GOTAS DE REFLEXÃO - EVANGELHO DOMINICAL
Colaboração
Especial do Diácono José da Cruz - Homilias Dominicais
Índice desta página:
. Evangelho de 01/02/2009 - 4º Domingo do Tempo
Comum
. Evangelho de 25/01/2009 - 3º Domingo do Tempo
Comum
. Evangelho de 18/01/2009 - 2º Domingo do Tempo
Comum
ATENÇÃO:
Acostume-se
a ler a Bíblia! Pegue-a agora para ver os trechos citados.
Se você não sabe interpretar os livros, capítulos
e versículos, acesse a página
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colocando o cursor sobre os textos em azul.
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BOA LEITURA! FIQUE COM DEUS!
01.02.2009
4º Domingo do Tempo Comum - Ano B - Cor Verde
__ “Tu és o Santo de Deus!”
__
(coloque o cursor sobre os textos
em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)
Comentário:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
A profecia foi responsável por manter vivos nos corações
humanos os sentimentos de Deus. Contudo, ser Profeta significa,
antes de tudo, a fidelidade na transmissão daquilo que do
Senhor se recebe. Como Profetas do 3º. Milênio vamos
ouvir, viver e ensinar o que Cristo nos pede. Jesus nos oferece
um novo ensinamento, com autoridade; tenhamos a coragem de escutar,
obedecer e espalhar a mensagem do evangelho. Jubilosamente, entoemos
o cânticos ao Senhor!
SALMO RESPONSORIAL Sl 95(94):
- "Não fecheis o coração,
ouvi hoje a voz de Deus!"
SEGUNDA LEITURA (1Cor 7, 32-35):
- "O que eu desejo é levar-vos ao que
é melhor, permanecendo junto ao Senhor!"
EVANGELHO (Mc 1, 21-28):
- "Eu sei quem tu és: tu és o
Santo de Deus!"
- "CALA-TE E SAI DELE!"
A primeira bicicleta que ganhei, aos oito anos,
tinha duas rodinhas de sustentação para facilitar
o equilíbrio no aprendizado, e o futuro ciclista deveria
fazer de conta que elas não existiam, para que o treinamento
surtisse efeito. Por puro comodismo comecei a me exibir para os
familiares, imprimindo velocidade nos pedais e até largando
das mãos, para mostrar que estava seguro, mas na verdade
colocava toda minha segurança nas rodinhas auxiliares, que
não deixavam a bicicleta cair em minhas arrojadas manobras.
A turma me olhava com uma pontinha de inveja, quando
eu passava “esnobando” com a bicicleta, meus familiares
sentiam-se orgulhosos e tudo ia bem até que apareceu um chato,
um estraga-prazer de nome Odair, colega de escola, garoto de grande
vivacidade e inteligência, que me desafiou. “Ah quero
ver você andar sem essas rodinhas aí...!”.
Tentei em vão argumentar, que as rodinhas
não eram importantes, mas o Odair pegou de brabo e comentou
com a turma, que eu não sabia andar coisa nenhuma, e que
só estava enganando a todos. Lembro-me que fiquei quase duas
semanas de “beiço caído” sem falar com
ele, entretanto, com o passar dos dias fui vendo que tinha razão,
se não tivesse coragem de tirar as rodinhas auxiliares, nunca
iria aprender de verdade, a andar de bicicleta, porque a minha habilidade
de ciclista não passava de uma mentira.
Essa é exatamente a missão do profeta:
denunciar todas as nossas falsas seguranças, mostrando-nos
a verdade que tem de ser buscada e cultivada, em nossa relação
com Deus e com os irmãos, para que a nossa vida de cristãos
não seja uma grande mentira em uma religião só
de aparência. No Antigo Testamento os profetas lembravam ao
povo a fidelidade à aliança, toda vez que dela se
afastavam. A Palavra de Deus manifestada através de Moisés,
antes de ser uma norma rígida era um dom, pois oferecia orientações
seguras de como viver bem e ser feliz, sob o amparo e a proteção
do Deus da Aliança, nesta relação exclusiva
e particular “Vós sereis o meu povo e eu serei o Vosso
Deus”.
Mas os profetas e todos os demais que falaram ao
povo em seu nome sofreram muito, foram rejeitados, incompreendidos
e até perseguidos e mortos, pois muitos não estavam
dispostos a ouvir a Verdade que os faria mudar de vida.
