VÉSPERA DO NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
MISSAS REZADAS DURANTE O DIA 24 DE DEZEMBRO
(clique aqui para ver a Liturgia da Missa Festiva da Noite - MISSA DO GALO)
IV SEMANA DO ADVENTO
( ROXO, PREFÁCIO DO ADVENTO II – OFÍCIO DO DIA )
Antífona da entrada: Eis que já veio a plenitude dos tempos, em que Deus mandou à terra o seu Filho (Gl 4,4).
Oração do dia
Apressai-vos e não tardeis, Senhor Jesus, para que a vossa chegada renove as forças do que confiam em vosso amor. Vós, que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (2 Samuel 7,1-5.8-12.14.16)
Leitura do segundo livro de Samuel.
2 1 Ora, tendo o rei Davi acabado de instalar-se em sua residência, e tendo-lhe o Senhor dado paz, livrando-o de todos os inimigos que o cercavam,
2 disse ele ao profeta Natã: "Vê: eu moro num palácio de cedro, e a arca de Deus está alojada numa tenda!"
3 Natã respondeu-lhe: "Pois bem: faze o que desejas fazer, porque o Senhor está contigo!"
4 Mas a palavra do Senhor foi dirigida a Natã naquela mesma noite, e dizia:
5 "Vai e dize ao meu servo Davi: eis o que diz o Senhor: ‘Não és tu quem me edificará uma casa para eu habitar.
8 Dirás, pois, ao meu servo Davi: eis o que diz o Senhor dos exércitos: eu te tirei das pastagens onde guardavas tuas ovelhas para fazer de ti o chefe de meu povo de Israel.
9 Estive contigo em toda parte por onde andaste; exterminei diante de ti todos os teus inimigos, e fiz o teu nome comparável ao dos grandes da terra.
10 Designei um lugar para o meu povo de Israel: plantei-o nele, e ali ele mora, sem ser inquietado, e os maus não o oprimirão mais como outrora,
11 no tempo em que eu estabelecia juízes sobre o meu povo. Concedo-te uma vida tranqüila, livrando-te de todos os teus inimigos. O Senhor anuncia-te que quer fazer-te uma casa.
12 Quando chegar o fim de teus dias e repousares com os teus pais, então suscitarei depois de ti a tua posteridade, aquele que sairá de tuas entranhas, e firmarei o seu reino.
14 Eu serei para ele um pai e ele será para mim um filho. Se ele cometer alguma falta, castigá-lo-ei com vara de homens, e com açoites de homens,
16 Tua casa e teu reino estão estabelecidos para sempre diante de mim, e o teu trono está firme para sempre’".
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 88/89
Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor!
Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor,
de geração em geração eu cantarei vossa verdade!
Porque dissestes: “O amor é garantido para sempre!”
E a vossa lealdade é tão firme como os céus.
“Eu firmei uma aliança com meu servo, meu eleito,
e eu fiz um juramento a Davi, meu servidor.
Para sempre, no teu trono, firmarei tua linhagem,
de geração em geração garantirei o teu reinado!”
Ele, então, me invocará: “Ó Senhor, vós sois meu Pai,
sois meu Deus, sois meu rochedo onde encontro a salvação!”
Guardarei eternamente para ele a minha graça
e com ele firmarei minha aliança indissolúvel.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Ó sol da manhã, ó sol de justiça, da eterna luz esplendor: oh, vinde brilhar para o povo sentado na sombra da morte.
EVANGELHO (Lucas 1,67-79)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 1 67 Zacarias, seu pai, ficou cheio do Espírito Santo e profetizou, nestes termos:
68 "Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e resgatou o seu povo,
69 e suscitou-nos um poderoso Salvador, na casa de Davi, seu servo
70 (como havia anunciado, desde os primeiros tempos, mediante os seus santos profetas),
71 para nos livrar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos odeiam.
72 Assim exerce a sua misericórdia com nossos pais, e se recorda de sua santa aliança,
73 segundo o juramento que fez a nosso pai Abraão: de nos conceder que, sem temor,
74 libertados de mãos inimigas, possamos servi-lo
75 em santidade e justiça, em sua presença, todos os dias da nossa vida.
76 E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque precederás o Senhor e lhe prepararás o caminho,
77 para dar ao seu povo conhecer a salvação, pelo perdão dos pecados.
78 Graças à ternura e misericórdia de nosso Deus, que nos vai trazer do alto a visita do Sol nascente,
79 que há de iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte e dirigir os nossos passos no caminho da paz".
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
Sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, nossas oferendas para que, recebidas em comunhão, apaguem nossos pecados e preparem os corações para a vinda gloriosa do vosso Filho. Que vive e reina para sempre.
Antífona da comunhão: Bendito o Senhor, Deus de Israel, que visitou e resgatou seu povo! (Lc 1,68)
Depois da comunhão
Renovados por esta eucaristia, concedei-nos, ó Deus de misericórdia, que, preparando hoje o solene natal do vosso Filho, mereçamos colher com alegria os seus dons eternos. Por Cristo, nosso Senhor.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Filho de Peixe, peixinho é...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Não se pode pensar em uma ação Divina isolada, que descarte o Ser Humano. Já vi longos e polêmicos debates sobre a ação do Espírito Santo em nossa vida. Ele não age a partir do “Nada”, nem faz cair de repente algo sobrenatural que despenca lá do céu sobre nossa cabeça. Seria muita ingenuidade uma Fé que pense nesses termos.
O Velho Zacarias dá um show de bola, um verdadeiro espetáculo ali no templo, no dia em que levou o filho João para ser circuncidado. O texto afirma que Zacarias, seu pai, ficou cheio do Espírito Santo, ou seja, naquele exato momento tudo o que Zacarias acreditava e praticava em sua vida, veio á tona sob ação do Espírito Santo, ou seja, falava por ele mesmo, mas inspirado por Deus. O Espírito Santo o capacitou para dizer com palavras acertadas, tudo o que já era o sentido e a razão de sua vida: a Fé inabalável no Deus da Aliança e o cumprimento das Promessas feitas aos Patriarcas e anunciado pelos Profetas. A Profecia de Zacarias é consequência de toda uma vida vivida e voltada para Deus.
Zacarias aprimora a mensagem que sempre ouviu e anuncia o sentido pleno da Libertação que Jesus iria trazer. Não inventa um Messias diferente, de uma outra linhagem que não fosse a de Davi, mas explicita que a Salvação será plena e não restrita a uma libertação política e social, que povoava a cabeça de muitas autoridades religiosas, e de uma parte do povo.
Ora, João Batista, Filho de Zacarias, vem como Precursor, e tem a quem puxar, pois herdou do Velho Zacarias essa linhagem de Pregador diferente, que não anuncia o Messias que o Mundo quer, mas o Messias que Deus envia ao chegar a plenitude dos tempos.
Em nossos tempos a Humanidade deseja ouvir um anúncio que fale de um Cristo da Pós Modernidade, muito mais na linha de um Super Herói, que na hora “H” vai intervir na História colocando as coisas em seus lugares. Um Cristo que não exige nada dos seus discípulos, mas que chama apenas para si, a responsabilidade de dar aos seguidores saúde, segurança e prosperidade. Zacarias transmite em sua pregação, um Messias que vai fazer parceria com os simples e os pobres e estes se alegram imensamente por serem lembrados por Deus, diferente do Sistema Excludente que os afastava de toda e qualquer decisão.
