GOTAS DE REFLEXÃO - EVANGELHO DOMINICAL
Colaboração
Especial do Diácono José da Cruz - Homilias Dominicais
Índice desta página:
. Evangelho de 22/02/2009 - 7º Domingo do Tempo
Comum
. Evangelho de 15/02/2009 - 6º Domingo do Tempo
Comum
. Evangelho de 08/02/2009 - 5º Domingo do Tempo
Comum
ATENÇÃO:
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BOA LEITURA! FIQUE COM DEUS!
22.02.2009
7º Domingo do Tempo Comum - Ano B - Cor Verde
__ “Eis que eu farei coisas novas...”
__
(coloque o cursor sobre os textos
em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)
Comentário:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
Presenciamos hoje o grande desejo de Deus, somos o povo criado por
Ele, que deseja nos ver cantando seus louvores. Desse modo, nossa
vida necessita de uma orientação divina, de atenção
e compreensão da Palavra para uma vida dedicada ao amor maior.
Por vezes esperamos uma cura física para que Deus demonstre
quem Ele é. No entanto, nos esquecemos que cura muito maior
e a que de fato necessitamos, está acima do desaparecimento
das dores físicas, é o perdão dos pecados,
e somente Ele pode nos oferecer. Jubilosamente, entoemos o cânticos
ao Senhor!
SALMO RESPONSORIAL SL 40(41):
- "Curai-me, Senhor, pois pequei contra vós!"
SEGUNDA LEITURA (2Cor 1,18-22):
- "O Filho de Deus, Jesus Cristo, nunca foi
sim-e-não, mas somente sim."
EVANGELHO (Marcos 2,1-12):
- "Filho, os teus pecados estão perdoados"
- "NOSSOS PARALÍTICOS..."
Certa ocasião, quando refletíamos
esse evangelho em grupo, alguém perguntou se na casa onde
Jesus estava pregando, havia elevador ou coisa parecida, se olharmos
o relato em si mesmo, vamos acabar fazendo outras perguntas como,
“Será que eles não podiam pedir licença
para passar no meio das pessoas e entrar na casa?” e mais
ainda... Seria normal que as pessoas que estavam aglomeradas á
entrada, quando vissem o esforço dos quatro homens, subindo
na parede com o paralítico deitado em uma cama, oferecessem
ajuda, buscando uma alternativa mais fácil...
O próprio Jesus, não poderia ter
dado um jeito de sair para atender o paralítico, sem precisar
tanto esforço de subir e ainda ter de abrir um buraco no
telhado? Fazer perguntas como essas, é muito importante para
a nossa reflexão, pois vamos e convenhamos, o modo que eles
encontraram para colocar o paralítico á frente de
Jesus, não foi o mais fácil, aliás, correu-se
até o risco de um grave acidente.
Hoje em dia a gente sabe que nossos templos existentes,
ou os que estão em construção, devem ter em
seu projeto, a construção de rampas, para facilitar
o acesso de nossos irmãos deficientes. Mas com certeza, não
é este o tema do evangelista, ele está querendo dizer
alguma coisa as suas comunidades e aos cristãos do nosso
tempo.
Dia desses, alguém bastante estressado dizia-me
que certas pessoas só atrapalham a vida da comunidade, porque
são muito radicais, geniosas, incomodam a rodos, e o tempo
todo só arranjam encrencas e mais encrencas, concluindo,
dão muito trabalho, são sempre do contra, enfim, chatas
e duras de engolir, e que sem elas, a comunidade é uma maravilha,
o conselho deveria tomar providência, ou quem sabe, o padre
impor a sua autoridade.
Pessoas com essas características não
caminham, e ainda dificultam a vida de quem quer caminhar: pronto,
já começamos a descobrir os paralíticos e paralíticas
de nossas comunidades, irmãos e irmãs que não
se emendam de seus defeitos, nunca mudam o seu jeito de ser, não
se convertem e precisam portanto, ser acolhidas e carregadas. Há
irmãos na comunidade que a gente tem prazer de encontrar,
é sempre uma alegria imensa, mas há também
esses, que nos perturbam, incomodam, e a gente não fica a
vontade, se estão conosco em uma reunião da pastoral
ou do movimento, a troca de “farpas” será inevitável...