O evangelho desse domingo faz uma apresentação
solene de um novo, único e verdadeiro profeta que não
vem para fazer mais promessas, mas sim para cumpri-las uma a uma.
O seu múnus profético se revela na comunidade onde
irá realizar um sinal, como prenúncio da sua obra
de salvação, que tem na libertação do
homem o seu ponto mais alto, naquele sábado na sinagoga,
a comunidade conheceu Jesus de Nazaré, o Messias de quem
falaram todos os profetas. O seu ensinamento causava admiração,
pois ensinava com autoridade e não como os mestres da lei.
Ensinar com autoridade não é falar
grosso, gritar e dar murros na mesa, como certos pregadores, que
gostam de fazer terrorismo religioso, mas é mostrar primeiro
a vivência daquilo que se ensina, unir fé e vida, celebrar
aquilo que se Crê, é ter uma fé encarnada na
história, é sempre falar em nome de Deus.
A palavra é libertadora porque gera vida
nova, renova o homem por inteiro, Jesus é a palavra viva,
o Logus de Deus, o Verbo encarnado no meio dos homens. Para surpresa
de todos, na comunidade há um homem possuído por um
espírito do mal que conhece Jesus, inclusive manifesta esse
conhecimento em palavras bonitas “Sei que tu és o Santo
de Deus”, sabe, portanto quem ele é e a que veio, mas
não o aceita, não admite que o seu ensinamento interfira
no modo de pensar e viver. Parece que Marcos fala as autoridades
religiosas do seu tempo, e ao homem da modernidade, que apenas o
conhecimento da pessoa de Jesus e sua missão, sem o compromisso
de vida com o santo evangelho, jamais vai nos conferir uma fé
autêntica, Jesus ornamenta muitos lugares públicos
e está em uma correntinha no peito de muita gente, mas falta
uma abertura maior para que as atitudes dos que nele dizem professar
a fé, sejam realmente atitudes de um cristão.
O tratamento que Jesus dá ao homem possuído
pelo espírito do mal, é de choque – Cala-te
e sai dele ! CALA-TE , porque a palavra que o mal nos propõe
é enganosa e mentirosa, traz a morte e não a vida,
aprisiona em vez de libertar. O homem da modernidade parece não
ter forças para fazer calar tantas vozes mentirosas que seduzem,
corrompem, e destrói a dignidade do ser humano, o homem da
modernidade se acha importante com o seu conhecimento e o progresso
e, entretanto, é totalmente impotente diante das forças
do mal, justamente porque não professa uma fé verdadeira
e perdeu totalmente a noção do pecado, que contraria
a graça de Deus e a sua santa palavra.
As Igrejas cristãs devem ter coragem e ousadia,
para fazer calar e expulsar tantos “espíritos do mal”
que continua a enganar o ser humano, com propostas sedutoras de
vida, arrastando muitos para a morte. Ouçamos o apelo dos
nossos pastores e sejamos uma igreja mais profética e menos
sacramentalista, mais missionária e menos ritualista, fazendo
um ensinamento novo, capaz de derrubar as velharias ideológicas
escravisadoras, contrárias aos princípios do Reino
Novo, que Jesus inaugurou um dia, lá na sinagoga de Nazaré...
Quando mostrou quem ele é, e a que veio...
José da Cruz é diácono
permanente
da Paróquia Nossa S. Consolata-Votorantim
e-mail: jotacruz3051@gmail.com
25.01.2009
3º Domingo do Tempo Comum - Ano B - Cor Branca
__ “Senhor, que queres que eu faça?”
__
(coloque o cursor sobre os textos
em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)
Comentário:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
Neste domingo, por ocasião do Ano Paulino, por especial concessão
da Sé Apostólica, celebramos a Missa da Conversão
de São Paulo Apóstolo. Aquele que, conforme os Atos
dos Apóstolos, “só respirava ameaças
e morte contra os discípulos do Senhor” e que se torna,
após a conversão, grande anunciador do Caminho. Este
gesto nos leve também a abandonar os caminhos que distanciam
a nós e aos outros das pegadas do Senhor e retornarmos ao
verdadeiro amor. Jubilosamente, entoemos o cânticos ao Senhor!