Isso fica notório nas pessoas que dão início a todo esse processo da Obra da Salvação que irá beneficiar a toda humanidade: Zacarias e Isabel, José e Maria, e hoje os cristãos de nossas comunidades. Que sejamos fiéis e coerentes em nosso anúncio, como o foi Zacarias, anunciando o Cristo que o mundo precisa, e não o Cristo que o mundo quer...
2. Aliança Abraâmica
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas)
O hino de Zacarias, ou o Benedictus, é um cântico tipicamente judeu. Trata-se de um hino pré-lucano. O motivo do hino é a visita salvífica de Deus (cf. v. 68). O acento é posto sobre a Aliança abraâmica (v. 73), fundamento da história da salvação, e sobre as testemunhas desta Aliança. João é dito “profeta do Altíssimo”, cuja missão é preparar os caminhos do Senhor (v. 76). O batismo de conversão proposto por João encontra no Benedictus o seu fundamento: “... dando a conhecer a seu povo a salvação, com o perdão dos pecados” (v. 77).
ORAÇÃO
Pai, coloca-me, como João Batista, a serviço de teu Messias, Jesus Cristo, tornando-me teu profeta, anunciador da libertação a ser realizada em favor da humanidade.
3. LOUVOR E PROFECIA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Zacarias soube reconhecer a salvação de Deus, cumprindo-se na história de Israel, por meio da libertação trazida pelo poderoso Salvador, Jesus, suscitado no meio do povo. Finalmente, a tão esperada visita de Deus se concretizava, e a libertação, há séculos acalentada, se fazia verdade. A seu filho recém-nascido competia a tarefa de preparar os caminhos da libertação que estava próxima.
Com Jesus, renascia a esperança no coração do povo. Deus não se esquecera das antigas profecias. As promessas seriam realizadas e o povo, resgatado da escravidão a que fora reduzido. Sem dúvida, a servidão pior era a do pecado e do egoísmo. Fazia-se necessário uma remissão urgente. Só assim seria possível servir a Deus, de maneira agradável, na justiça e na santidade.
O Altíssimo, do qual João seria profeta, despontaria como luz para tirar a humanidade das trevas e das sombras da morte, a que o pecado a havia reduzido. Doravante, seria possível trilhar os caminhos da paz, deixando para trás a injustiça e a iniqüidade, fruto do pecado.
O canto de Zacarias, saudando o nascimento de seu filho, era de louvor pelas promessas cumpridas, mas também profecia do que Deus iria realizar.
Oração
Senhor Jesus, como Zacarias, eu louvo ao Pai pela fidelidade em cumprir suas promessas e agradeço o que sua misericórdia realiza em favor da humanidade.
MISSA FESTIVA DA NOITE DO DIA 24 DE DEZEMBRO
NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
( BRANCO, GLÓRIA, CREIO, PREFÁCIO DO NATAL – OFÍCIO DA SOLENIDADE )
__“Hoje nasceu o Salvador do mundo, desceu do céu a verdadeira paz.”__
RITOS INICIAIS
01. AMBIENTAÇÃO
Coment.: O encanto desta noite ultrapassa os séculos, os pensamentos e desejos. Grande foi o nosso pecado, contudo, maior foi a misericórdia. A criança de Belém trouxe a salvação, o Altíssimo olhou por nós. Eis o momento de olhar para as crianças que vêm ao mundo como sinal da bênção Divina. Acolha a salvação inaugurada no nascimento do Senhor e nos encontros, confraternizações e, sobretudo nesta Eucaristia, renasça na alegria e na luz do nascimento de Jesus Cristo.
02. CANTO INICIAL
1. Hoje é dia da gente se encontrar, hoje é dia da gente resolver: o Senhor no mundo quer morar, o que é que vamos responder?
Ref.: É Natal! É Natal! O Menino Jesus já nasceu! É Natal! É Natal! E no meio de nós quer viver. (bis)
2. Ele, outrora, não encontrou lugar, a cidade não tinha mais pensão; não sabia que Ele vinha dar vida e paz, amor e salvação.
3. Se o mundo é tão pequeno assim, que não pode a Cristo hospedar; nossa vida é dimensão sem fim, e é nela que Ele quer morar.
03. SAUDAÇÃO E ACOLHIDA
04. ATO PENITENCIAL
05. CANTO PENITENCIAL
Solo: Tende compaixão de nós, Senhor!
Todo: Porque somos pecadores.
Solo: Manifestai, Senhor, a vossa misericórdia!
Todos: E dai-nos a vossa salvação.
PRECÔNIO NATALINO
(a ser proclamado na primeira missa “da
noite de Natal” após o sinal da cruz e a saudação
presidencial, antes da entoação do Glória)
Transcorridos muitos séculos desde
que Deus criou o mundo e fez o homem à sua imagem;
- séculos depois de haver cessado o dilúvio,
quando o Altíssimo fez resplandecer o arco-íris,
sinal de aliança e de paz;
- vinte e um séculos depois do nascimento de Abraão,
nosso pai;
- treze séculos depois da saída de Israel do
Egito sob a guia de Moisés;
- cerca de mil anos depois da unção de Davi
como rei de Israel;
- na septuagésima quinta semana da profecia de Daniel;
- na nonagésima quarta Olimpíada de Atenas;
- no ano 752 da fundação de Roma;
- no ano 538 do edito de Ciro autorizando a volta do exílio
e a reconstrução de Jerusalém;
- no quadragésimo segundo ano do império de
César Otaviano Augusto, enquanto reinava a paz sobre
a terra, na sexta idade do mundo.
JESUS CRISTO DEUS ETERNO E FILHO
DO ETERNO PAI, querendo santificar o mundo com a
sua vinda, foi concebido por obra do Espírito Santo
e se fez homem; transcorridos nove meses nasceu da Virgem
Maria em Belém de Judá.
Eis o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo
segundo a natureza humana. Venham, adoremos o Salvador! Ele
é Emanuel, Deus Conosco!
06. HINO
DE GLÓRIA
Ref.: Glória! Glória! Anjos no céu! Cantam
todos seu amor! E na terra, homens de paz: “Deus merece
o louvor!”
1. Deus e Pai, nós vos louvamos, adoramos, bendizemos,
damos glória ao vosso nome, vossos dons agradecemos!
2. Senhor nosso, Jesus Cristo, Unigênito do Pai; vós,
de Deus Cordeiro Santo, nossas culpas perdoai!
3. Vós que estais junto do Pai, como nosso intercessor,
acolhei nossos pedidos, atendei nosso clamor!
4. Vós somente sois o Santo, o Altíssimo, o
Senhor, com o Espírito Divino, de Deus Pai no esplendor!
07. ORAÇÃO
DO DIA
Presid.: Ó Deus, que fizestes resplandecer esta noite
santa com a claridade da verdadeira luz, concedei que, tendo
vislumbrado na terra este mistério, possamos gozar
no céu sua plenitude. Por N.S.J.C...
LITURGIA DA PALAVRA
I LEITURA - Is 9,1-6
08. LEITURA DO LIVRO
DO PROFETA ISAÍAS
O povo, que andava na escuridão, viu uma grande luz;
para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu.