Há no texto duas coisas que chamam a nossa
atenção, primeiro o esforço desse quarteto,
subir pela parede, desfazer o telhado e descer a cama com cordas.
Jesus elogia-lhes a fé, parece até que fez o milagre
como retribuição a tanto esforço. Eles tinham
fé em Jesus Cristo, sabiam que se o levassem diante dele,
seria curado, mas por outro lado, embora o texto não cite
isso, a gente percebe que o amavam muito, tiveram com ele muita
paciência, sei lá quantos quilômetros tiveram
que andar, carregando aquela cama que deveria ser pesada, e ainda,
ao deparar com a multidão aglomerada á frente da casa,
poderiam ter desistido, já tinham feito a sua parte. Mas
a força do amor e da fé, fez com que não desistissem,
e se preciso fosse, seriam capazes de derrubar a casa.
Os quatro são uma referência para
as nossas comunidades, onde muitas vezes falta-nos o amor e a fé,
para carregar nossos paralíticos e superar os obstáculos,
passando por cima dos preconceitos. Nas comunidades há pessoas
amorosas, pacienciosas, que aceitam conviver com todos, amando-os
como eles são, sem exigências, preconceitos ou radicalismo,
mas há também a turma de “nariz empinado”,
como aqueles doutores da lei, que não crê em um Deus
que é misericórdia, e que perdoa pecados, seguem normas
e preceitos, até trabalham na comunidade, mas são
extremamente exigentes com os “paralíticos”,
acham-se perfeitos e não aceitam a convivência com
os imperfeitos.
Jesus elimina o problema pela raiz, “Filho,
teus pecados te são perdoados...”, a cura física
vem em segundo plano, e se a enfermidade impede que o paralítico
se aproxime de Jesus, a comunidade os carrega, possibilitando que
ele também faça a experiência do Deus que perdoa,
ora, se houver na comunidade intolerância, preconceitos, e
ranços ocultos, como é que essas pessoas poderão
experimentar o amor, o perdão e a misericórdia? Os
intolerantes têm sempre um olhar extremamente crítico
e severo, para com os paralíticos, e não aceitam que
outras pessoas tenham por eles amor e ternura, manifestada na paciência
e tolerância.
Por isso Jesus ordena – levanta-te, toma
o teu leito e vai para casa. Deus nunca faz as coisas pela metade,
na obra da salvação, Jesus não fez simplesmente
uma reforma no ser humano, mas o transforma em uma nova criatura,
na graça santificante do Batismo, fazendo com que deixe de
se relacionar com Deus na religião normativa, porque crê
no Deus que é todo amor e misericórdia, que perdoa
pecados e os liberta com a sua santa palavra, em Jesus de Nazaré.
José da Cruz é diácono
permanente
da Paróquia Nossa S. Consolata-Votorantim
e-mail: jotacruz3051@gmail.com
Reflexão em vídeo http://diajcruz.zip.net/
15.02.2009
6º Domingo do Tempo Comum - Ano B - Cor Verde
__ “Se queres tens o poder de curar-me.”
__
(coloque o cursor sobre os textos
em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)
Comentário:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
A impureza da lepra, no passado, excluiu e humilhou muito as pessoas.
Os doentes se alegraram, pois a cura da doença os restabelecia
à convivência na sociedade. Hoje somos chamados a uma
purificação espiritual, abandonando o pecado. Se desejarmos,
a misericórdia divina vem hoje sobre nós, perdoando
e nos oferecendo a condição de uma vida nova. A cura
que nos é oferecida hoje é muito mais profunda, não
é apenas para um momento, mas tem sabor de eternidade. Jubilosamente,
entoemos o cânticos ao Senhor!
SALMO RESPONSORIAL Sl 32(31):
- "Sois, Senhor, para mim, alegria e refúgio!"
SEGUNDA LEITURA (1Cor 10, 31-11,1):
- "Sede meus imitadores, como também
eu o sou de Cristo."
EVANGELHO (Mc 1,40-45):
- "Se queres tens o poder de curar-me."
- "SENTIU COMPAIXÃO..."