SALMO RESPONSORIAL Sl 25(24):
- "Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos,
vossa verdade me oriente e me conduza!"
SEGUNDA LEITURA (1Cor 7,29-31):
- "Eu digo, irmãos: o tempo está
abreviado!"
EVANGELHO (Mc 16, 15-18):
- "Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho
a toda criatura!"
- "A GRAÇA DA CONVERSÃO"
Tive um amigo na minha juventude, que em sua busca
de Deus, gostava de ler em profundidade o evangelho e no intervalo
das aulas, trocávamos algumas idéias a respeito. Certo
dia ele choramingou que a sua fé era muito pequena porque
nunca iria conseguir fazer as coisas que estavam no evangelho, pegar
em serpentes, beber veneno, expulsar demônios e realizar curas
mediante a imposição das mãos. Dei-lhe uma
resposta consoladora, afirmando que eu também nunca fiz e
nem iria fazer os sinais miraculosos que Marcos descreve em seu
evangelho, e que acompanharão os que crerem e forem batizados.
Acredito que seria muita ingenuidade ler o texto
ao pé da letra, e se tal prática fosse comum entre
os cristãos, nas comunidades seria uma catástrofe,
com tantas mortes por envenenamento e picadas de cobras. Que ninguém
se sinta menos cristão ou pessoa fraca na fé, porque
nunca viu algum desses cinco sinais acontecerem em sua vida. O evangelista
Marcos está “refrescando a memória” de
suas comunidades, citando palavras e sinais anunciados pelos profetas,
e que acompanhariam a manifestação do reino de Deus,
com a chegada do Messias. Existem sinais que acontecem na vida de
um cristão, e que são incompreensíveis porque
a lógica humana nunca conseguirá explicar, uma vez
que a iniciativa é sempre de Deus.
Nesta linha de raciocínio vamos refletir
sobre a conversão de São Paulo Apóstolo, que
celebramos nesse domingo dia 25 de Janeiro, e que foi um dos mais
importantes acontecimentos da história da igreja, mostrando
que o verdadeiro processo de conversão se inicia em um encontro
pessoal e decisivo com a pessoa de Jesus Cristo, provocando um confronto
de valores e idéias, que se adotou como princípio
de vida, com os valores propostos pelo evangelho. Trata-se de uma
mudança gradativa e contínua, pois a vida de Paulo
não mudou ali naquele momento, no caminho de Damasco, mas
foi aos poucos, por causa dessa experiência naquele primeiro
momento, quando uma verdade ecoou dentro do seu coração
e da sua mente, a verdade do evangelho anunciado por Jesus Cristo,
algo que ele não conhecia por isso a alusão as escamas
que cobriam a sua visão, e que só caíram quando
recebeu o santo Batismo. Converter-se é ver a vida, a si
próprio e ao outro, com os olhos de Jesus.
A iniciativa desse encontro revolucionário
é sempre de Deus, pois somos convertidos pela graça
operante que vai trabalhando em nossa vida a cada dia, mostrando-nos
a vontade de Deus. Se a conversão fosse uma ação
meramente humana, a morte de Cristo não teria sentido e nem
razão. Por isso o apóstolo Paulo, quando fala da poderosa
graça de Deus, não defende apenas uma idéia
teórica, mas ele a experimentou a partir do momento em que
conheceu Jesus Cristo, já que sem o impulso da graça,
a sua vida não mudaria, uma vez que tinha suas raízes,
seus princípios de vida onde a sua aversão pelo cristianismo
e a perseguição aos cristãos, não era
uma casualidade, mas conseqüência de suas idéias
e convicções religiosas pois, para o Judaísmo
o Cristianismo era uma seita formada por fanáticos e que
representava um perigo as tradições da Lei de Moisés.
Além do mais, Paulo tinha uma formação acadêmica,
havendo em sua vida a possibilidade de uma promissora carreira de
Rabino, mas não era só isso, por sua cultura e o título
de cidadão romano, tinha muito prestígio e influência
entre os romanos., ou seja, estava muito bem com os dois Poderes,
o civil e o religioso e não tinha nenhum interesse ou vontade
de mudar de vida, a iniciativa portanto, foi unicamente de Deus
na graça, manifestada em Jesus.