Fizeste crescer a alegria, e aumentaste a felicidade; todos
se regozijam em tua presença como alegres ceifeiros
na colheita, ou como exaltados guerreiros ao dividirem os
despojos. Pois o jugo que oprimia o povo, - a carga sobre
os ombros, o orgulho dos fiscais - tu os abateste como na
jornada de Madiã. Botas de tropa de assalto, trajes
manchados de sangue, tudo será queimado e devorado
pelas chamas. Porque nasceu para nós um menino, foi-nos
dado um filho; ele traz aos ombros a marca da realeza; o nome
que lhe foi dado é: Conselheiro admirável, Deus
forte, Pai dos tempos futuros, Príncipe da paz. Grande
será o seu reino e a paz não há de ter
fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reinado, que ele irá
consolidar e confirmar em justiça e santidade, a partir
de agora e para todo o sempre. O amor zeloso do Senhor dos
exércitos há de realizar estas coisas.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
(Momento de silêncio)
09. SALMO RESPONSORIAL
– Sl 96(95)
(Melodia: “As nações de toda a terra”)
Ref.: Nasceu hoje para nós o Salvador, que é
Cristo, o Senhor.
1. Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus,
ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome!
Cantai e bendizei seu santo nome!
2. Dia após dia anunciai sua salvação,
manifestai a sua glória entre as nações,
e entre os povos do universo seus prodígios! E entre
os povos do universo seus prodígios!
3. O céu se rejubile e exulte a terra, aplauda o mar
com o que vive em suas águas; os campos com seus frutos
rejubilem e exultem as florestas e as matas.
4. Na presença do Senhor, pois Ele vem, porque vem
para julgar a terra inteira. Governará o mundo todo
com justiça, e os povos julgará com lealdade.
(Momento de silêncio)
II LEITURA - Tt 2,11-14
10. LEITURA DA CARTA
DE SÃO PAULO A TITO
Caríssimo: A graça de Deus se manifestou trazendo
salvação para todos os homens. Ela nos ensina
a abandonar a impiedade e as paixões mundanas e a viver
neste mundo, com equilíbrio, justiça e piedade,
aguardando a feliz esperança e a manifestação
da glória do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo.
Ele se entregou por nós, para nos resgatar de toda
maldade e purificar para si um povo que lhe pertença
e que se dedique a praticar o bem.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
(Momento de silêncio)
11. ACLAMAÇÃO
AO EVANGELHO
Ref.: Aleluia! Ao Deus Santo, aleluia, aleluia! Aleluia! Mil
hosanas, aleluia!
1. No ardor divino o Deus menino, tão pequenino, vinde
aclamar. E o nosso canto, de puro encanto, ao Deus tão
santo, vem exaltar.
2. A Deus tão terno, o Deus menino, louvor eterno cantai,
ó céus. E o mundo alcança toda esperança
no Deus criança, Emanuel.
EVANGELHO (Lucas 2, 1-14)
12. PROCLAMAÇÃO
DO EVANGELHO
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo
† segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Aconteceu que naqueles dias,
César Augusto publicou um decreto, ordenando o recenseamento
de toda a terra. Este primeiro recenseamento foi feito quando
Quirino era governador da Síria. Todos iam registrar-se,
cada um na sua cidade natal. Por ser da família e descendência
de Davi, José subiu da cidade de Nazaré, na
Galiléia, até a cidade de Davi, chamada Belém,
na Judéia, para registrar-se com Maria, sua esposa,
que estava grávida. Enquanto estavam em Belém,
completaram-se os dias para o parto, e Maria deu à
luz o seu filho primogênito. Ela o enfaixou e o colocou
na manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospedaria.
Naquela região havia pastores que passavam a noite
nos campos, tomando conta do seu rebanho. Um anjo do Senhor
apareceu aos pastores, a glória do Senhor os envolveu
em luz, e eles ficaram com muito medo. O anjo, porém,
disse aos pastores: “Não tenhais medo! Eu vos
anuncio uma grande alegria, que o será para todo o
povo: Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador,
que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal:
Encontrareis um recém-nascido envolvido em faixas e
deitado numa manjedoura”. E, de repente, juntou-se ao
anjo uma multidão da corte celeste. Cantavam louvores
a Deus, dizendo: “Glória a Deus no mais alto
dos céus, e paz na terra aos homens por ele amados”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
13. HOMILIA
14. PROFISSÃO DE FÉ (Creio)
15. ORAÇÃO DOS FIÉIS
Símbolo Niceno-constantinopolitano
Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus: (Neste trecho todos se ajoelham) e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras, e subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: ele que falou pelos profetas. Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir. Amém.
ATENÇÃO, DIÁCONOS E MINISTROS:
A partir daqui, seguir livreto à parte.
LITURGIA EUCARÍSTICA
16. CANTO DAS OFERENDAS
1. Chegou a hora de sonhar de novo, de tornar-se povo e se fazer irmão. Chegou a hora que ligeiro passa de ganhar a graça para a conversão.
Ref.: Meu caro irmão, olha pra dentro do teu coração, vê se o Natal se tornou conversão e te ensinou a viver. (bis)
2. Chegou a hora de viver o Cristo e acreditar que isto é se tornar maior. Chegou a hora de pensar profundo e perceber que o mundo pode ser melhor.
3. Será difícil tantas mãos unidas não fazer da vida um tempo sem igual. Será difícil tanto amor e afeto não tornar concreto o gesto do Natal.
17. ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS
Presid.: Acolhei, ó Deus, a oferenda da festa de hoje, na qual o céu e a terra trocam os seus dons, e dai-nos participar da divindade daquele que uniu a vós a nossa humanidade. Por Cristo, nosso Senhor.
18. PREFÁCIO do Natal I (MR p. 410)
Presid.: Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso. No mistério da encarnação de vosso Filho, nova luz da vossa glória brilhou para nós. E, reconhecendo a Jesus como Deus visível a nossos olhos, aprendemos a amar nele a divindade que não vemos. Por ele os anjos celebram vossa grandeza e os santos proclamam vossa glória. Concedei-nos também a nós associar-nos a seus louvores, cantando (dizendo) a uma só voz:
Santo, Santo, Santo...
19. ORAÇÃO EUCARÍSTICA II (MR p. 478)
Presid.: Na verdade, ó Pai, vós sois santo e fonte de toda santidade. Santificai, pois, estas oferendas, derramando sobre elas o vosso Espírito, a fim de que se tornem para nós o Corpo X e o Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso!
Todos: Santificai nossa oferenda, ó Senhor!
Presid.: Estando para ser entregue e abraçando livremente a paixão, ele tomou o pão, deu graças, e o partiu e deu a seus discípulos, dizendo: TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU CORPO QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS. Do mesmo modo, ao fim da ceia, ele tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente e o deu a seus discípulos, dizendo: TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS PARA REMISSÃO DOS PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM! Eis o mistério da fé!
Todos: Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!
Presid.: Celebrando, pois, a memória da morte e ressurreição do vosso Filho, nós vos oferecemos, ó Pai, o pão da vida e o cálice da salvação; e vos agradecemos porque nos tornastes dignos de estar aqui na vossa presença e vos servir. Todos: Recebei, ó Senhor, a nossa oferta!
Presid.: E nós vos suplicamos que, participando do Corpo e Sangue de Cristo, sejamos reunidos pelo Espírito Santo num só corpo.
Todos: Fazei de nós um só corpo e um só espírito!
Presid.: Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja que se faz presente pelo mundo inteiro: que ela cresça na caridade, com o papa N., com o nosso Bispo N. e todos os ministros do vosso povo!
Todos: Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja!
Presid.: Lembrai-vos também dos (outros) nossos irmãos e irmãs que morreram na esperança da ressurreição e de todos os que partiram desta vida: acolhei-os junto a vós na luz da vossa face!
Todos: Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos!
Presid.: Enfim, nós vos pedimos, tende piedade de todos nós e dai-nos participar da vida eterna, com a Virgem Maria, mãe de Deus, com os santos Apóstolos e todos os que neste mundo vos serviram, a fim de vos louvarmos e glorificarmos, por Jesus Cristo, vosso Filho.
