, o Filho de Deus que veio ao mundo (v. 27),
e testemunha isso à irmã sem esperança. Os
que são dominados pelo desespero crêem que Maria
estivesse indo ao túmulo para chorar (v. 31), mas ela foi
para o lugar onde estava Jesus (v. 32a). Maria ainda pensa à
semelhança de sua irmã, antes que esta declarasse
sua fé em Jesus Ressurreição e Vida (v. 32b).
Maria chora, e seu choro é acompanhado pelos judeus que
com ela estavam (note-se que não se fala do choro de Marta!).
Jesus também se comove (vv. 33.38), mas seu choro não
é marcado pelo desespero. É um choro de solidariedade
com os sofrimentos humanos. A casa do luto e desespero ficou vazia.
O que virá?
Jesus manda tirar a pedra do túmulo,
apesar de Marta lhe recordar que não há mais esperança
(v. 39). Ela e todos os que aderem a Jesus são chamados
a ler os sinais em profundidade: “Eu digo isso por causa
do povo que me rodeia, para que creia que tu me enviaste”
(v. 42; cf. v. 45 e leia 20,31).
Lázaro, ao apelo de Jesus,
sai do túmulo de braços e pernas amarrados (v. 44a).
São as amarras que impedem as pessoas de ser livres e viver.
Jesus ordena que os presentes o desamarrem e o deixem ir (v. 44b).
Para onde terá ido? Só descobriremos o rumo que
ele tomou se lermos o fato na profundidade da fé.
02.03.2008
4º DOMINGO DA QUARESMA
__ “Dá-me de beber” __
(coloque o cursor sobre os textos em azul
abaixo para ler o trecho da Bíblia)
Comentário:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
A água, a luz e também a escuridão são
símbolos fundamentais da vida humana e da reflexão
religiosa. A criação da luz no Gênesis separa
as trevas da luz, oferecendo assim um mundo habitável. Na
plenitude dos tempos, a Palavra veio habitar no meio de nós.
É o Filho do Deus invisível que se torna humano e
nos dá a conhecer o Pai e com este nos envia o Espírito
Santo, nossa luz que não se apaga. A luz do Batismo afasta
o mal e nos faz participantes da ressurreição. Muito
mais que descermos à fonte de Siloé, no batismo ressurgimos
com o Senhor. A partir daí temos nosso compromisso de viver
iluminados, isto é nos comportarmos como filhos da luz. Jubilosamente,
entoemos o cânticos ao Senhor!
ATENÇÃO:
VÍDEO CEDIDO GRACIOSAMENTE PELA REDE CANÇÃO
NOVA
“A cegueira espiritual”
Uma
das principais características do evangelho de João
são seus longos diálogos carregados de simbolismo,
que se desenvolvem a partir de cenas expressivas que suscitam
interrogações.
O núcleo do diálogo de hoje é
a acolhida à revelação de Jesus, enfatizada
pelo contraste entre o "ver" e o "cego". Os
fariseus continuam cegos e expulsam da sinagoga aquele que vê.
Há aqui uma alusão do evangelista ao fato de os
judeu-cristãos terem sido expulsos das sinagogas a cerca
do ano 80.
Aqueles que na Lei de Israel acham que vêem
tudo, na realidade, como cegos, não vêem a novidade
da luz de Jesus. A luz é a bondade, a justiça e
a verdade, que, brilhando, denunciam as obras das trevas (segunda
leitura).
A primeira leitura exalta a figura de Davi, na
sua escolha para a realeza, com destaque à sua "aparência
formosa". Contudo, no anúncio de Jesus, encontra-se
a rejeição ao centralismo de poder político
e religioso e à opressão que tem raízes na
tradição da realeza davídica.
Oh! meu Jesus, perdoai-nos,
livrai-nos do fogo do inferno,
levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente
as que mais precisarem!
Graças e louvores
se dê a todo momento:
ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento!
Mensagem: "O Senhor é meu pastor, nada me faltará!"
"O bem mais precioso que temos é o dia de hoje!
Este é o dia que nos fez o Senhor Deus!
Regozijemo-nos e alegremo-nos nele!".