E a descoberta dessa Verdade absoluta levou-o a
perceber que todas as demais verdades de sua vida, tornaram-se pequenas
e insignificantes, diante da grandeza da graça de Deus, por
isso, passou a considerar tudo um “lixo”. Se o Apóstolo
agisse apenas com a sua sabedoria, poderia até quem sabe
anunciar Jesus a seus compatriotas, convencendo pessoas importantes
do mundo grego e romano, com sua retórica e todo o seu conhecimento,
aproveitando o prestígio e influência. Mas o missionário
que se deixou cativar pela graça de Deus, não é
mais dono de sua vida, pois em Cristo torna-se Um. A força
para cumprir a missão não vem da bagagem humana que
ele acumula, mas simplesmente da graça.
Jesus Cristo não é apenas uma opção
de vida, ou uma filosofia entre muitas, que a humanidade conhece,
ele é o caminho, a verdade e a vida. A sua palavra, ao penetrar
nos corações, provoca mudanças estruturais,
vence o mal, cura as enfermidades do homem, decorrentes da descrença
onde quem crê, poderá conviver ao lado do mal, mas
terá o domínio sobre ele, e mesmo exposto ao veneno
de tantas ideologias que tentam sufocar o evangelho, não
se deixará contaminar por elas. É esse o Cristo que
a Igreja deve anunciar viver e celebrar. Que São Paulo interceda
por todos nós, amém!
José da Cruz é diácono
permanente
da Paróquia Nossa S. Consolata-Votorantim
e-mail: jotacruz3051@gmail.com
18.01.2009
2º Domingo do Tempo Comum - Ano B - Cor Verde
__ “Fala, Senhor, que teu servo escuta!”
__
(coloque o cursor sobre os textos
em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)
Comentário:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
Cada um de nós, pelo fato de nosso nascimento, somos chamados
por Deus. Por vezes, através de caminhos misteriosos dos
acontecimentos da vida, somos chamados ao plano divino de amor.
Não é tão simples, mas é preciso responder
como Samuel, colocar-se em atitude de escuta e obediência.
Aceitar, seguir e viver com Jesus Cristo é nossa sublime
vocação. Jubilosamente, entoemos o cânticos
ao Senhor!
SALMO RESPONSORIAL Sl 40(39):
- "Eu disse: eis que venho, ó Senhor,
com prazer faço a vossa vontade!"
SEGUNDA LEITURA (1Cor 6,13c-15ª17-20):
- "O corpo não é para a imoralidade,
mas para o Senhor, e o Senhor é para o corpo!"
EVANGELHO (Jo 1, 35-42):
- "Tu és Simão, filho de João;
tu serás chamado Cefas!"
- "MESTRE, ONDE MORAS?"
Quem é que não se lembra lá
dos anos 60, da alegria contagiante que tomava conta dos vilarejos
do nosso então Distrito Industrial, quando da chegada de
algum circo?
Recordo-me da Vila Albertina e dos “Bonecões”
do Circo ORDEP que passavam pela nossa rua, atraindo a atenção
de adultos e crianças. A gente ouvia o alegre alarido lá
no início da Rua Albertina Nascimento, próximo à
rua do comércio, e em questão de minutos a molecada
fazia a festa, acompanhando a pequena comitiva, vibrando com o desempenho
dos palhaços e acompanhando atentamente a evolução
do grupo de bonecos gigantes que era a marca registrada daquele
circo.
Acompanhávamos todo o percurso até
a saída para a Rua do Comércio pela Rua Antonio Festa.
Depois, cada um da minha turma corria atrás de ganhar uns
trocados para ir na matinê circense, pois a pequena comitiva
era apenas um “aperitivo” das atrações
que o Circo oferecia, eles não eram a principal atração
mas levava as pessoas a algo maior que era o espetáculo circense,
em um belo trabalho de marketing, feito com muito sucesso pois o
circo lotava nas tardes de domingo.
Na história da salvação Deus
usa da mesma pedagogia, Jesus Cristo não se encarnou entre
os homens logo após a degeneração da humanidade,
representada no pecado de Adão e Eva, mas teve um anúncio
anterior, todo um desenrolar de fatos, pessoas importantes ou gente
simples do povo, que fizeram parte do povo de Israel: Patriarcas,
Juízes, Reis e Profetas, tudo prenunciando algo grandioso
que viria, até João Batista, o precursor, que veio
à frente como a comitiva do circo ORDEP, anunciando com entusiasmo
e muita motivação, a chegada de um tempo novo que
é o reino de Deus inaugurado em Jesus.