Todos: Concedei-nos o convívio dos eleitos!
Presid.: Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre!
Todos: Amém!
Ritos da Comunhão
20. Todos: Pai Nosso...
Presid.: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz! Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda do Cristo Salvador.
T.: Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.
Presid.: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: “Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz”. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima vossa Igreja, dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade! Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo.
Todos: Amém.
Presid.: A paz do Senhor esteja sempre convosco!
Todos: O amor de Cristo nos uniu.
(Saudação da Paz)
21. CANTO DE COMUNHÃO I
1. A gente passa o ano inteiro assim, andando sempre do começo ao fim. Será que Cristo esteve cada dia ao nosso lado, em nossa companhia?
Ref.: Natal é tempo de rever, da gente amar e renascer; Natal é tempo de pensar em Deus, que só nos quer salvar! (bis)
2. Por toda parte vemos tantas luzes, por toda parte vemos tantas cruzes. Natal é tempo de partir o pão, Natal é tempo de salvar o irmão.
3. Em nossa festa é bom lembrar também daquela gente que Natal não tem. Tem mais sentido toda a nossa vida ao repartir a graça recebida.
22. CANTO DE COMUNHÃO II
Ref.: Natal é vida que nasce, Natal é Cristo que vem, nós somos o seu presépio e a nossa casa é Belém. (bis)
1. Deus se tornou nossa grande esperança e, como criança, no mundo nasceu. Por isso vamos abrir nossa porta, a Cristo o que importa é conosco viver.
2. Deus infinito aos homens se iguala, e a todos só fala palavras de paz. Quer ser o nosso irmão mais fraterno, do seu reino eterno herdeiros nos faz.
23. ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Presid.: Senhor nosso Deus, ao celebrarmos com alegria o Natal do nosso Salvador, dai-nos alcançar por uma vida santa seu eterno convívio. Por Cristo, nosso Senhor.
RITOS FINAIS
Exortações Finais e Bênção
BÊNÇÃO SOLENE DO NATAL
Presid.: O Deus de infinita bondade, que, pela encarnação do seu Filho, expulsou as trevas do mundo e, com seu glorioso nascimento, transfigurou esta noite santa, expulse dos vossos corações as trevas dos vícios e vos transfigure com a luz das virtudes.
Todos: Amém.
Presid.: Aquele que anunciou aos pastores pelo Anjo a grande alegria do nascimento do Salvador derrame em vossos corações a sua alegria e vos tome mensageiros do Evangelho.
Todos: Amém.
Presid.: Aquele que, pela encarnação de seu Filho, uniu a terra ao céu, vos conceda sua paz e seu amor, e vos tome participantes da Igreja celeste.
Todos: Amém.
Presid.: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo.
Todos: Amém.
24. CANTO DE DESPEDIDA
1. Noite feliz! Noite feliz! Ó Senhor, Deus de amor, pobrezinho nasceu em Belém. Eis na lapa Jesus, nosso bem. Dorme em paz, ó Jesus! Dorme em paz, ó Jesus!
2. Noite feliz! Noite feliz! Ó Jesus, Deus da luz, quão afável é teu coração, que quiseste nascer nosso irmão e a nós todos salvar! E a nós todos salvar!
3. Noite feliz! Noite feliz! Eis que no ar vem cantar, aos pastores, os anjos do céu, anunciando a chegada Deus, de Jesus Salvador! De Jesus Salvador!
25. OLHA A ESTRELA (Opcional)
1. Meu irmão, é bom saber pra onde vais, caminhando sem parar. Imagino que tu tenhas ideais, um lugar pra chegar.
Ref.: Olha a estrela que Deus te colocou mostrando o bem, sobre?a gruta de Belém, a guiar teu caminhar. (bis)
2. Tua vida é uma viagem sem parar ao encontro do amanhãPõe nos pés toda a esperança de chegar numa terra mais irmã.
3. O Senhor também um dia foi migrante, quantas portas viu bater. Mesmo assim levou seu grande plano avante, numa gruta foi nascer.
Homilia do Diácono José da Cruz – NATAL DO SENHOR (Missa da Noite)
"Nasceu para nós o Deus-Menino"
O sentir medo faz parte do ser humano, principalmente na relação com Deus, todos os personagens do A T, desde os patriarcas até os profetas, sentiram medo quando Deus se revelou para confiar-lhes uma missão. O pecado e o sentimento de culpa nos fazem ainda mais medrosos diante de Deus, no NT percebe-se que constantemente os discípulos são dominados pelo medo em muitas situações na experiência que fizeram com Jesus, e em todas essas situações o próprio senhor irá lhes dizer “Não tenhais medo...”. Temos medo daquilo que não conhecemos, temos medo de algo que é muito maior que nós, temos medo de tudo aquilo sobre o qual não temos controle e nem a compreensão.
Temos medo das forças da natureza, medo presente em tantas fobias e traumas sofridos na infância ou adolescência, mas temos muito medo principalmente de Deus, infelizmente muitos fazem da experiência com Deus uma relação baseada no medo, de não ser amado, perdoado, compreendido e aceito. Qualquer rejeição nesta vida é dolorosa, mas o pensamento tenebroso de que Deus possa nos rejeitar algum dia, nos causa grande pavor e angústia.
Os pastores eram pessoas rejeitadas pela sociedade e religião, considerados impuros e incapazes de alcançarem à salvação, nem no templo podiam entrar e ninguém confiava em suas palavras. Eles representam neste evangelho da Noite de Natal, todas aquelas categorias de pessoas excluídas, marginalizadas, consideradas lixos da humanidade, irrecuperáveis e desprezadas, pessoas de tão baixa qualidade que não compensaria trabalhar para recuperá-las socialmente e moralmente. Cada um de nós conhece alguém nessas condições, talvez membro da nossa família, ou que more perto de nós, pode também ser alguém da comunidade, que muitas vezes olhamos com o canto dos olhos.
Nesta noite de natal Deus fez uma revolução, deixou de lado as noventa e nove ovelhas de Israel e se manifestou na pastagem, em primeiríssimo lugar aos homens desqualificados e desprezados, que diante de tanta rejeição social e religiosa, já tinham gravado no coração e na mente, que o Messias Salvador jamais viria para eles, mas somente para os justos praticantes da lei de Moisés, por isso, o primeiro sentimento que lhes invade o coração diante do anjo do senhor que lhes apareceu, é justamente o medo, talvez de um castigo ou condenação. Não é este por acaso, o sentimento que temos quando pensamos em nossa morte?
“Na tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que o será para todo o povo: hoje na cidade de Davi, nasceu para vós um salvador, que é o Cristo Senhor...”
Nasceu para vós - não nasceu para os que se consideram justos, santos e zelosos cumpridores da lei, é um salvador que fala a nossa linguagem, que tem a nossa carne, que é pobre e rejeitado, como os pastores, nem tinha um lugar confortável para nascer. O sinal confirma essa proximidade de Deus com os homens, trata-se realmente do Emanuel, “Deus conosco” – não se trata de uma criança com super poderes, mas de um menininho pobre, deitado entre as palhas de uma manjedoura, envolto em faixas e que precisa dos cuidados de um pai e mãe, como qualquer criança.
Nesse dá para confiar, é um dos nossos! É igual a nós! É pé no chão! Capaz de sonhar os nossos sonhos, de ter no coração as nossas mesmas esperanças. Todo o céu se alegra e os anjos cantam os louvores de Deus. Anjos que estão em plena sintonia com o projeto de Deus, que para manifestar o grande amor pela humanidade pecadora, envia seu Filho Divino, da mesma natureza e essência, que livremente aceita o rebaixamento.
Ato salvífico que manifesta ao mesmo tempo toda glória e louvor a Deus, transmitindo também a paz aos homens por ele amados. A paz que derruba as barreiras entre Deus e os homens, a paz que abre o nosso coração para o amor e a graça trazida por Jesus de Nazaré! Não há mais razão para ter medo! Deus nos provou o seu amor, nesta noite Feliz!
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa
Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com
Homilia do Padre Françoá Rodrigues Costa – NATAL DO SENHOR (Missa da Noite)
“A incrível e nova história de Papai Noel e Jesus”
“Embora pequeno, deitado em presépio,/ em todo o Universo, ó Cristo, reinais./ Ó fruto bendito da Virgem sem mancha,/ que todos vos amem num reino de paz” (Hino, estr. 3, Ofício das Leituras no Natal do Senhor) – assim a Igreja saúda o Menino Jesus nesta noite santa. Depois da espera de séculos, finalmente os olhos humanos puderam ver o Deus feito homem.
Nesta noite chegarão ao presépio muitas pessoas para ver o Divino Infante. Até mesmo Papai Noel chegará para entregar o seu presentinho ao recém-nascido, o Menino Jesus. Claro que sim: estou falando do clássico Papai Noel aos pés do Menino Jesus! Ainda que noutros tempos dediquei-me a falar contra o velhinho bondoso, decidi voltar atrás e reabilitá-lo. Como lemos anteriormente, Cristo reina em todo o universo, e, portanto, naquela manjedoura recebe a homenagem de todos os homens e mulheres. O que tem de mau que também Papai Noel visite o Menino Jesus?
Falando nisso, que pena que eu não publiquei antes o endereço do Papai Noel. Mas talvez você já saiba onde ele mora: lá na Finlândia e o endereço é o seguinte: “FIN – 96930 Article Circle. Rovaniemi – Finlândia”. Pena que eu só consegui o endereço agora e além do mais é o do Papai Noel europeu. Parece que o Papai Noel norte-americano tem outro endereço. Ou será que se trata do mesmo personagem que tem duas residências? Talvez no próximo Natal eu consiga resolver esta dificuldade.
Quanto Papai Noel ficou sabendo que o cartunista alemão Thomas Nast ia dar-lhe, em 1886, um novo visual com aquela roupagem vermelha e detalhes brancos, ficou tão feliz que decidiu visitar o Menino Jesus e mostrar-lhe a roupa com as cores que, de fato, tinham algo que ver com o Natal. O bom velhinho pensou que Jesus ficaria feliz com o vermelho que simbolizaria o martírio de Jesus pela salvação do mundo, o branco da pureza de vida que o Redentor pediria a todos os mortais e o preto do cinturão que representaria, na opinião do mesmo Santa Claus, o tom de renuncia que o seguimento ao Senhor provocaria nos seus discípulos. Papai Noel estava decidido então a visitar o Divino Menino, mas sabia também que o nascimento tinha acontecido há dezoito séculos. O que fazer? Não podia entrar na caravana dos Reis Magos. Porém decidiu visitar os presépios das igrejas e imaginou-se bem perto do Rei Jesus. Quis então oferecer-lhe um presente. Quis também ser representado num presépio que ele mesmo mandou construir na sua casa, na qual ele, Papai Noel, se encontrava ajoelhado aos pés do Menino Jesus.
Logicamente, o bom velhinho não queria oferecer ouro, incenso e mirra. Essas coisas já tinham sido oferecidas pelos Reis do Oriente. Também não queria presentear o Menino Jesus com ovelhas, leite e queijo. Os pastores já o tinham feito. Papai Noel pensou, pensou. Depois de muita reflexão decidiu fazer uma coisa bem simples: continuaria fazendo o que sempre fez. Ele continuaria a dar presentes às crianças e àquelas outras crianças grandes, isto é, àquelas pessoas que apesar da idade continuavam simples, francas, sinceras, humildes e boas. Mas o faria de maneira diferente a partir daquele momento: daria os presentes contemplando em cada pessoa a presença de Jesus. Papai Noel aprendeu a descobrir o rosto de Deus em cada rosto humano. Desta maneira, Papai Noel aprendeu não só a colocar-se anualmente como um personagem em adoração a Deus nos diversos presépios, mas também a ver o rosto do adorável Menino recostado na manjedoura nos outros, nos homens e nas mulheres, nas crianças e nos velhinhos. Neste Natal, ao vê-lo invadindo os nossos presépios para presentear o Menino Jesus lembremo-nos que ele também está dando um presente a cada um de nós vendo em nós o Divino Menino.
Não nos esqueçamos de que neste Natal o mais importante é que consigamos ir até Belém, participar daquela cena entranhável e dar um presente ao Menino Jesus: vejamos o rosto de Deus em cada rosto humano e presenteemos as pessoas com o nosso sorriso, a nossa generosidade e o nosso espírito de partilha. Não nos esquecemos de dar-lhes (não a todos universalmente) um presentinho, desses que as lojas vendem: desta maneira ajudaremos também aqueles que são comerciantes. Contudo, evitemos o espírito de consumismo!
Também Papai Noel resolveu viver, desde 1931, a moderação e a sobriedade. Você sabia? Aconteceu que no ano 31 do século passado a Coca-Cola fez uma grande propaganda com o Papai Noel aproveitando o fato de ele utilizar o vermelho e o branco. A Coca-Cola queria vender o produto também no inverno. Para Papai Noel a ocasião foi ótima: descobriu que não devia beber só a cervejinha do cartunista alemão ou a vodca russa que afasta o gélido inverno dos ossos, mas também podia beber Coca-Cola. A partir daquele ano, Papai Noel nunca mais se embriagou. Não sei se você sabia, mas ele é até membro da Pastoral da Sobriedade. Outra coisa interessante para termos em conta neste Natal: sobriedade!
Visitemos ao Senhor na Missa, nas Escrituras, na Eucaristia e nos belíssimos presépios que foram feitos para que os apreciássemos. Visitemo-lo também nos nossos irmãos e irmãs levando-lhes o presente do amor, do perdão, da paz. Isso sim é Natal!
Feliz Natal!
Pe. Françoá Rodrigues Figueiredo Costa |
MISSA FESTIVA DO DIA 25 DE DEZEMBRO
NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
( BRANCO, GLÓRIA, CREIO, PREFÁCIO DO NATAL – OFÍCIO DA SOLENIDADE )
__ "Deus se faz homem por nós" __
- Natal
"...José subiu da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à Cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi, para se alistar com a sua esposa maria, que estava grávida. Estando eles ali, completaram-se os dias dela. E deu à luz seu filho primogênito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria. Havia nos arredores uns pastores, que vigiavam e guardavam seu rebanho nos campos durante as vigílias da noite. \um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu ao redor deles, e tiveram grande temor. O anjo disse-lhes: ´ Não temais, eis que vos anuncio uma boa nova que será alegria para todo o povo: hoje vos nasceu na Cidade Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor." (Lc 2,4-11) Por isso hoje celebramos a Eterna Solidariedade do Pai das Misericórdias que no seu plano de Amor quis o nascimento de Jesus, que é o verdadeiro Sol, a Luz do mundo. Não é dia de medo e nem de desespero, é dia de confiança e esperança pois Deus veio morar no nosso meio, o Homem Novo, e assim encher-nos da certeza de que é possível um mundo novo. Solidário conosco nos quer solidários neste hoje de Glória que refulge ao redor de cada um de nós! Sendo assim, tudo neste dia só tem sentido se apontar para o Aniversariante do dia. Presépios, árvores, enfeites, banquetes e os presentes natalícios representam os presentes que os reis magos levaram até Jesus, mas não são estes símbolos a essência do Natal, o importante, é que Cristo realmente nasça em nossos corações de uma maneira nova, renovadora, e que a partir daí, possamos sempre caminhar na sua luz solidária de um Deus, o Único e Verdadeiro, que nos quer solidários uns com os outros! Vivamos com muita alegria este dia Solidário, que o Senhor fez para nós!