Na hora e no momento certo, quando percebeu que
os dois discípulos estavam preparados para aprofundar a relação
com o Deus Salvador, presente em Jesus, João Batista aponta
para Jesus que passava e falou com firmeza “Eis o Cordeiro
de Deus...” . Em outras palavras e em uma linguagem de hoje
“Esse é o cara! É o Messias Salvador, é
o enviado de Deus, é aquele de quem vos falei, é a
ele que vocês devem seguir. João Batista é um
figurante, é um mestre transitório, é só
uma voz que clama no deserto, é um instrumento, a atração
maior e principal é Jesus, alvo do seu anúncio. Que
postura bonita de João ! Poderia quem sabe, tentar prender
os discípulos a si, para ter mais prestígio, poderia
omitir-se de dizer a eles quem era Jesus, poderia achar-se no direito
de dizer que eles ainda não estavam preparados para serem
discípulos...
Comunicar-se e ter um círculo grande de
ouvintes, leitores e seguidores, tornar-se ponto de referência,
conselheiro, e as vezes, o que é pior, pensar pelas pessoas
e até decidir por elas.
Essa é a tentação sempre perigosa
para um catequista ou um agente de pastoral, ou participante de
Movimento e associações religiosas. Achamos que as
pessoas nos pertencem e de algum modo as manipulamos, para que elas
nunca deixem de nos prestigiar permanecendo nossos eternos admiradores,
quando aparece alguém da mesma linha ou de uma qualidade
melhor, em vez de anos alegrarmos acabamos sentindo nele um concorrente.
Olhemos para João Batista...
Foi um ótimo catequista e agente de pastoral,
falou com tanta sabedoria e entusiasmo do novo reino, que despertou
nas pessoas o desejo de aprofundar sua relação com
Deus, buscando a experiência de Jesus Cristo “Mestre,
onde moras...”, e ao chamado de Jesus eles não pensam
duas vezes, passam a morar com ele em sua casa. Temos aqui uma linha
de catequese que é puro kerígma: Primeiro ver e ouvir
o anúncio de João, depois ver e ouvir o próprio
Jesus, passando-se então a uma outra fase que é a
do seguimento ou discipulado.
E como um bom discípulo nunca se afasta
do seu mestre, a experiência atinge o seu auge que é
o morar, isso é, permanecer com Cristo, permitir que ele
faça parte da nossa vida, como aceitou que nós fizéssemos
parte da sua, ao encarnar-se em nosso meio.
E por último vem o testemunho, que não
pode ser dado em um mero entusiasmo como fogo de palha, mas com
a firmeza de quem encontrou tudo o que queria nesta vida “Encontramos
o Messias!”., este seria o anúncio, o exercício
do mandato missionário, missão primária da
nossa Igreja, e após essa fase vem o seguimento, conduzir
o outro até Jesus, como André fez com Simão.
Na hierarquia da Igreja, Simão Pedro terá
uma responsabilidade maior e mais tarde irá orientar até
o próprio André, mas a sua maravilhosa experiência
de Cristo, que mudou totalmente a sua vida, começou com as
aulas de catequese do primeiro anúncio que André lhe
fez. A Igreja é por excelência a primeira anunciadora
do evangelho, missão confiada pelo próprio Cristo,
é impossível amar a Cristo sem amar a Igreja, que
se faz presente em cada um de nós.
Rendo minhas homenagens a Professora Ignez Paschoalina
de Freitas, uma das catequistas que tive na minha formação
cristã, e que era leitora assídua de nossas reflexões.
José da Cruz é diácono
permanente
da Paróquia Nossa S. Consolata-Votorantim
e-mail: jotacruz3051@gmail.com
QUE DEUS ABENÇOE
A TODOS NÓS!
Oh! meu Jesus, perdoai-nos,
livrai-nos do fogo do inferno,
levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente
as que mais precisarem!
Graças e louvores
se dê a todo momento:
ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento!
Mensagem:
"O Senhor é meu pastor, nada me faltará!"
"O bem mais precioso que temos é o dia de hoje!
Este é o dia que nos fez o Senhor Deus!
Regozijemo-nos e alegremo-nos nele!".
( Salmos )
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