“Os confins de toda a terra hão de ver a salvação que vem do nosso Deus.”
RITOS INICIAIS
01. AMBIENTAÇÃO
Comentário: Eis que chega a hora onde nosso Deus, que segundo as palavras do Apóstolo Paulo, de diferentes modos e através de muitas pessoas nos falou no passado, agora nos entrega seu Filho. É o momento do amor maior, a terra é tocada pelo céu, os pecadores pela misericórdia, o desespero pela santa alegria. A salvação chegou, abrace esta causa, viva no Senhor, celebre e se alegre. O Senhor Jesus Cristo está entre nós!
02. CANTO INICIAL
1. Hoje é dia da gente se encontrar, hoje é dia da gente resolver: o Senhor no mundo quer morar, o que é que vamos responder?
Ref.: É Natal! É Natal! O Menino Jesus já nasceu! É Natal! É Natal! E no meio de nós quer viver. (bis)
2. Ele, outrora, não encontrou lugar, a cidade não tinha mais pensão; não sabia que Ele vinha dar vida e paz, amor e salvação.
3. Se o mundo é tão pequeno assim, que não pode a Cristo hospedar; nossa vida é dimensão sem fim, e é nela que Ele quer morar.
03. SAUDAÇÃO E ACOLHIDA
04. ATO PENITENCIAL
05. CANTO PENITENCIAL
Solo: Tende compaixão de nós, Senhor!
Todo: Porque somos pecadores.
Solo: Manifestai, Senhor, a vossa misericórdia!
Todos: E dai-nos a vossa salvação.
06. HINO DE GLÓRIA
Ref.: Glória! Glória! Anjos no céu! Cantam todos seu amor! E na terra, homens de paz: “Deus merece o louvor!”
1. Deus e Pai, nós vos louvamos, adoramos, bendizemos, damos glória ao vosso nome, vossos dons agradecemos!
2. Senhor nosso, Jesus Cristo, Unigênito do Pai; vós, de Deus Cordeiro Santo, nossas culpas perdoai!
3. Vós que estais junto do Pai, como nosso intercessor, acolhei nossos pedidos, atendei nosso clamor!
4. Vós somente sois o Santo, o Altíssimo, o Senhor, com o Espírito Divino, de Deus Pai no esplendor!
07. ORAÇÃO DO DIA
Presid.: Ó Deus, que admiravelmente criastes o ser humano e mais admiravelmente restabelecestes a sua dignidade, dai-nos participar da divindade do vosso Filho, que se dignou assumir a nossa humanidade. Por N.S.J.C.
LITURGIA DA PALAVRA
I LEITURA - Is 52, 7-10
08. LEITURA DO LIVRO DO PROFETA ISAÍAS
Como são belos, andando sobre os montes, os pés de quem anuncia e prega a paz, de quem anuncia o bem e prega a salvação, e diz a Sião: “Reina teu Deus!” Ouve-se a voz de teus vigias, eles levantam a voz, estão exultantes de alegria, sabem que verão com os próprios olhos o Senhor voltar a Sião. Alegrai-vos e exultai ao mesmo tempo, ó ruínas de Jerusalém, o Senhor consolou seu povo e resgatou Jerusalém. O Senhor desnudou seu santo braço aos olhos de todas as nações; todos os confins da terra hão de ver a salvação que vem do nosso Deus.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
(Momento de silêncio)
09. SALMO RESPONSORIAL – Sl 98(97)
Ref.: Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus, a salvação do nosso Deus.
1. Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.
2. O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.
3. Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!
4. Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa e da cítara suave! Aclamai, com os clarins e as trombetas, ao Senhor, o nosso Rei!
(Momento de silêncio)
II LEITURA - Hb 1, 1-6
10. LEITURA DA CARTA DE SÃO PAULO AOS HEBREUS
Muitas vezes e de muitos modos falou Deus, outrora, aos nossos pais, pelos profetas; nestes dias, que são os últimos, ele nos falou por meio do Filho, a quem ele constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual também ele criou o universo. Este é o esplendor da glória do Pai, a expressão do seu ser. Ele sustenta o universo com o poder de sua palavra. Tendo feito a purificação dos pecados, ele sentou-se à direita da majestade divina, nas alturas. Ele foi colocado tanto acima dos anjos quanto o nome que ele herdou supera o nome deles. De fato, a qual dos anjos Deus disse alguma vez: “Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei?” Ou ainda: “Eu serei para ele um Pai e ele será para mim um filho?” Mas, quando faz entrar o Primogênito no mundo, Deus diz: “Todos os anjos devem adorá-Lo!”
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
(Momento de silêncio)
11. ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
Ref.: Aleluia! Ao Deus Santo, aleluia, aleluia! Aleluia! Mil hosanas, aleluia!
1. No ardor divino o Deus menino, tão pequenino, vinde aclamar. E o nosso canto, de puro encanto, ao Deus tão santo, vem exaltar.
2. A Deus tão terno, o Deus menino, louvor eterno cantai, ó céus. E o mundo alcança toda esperança no Deus criança, Emanuel.
12. PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO
Evangelho - Jo 1, 1-18
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
No princípio, era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. No princípio, estava ela com Deus. Tudo foi feito por ela, e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-Ia. Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano. A Palavra estava no mundo e o mundo foi feito por meio dela, mas o mundo não quis conhecê-Ia. Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram. Mas, a todos que a receberam, deu-Ihes capacidade de se tornarem filhos de Deus isto é, aos que acreditam em seu nome, pois estes não nasceram do sangue nem da vontade da carne nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo. E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade. Dele, João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim”. De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-la deu a conhecer.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
13. HOMILIA
14. PROFISSÃO DE FÉ (Creio)
Símbolo Niceno-constantinopolitano
Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus: (Neste trecho todos se ajoelham) e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras, e subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: ele que falou pelos profetas. Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir. Amém.
15. ORAÇÃO DOS FIÉIS
ATENÇÃO, DIÁCONOS E MINISTROS:
A partir daqui, seguir livreto à parte.
LITURGIA EUCARÍSTICA
16. CANTO DAS OFERENDAS
1. Chegou a hora de sonhar de novo, de tornar-se povo e se fazer irmão. Chegou a hora que ligeiro passa de ganhar a graça para a conversão.
Ref.: Meu caro irmão, olha pra dentro do teu coração, vê se o Natal se tornou conversão e te ensinou a viver. (bis)
2. Chegou a hora de viver o Cristo e acreditar que isto é se tornar maior. Chegou a hora de pensar profundo e perceber que o mundo pode ser melhor.
3. Será difícil tantas mãos unidas não fazer da vida um tempo sem igual. Será difícil tanto amor e afeto não tornar concreto o gesto do Natal.
17. ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS
Presid.: Sejam do vosso agrado ó Pai, as oferendas da festa de hoje, que nos trazem a perfeita reconciliação e plenitude do culto divino. Por Cristo, nosso Senhor.
18. PREFÁCIO do Natal II (MR p. 411)
Presid.: Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Ele, no mistério do Natal que celebramos, invisível em sua divindade, tornou-se visível em nossa carne. Gerado antes dos tempos, entrou na história da humanidade para erguer o mundo decaído. Restaurando a integridade do universo, introduziu no Reino dos Céus o homem redimido. Por essa razão, hoje e sempre, nós nos unimos aos anjos e a todos os santos, cantando (dizendo) a uma só voz:
Santo, Santo, Santo...
19. ORAÇÃO EUCARÍSTICA II (MR p. 478)
Presid.: Na verdade, ó Pai, vós sois santo e fonte de toda santidade. Santificai, pois, estas oferendas, derramando sobre elas o vosso Espírito, a fim de que se tornem para nós o Corpo X e o Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso!
Todos: Santificai nossa oferenda, ó Senhor!
Presid.: Estando para ser entregue e abraçando livremente a paixão, ele tomou o pão, deu graças, e o partiu e deu a seus discípulos, dizendo: TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU CORPO QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS. Do mesmo modo, ao fim da ceia, ele tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente e o deu a seus discípulos, dizendo: TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS PARA REMISSÃO DOS PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM! Eis o mistério da fé!
Todos: Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!
Presid.: Celebrando, pois, a memória da morte e ressurreição do vosso Filho, nós vos oferecemos, ó Pai, o pão da vida e o cálice da salvação; e vos agradecemos porque nos tornastes dignos de estar aqui na vossa presença e vos servir.
Todos: Recebei, ó Senhor, a nossa oferta!
Presid.: E nós vos suplicamos que, participando do Corpo e Sangue de Cristo, sejamos reunidos pelo Espírito Santo num só corpo.
Todos: Fazei de nós um só corpo e um só espírito!
Presid.: Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja que se faz presente pelo mundo inteiro: que ela cresça na caridade, com o papa N., com o nosso Bispo N. e todos os ministros do vosso povo!
Todos: Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja!
Presid.: Lembrai-vos também dos (outros) nossos irmãos e irmãs que morreram na esperança da ressurreição e de todos os que partiram desta vida: acolhei-os junto a vós na luz da vossa face!
Todos: Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos!
Presid.: Enfim, nós vos pedimos, tende piedade de todos nós e dai-nos participar da vida eterna, com a Virgem Maria, mãe de Deus, com os santos Apóstolos e todos os que neste mundo vos serviram, a fim de vos louvarmos e glorificarmos, por Jesus Cristo, vosso Filho.
Todos: Concedei-nos o convívio dos eleitos!
Presid.: Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre!
Todos: Amém!
Ritos da Comunhão
20. Todos: Pai Nosso...
Presid.: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz! Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda do Cristo Salvador.
T.: Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.
Presid.: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: “Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz”. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima vossa Igreja, dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade! Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo.
Todos: Amém.
Presid.: A paz do Senhor esteja sempre convosco!
Todos: O amor de Cristo nos uniu.
(Saudação da Paz)
21. CANTO DE COMUNHÃO I
1. A gente passa o ano inteiro assim, andando sempre do começo ao fim. Será que Cristo esteve cada dia ao nosso lado, em nossa companhia?
Ref.: Natal é tempo de rever, da gente amar e renascer; Natal é tempo de pensar em Deus, que só nos quer salvar! (bis)
2. Por toda parte vemos tantas luzes, por toda parte vemos tantas cruzes. Natal é tempo de partir o pão, Natal é tempo de salvar o irmão.
3. Em nossa festa é bom lembrar também daquela gente que Natal não tem. Tem mais sentido toda a nossa vida ao repartir a graça recebida.
22. CANTO DE COMUNHÃO II
Ref.: Natal é vida que nasce, Natal é Cristo que vem, nós somos o seu presépio e a nossa casa é Belém. (bis)
1. Deus se tornou nossa grande esperança e, como criança, no mundo nasceu. Por isso vamos abrir nossa porta, a Cristo o que importa é conosco viver.
2. Deus infinito aos homens se iguala, e a todos só fala palavras de paz. Quer ser o nosso irmão mais fraterno, do seu reino eterno herdeiros nos faz.
23. ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Presid.: Ó Deus de misericórdia, que o Salvador do mundo hoje nascido, como nos fez nascer para a vida divina, nos conceda também sua imortalidade. Por Cristo, nosso Senhor.
RITOS FINAIS
Exortações Finais e Bênção
BÊNÇÃO SOLENE DO NATAL
Presid.: O Deus de infinita bondade, que, pela encarnação do seu Filho, expulsou as trevas do mundo e, com seu glorioso nascimento, transfigurou esta noite santa, expulse dos vossos corações as trevas dos vícios e vos transfigure com a luz das virtudes.
Todos: Amém.
Presid.: Aquele que anunciou aos pastores pelo Anjo a grande alegria do nascimento do Salvador derrame em vossos corações a sua alegria e vos tome mensageiros do Evangelho.
Todos: Amém.
Presid.: Aquele que, pela encarnação de seu Filho, uniu a terra ao céu, vos conceda sua paz e seu amor, e vos tome participantes da Igreja celeste.
Todos: Amém.
Presid.: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo.
Todos: Amém.
24. CANTO DE DESPEDIDA
1. Quando há tristeza e muito pranto, pouca justiça social, com nossa voz e nosso canto nós proclamamos o Natal.
Ref.: O Cristo já nasceu na gruta de Belém, mas é preciso ainda nascer em nós também. (bis)
2. Quantas famílias não têm casa, quantos irmãos que não têm pão. É a justiça que se atrasa, falta Natal e conversão.
3. Quantas crianças sem estudo, quantos precisam compreensão; quem para si deseja tudo, não tem Natal no coração.
25. OLHA A ESTRELA (Opcional)
1. Meu irmão, é bom saber pra onde vais, caminhando sem parar. Imagino que tu tenhas ideais, um lugar pra chegar.
Ref.: Olha a estrela que Deus te colocou mostrando o bem, sobre?a gruta de Belém, a guiar teu caminhar. (bis)
2. Tua vida é uma viagem sem parar ao encontro do amanhã. Põe nos pés toda a esperança de chegar numa terra mais irmã.
3. O Senhor também um dia foi migrante, quantas portas viu bater. Mesmo assim levou seu grande plano avante, numa gruta foi nascer.
Homilia do Diácono José da Cruz – NATAL DO SENHOR (Missa do dia)
"O VERBO DIVINO SE FEZ HOMEM E HABITOU ENTRE NÓS"
Mais do que um teólogo, acho que o evangelista João era um poeta dos melhores, essa frase é a palavra chave do seu evangelho, proclamado na Missa do dia de Natal, mais parece uma poesia, coisa de quem sentiu um encantamento com o nascimento de Jesus. O evangelho da missa da vigília mostra-nos como Deus vai se movendo em meio a situações desencontradas na vida de duas pessoas: Maria e José. O noivado com José, a gravidez inesperada, a reação de José, que abre mão do seu direito de denunciar Maria, para não lhe causar nenhum mal e resolve abandoná-la. Um amor que quer o bem da esposa, ainda que isso signifique viver longe dela, um amor que não quer dominar ser o dono da verdade, ter toda a razão, mas um amor que quer preservar a vida de quem ama, ainda que isso lhe traga dores, dúvidas e amarguras. Deus escolheu o homem certo, José era justo, mesmo que não entendesse os fatos envolvendo sua noiva, fez prevalecer o amor. O amor a Deus e aos irmãos não explica, mas aceita e só quer o bem do outro.
E por trás de um amor puro e devotado, está à vontade de Deus, que vai realizar tudo o que os profetas haviam falado – eis que a virgem conceberá e dará a luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa “Deus conosco”. José aceita, não porque compreende racionalmente os fatos, mas porque sabe que Deus está agindo e isso lhe basta.
Costuma-se dizer sempre que “Deus escreve sempre certo, por linhas tortas” e isso é mesmo a mais pura verdade, o grande rei Davi havia nascido em Belém, e seria lá também que o messias haveria de nascer, José e Maria não são pessoas especiais, diferentes das demais, mas vivem em meio a história, dentro das estruturas do mundo, o cristão não pode alienar-se do mundo e fugir do seu destino humano, José e Maria,
Sujeito às leis do império romano, sobem até Belém para serem recenseados, e lá Jesus acaba nascendo em uma estrebaria, nas grandes cidades nem sempre há um cantinho para o migrante que tem de se virar em qualquer canto, no banco de uma praça ou em baixo de uma ponte, nos barracos e favelas e assim, do mesmo modo que os moradores de rua partilham suas alegrias, quando as tem, Deus quis partilhar com uma classe marginalizada a grande alegria do nascimento do seu filho – e assim, os pastores são os primeiros a serem informados. Logo eles, que tinham fama de serem brigões e mentirosos, homens sem palavra que jamais seriam ouvido como testemunhas nos tribunais, foram os privilegiados.
Para gente simples o sinal é também simples, encontrareis um menino envolto em faixas e deitado nas palhas de uma estrebaria. Não é uma criança sobrenatural, mas excluído e rejeitado igual eles, que eram proibidos de entrarem no templo ou na sinagoga.
Deram glória a Deus porque sentiram a alegria de serem lembrados por ele, chegou enfim a salvação, que não vem da corte ou dos palácios, que não vem das pomposas cerimônias do templo, mas de uma criancinha deitada em uma humilde estrebaria.
Infelizmente o natal do consumismo vai por outro caminho, e só leva boas notícias aos ricos e poderosos, que podem se banquetear na noite de natal, e trocar ricos presentes, pois ainda temos entre nós tantos “pastores” banidos da sociedade e das igrejas, gente desprezada e deixada de lado por um sistema injusto e pecaminoso, gente que não conhece e nem faz idéia de que Deus os ama apaixonadamente e que essa declaração de amor acontece e é renovada na noite de natal. A igreja é por excelência portadora desse anúncio onde os últimos da sociedade deverão ser os primeiros a receber esta boa nova.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa
Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com
Homilia do Padre Françoá Rodrigues Costa – NATAL DO SENHOR (Missa do dia)
“Vitória, perdão e vida junto ao Menino-Deus”
“Exulte o justo, porque se aproxima da vitória; rejubile o pecador, porque lhe é oferecido o perdão; reanime-se o pagão, porque é chamado à vida” (S. Leão Magno).
Vitória. Perdão. Vida. Tudo isso nos é dado porque “o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1,14). No dia 25 de março, a Igreja celebra a anunciação do Senhor e a encarnação do Verbo; nove meses depois, no dia 25 de dezembro, o Verbo encarnado nasce para que possamos ver a sua glória velada, mas real. O menino frágil e dependente de Maria e de José é o Filho de Deus encarnado, é ele e somente ele quem pode dar-nos a vitória, o perdão e a vida.
Vitória! Esta palavra me lembra daquele canto tradicional: “Vitória! Tu reinarás, ó Cruz tu nos salvarás!” A vitória vem pela Cruz! Mas o despojamento da Cruz já se prefigura em Belém. O Filho de Deus, desde o seu nascimento temporal, se deixa acompanhar pela pobreza, pela simplicidade e até pela perseguição. E aí se encontra a vitória? Para uma mentalidade hedonista, materialista e sem fé, tal coisa seria um absurdo. Malgrado, tal maneira de pensar está penetrando em muitos cristãos que, em nome de uma “corrente da prosperidade”, já não querem abraçar a cruz das tribulações nesta vida. Ao contrário, pretendem viver sem tribulações nesta vida e na outra. Na outra, tudo bem. Nesta vida, porém, a coisa é diferente! Jesus passou por muitas dificuldades e abraçou a cruz amorosamente desde o seu nascimento… E nós? Por que tanto medo da cruz? Por que tanto medo de encontrar-nos com o Cristo pobre e simples? Por que tanto medo da vitória de Deus que é, de maneira patente, vitória sobre o nosso egoísmo e aburguesamento?
Mas podemos recomeçar! O perdão de Deus se nos oferece constantemente para que, com alegria, vivamos a nossa fé. Por mais pecador que sejamos não tenhamos medo do Senhor, ele fez-se tão pequeno para que os pequenos deste mundo se aproximassem dele com a esperança da reconciliação com Deus e com todos os homens. Nem permitiremos que alguma falta de perdão aos outros invada o nosso coração neste dia santo. Abriremos de par em par o nosso ser a Deus e a todos os homens e mulheres, máxime àqueles que estão próximos a nós. Tais pessoas merecem a nossa atenção, gratidão e estima. Lembremo-nos da oração que o Senhor nos ensinou: “perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. Perdoemos! Perdoemos de coração a quem nos ofendeu e sentiremos um grande alívio, uma grande paz, uma restauração que vai do mais profundo ao mais periférico do nosso ser.
“Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito. Nele havia vida, e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam” (Jo 1,5). A vida do Filho de Deus ilumina a vida dos filhos dos homens. Ilumina-a porque a retira das trevas do pecado e da morte. Ilumina-a porque dá sentido ao que antes estava desorientado. Ilumina-a porque dá todos os meios necessários para alcançar a felicidade já neste mundo e, depois, na eternidade. Talvez muitas pessoas considerem-se como que “jogadas aí na existência” e aí deixadas simplesmente porque não descobriram o projeto de Deus para as suas vidas. É misterioso e, ao mesmo tempo, é duro pensar que nós, seres humanos, podemos frustrar os desígnios de Deus. Foi exatamente isso que aconteceu com alguns dos contemporâneos de Jesus, fariseus e mestres da Lei, dos quais se diz que ao rejeitarem o batismo de João e, posteriormente, o de Jesus “tornaram inútil para si mesmos o projeto de Deus” (Lc 7,30).
Não tornaremos inútil o projeto de Deus para nós. Ao participarmos das celebrações da Igreja durante esses dias solenes, aproximar-nos-emos do presépio humilde de Belém e diremos ao Senhor que a sua Vida encha a nossa vida, que o nosso amor encha o nosso coração e que nas nossas vidas se cumpram os eternos desígnios da Santíssima Trindade. Maria, a Mãe de Jesus, está segurando o Menino Jesus nos seus braços e quer deixar que também nós tenhamos em nossos braços o Divino Infante. Ela sabe que só ele tem a chave para todos os mistérios da nossa vida. Jesus, sendo verdadeiro Deus, é também o verdadeiro homem que mostra em si mesmo como deve ser a pessoa humana segundo os projetos eternos.
Feliz Natal!
Pe. Françoá Rodrigues Figueiredo Costa
Pulsando litÚrgico
Diocese de Apucarana - PR
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Comentários e orações: Pe. José
Roberto Rezende
Cantos: Maestro Adenor Leonardo Terra
Correção: Prof. Artur Palú Filho
Diaconais: Diácono Durvalino Bertasso
Diagramação: José Luiz Mendes
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