A nossa compreensão da palavra “compaixão”,
nunca será completa, pois, na Sagrada Escritura, “sentir
compaixão” é uma virtude própria de Deus
e na maioria das vezes, esse sentimento pelo próximo, que
o nosso coração define como “compaixão”
não passa na verdade de um, gesto de piedade, que também
é um atributo Divino, porem em seu sentido mais amplo, que
o coração humano nunca será capaz de alcançar.
O evangelho desse Domingo, nos ajuda a aprofundar o sentido dessa
ação de Jesus, presente em momentos significativos,
quando ele se defronta com a miséria humana, motivando-nos
a rever se a estamos aplicando na relação com o próximo,
em seu sentido autenticamente cristão.
Pelo conteúdo normativo de Levíticos,
primeira leitura, Jesus tinha mil e uma razões para nem sequer
se aproximar de um leproso, que pertencia a classe dos “irrecuperáveis”
daquele tempo, na ótica religiosa. A lepra era incurável
e vista como conseqüência do pecado e assim, o leproso
era considerado um maldito, que além da dor física,
sofria também a dor moral da exclusão, sendo esta
bem mais dolorosa porque o colocava à margem da salvação,
banindo-o do convívio social e da comunidade, além
de saber que a sua condenação no pós morte,
era tida como certa e definitiva.
Em uma sociedade marcada pelo ateísmo moderno,
onde a fé é subjetiva e Deus é perfeitamente
dispensável, esse quadro não é tão tenebroso,
mas no contexto histórico e religioso daquele tempo, esse
desprezo tinha um peso muito maior, o leproso era tido como um lixo,
escória da sociedade, confinado em acampamentos fora da cidade,
tendo que mostrar a sua desgraça e miséria, mantendo
uma aparência monstruosa, e quem se aproximasse dele e o tocasse,
estaria violando os preceitos da lei, tornando-se também
um impuro e tendo de isolar-se, até que pudesse oferecer
um sacrifício de expiação, como prescrevia
a lei de Moisés, para só então ser reconhecido
como “purificado”
Podemos então compreender a compaixão
Divina, como uma ação coordenada não por normas
legalistas, mas por uma lei nova, ensinada por Jesus: a Lei do amor,
que não revoga a Lei antiga, mas lhe dá plenitude
resgatando o seu sentido verdadeiro, que é a defesa e a preservação
da vida humana. O evangelista Marcos faz questão de mostrar,
da parte de Jesus essa “quebra de protocolo”, quando
permite que o leproso se aproxime, é verdade que este o faz
movido pelo desespero, infligindo também as normas do Levítico,
e aqui percebe-se que o leproso é um homem diferente, uma
vez que crê muito mais na misericórdia de Jesus, do
que no cumprimento da Lei, determinada por uma instituição
que não tem o poder da cura, mas apenas declara que ele está
“impuro”, ao contrário de Jesus, que permite
a aproximação, derrubando assim o preconceito.
Muito mais do que um simples encontro de Jesus
com um leproso, este versículo sintetiza de forma brilhante
o amor e a ternura de Deus pelo ser humano, permitindo uma reaproximação,
após a queda do pecado, é o Deus que se deixa tocar,
que se encarna e assume a natureza humana, com toda sua miserabilidade,
o leproso se prostra diante dele, por uma razão muito simples:
primeiro porque reconhece a sua insignificância,e em segundo
porque não vê outra saída para sua dor, senão
a de recorrer aquele que é diferente da instituição
religiosa que o havia condenado, no fundo crê que Jesus de
Nazaré é o seu Salvador e libertador, no sentido de
ter o poder de resgatar a sua dignidade perdida, aquele leproso
considerado um maldito, é na verdade alguém que consegue
vislumbrar o verdadeiro messianismo de Jesus, em contradição
com o Poder religioso, que o rejeita, mostrando uma fé madura,
pois não pede simplesmente a cura física, mas a “purificação”.
Diante de uma fé assim, tão fiel
e humilde, note-se que o leproso não impõe e nada
exige e nem coloca a sua vontade como fator determinante, mas abandona-se
à vontade de Deus: “Senhor, se queres...”. Que
comovedora profissão de fé, para o homem arrogante
e presunçoso de nossos tempos! Homem que a exemplo dos nossos
primeiros pais, ousa ocupar o lugar que é de Deus, marginalizando
e excluindo certas categorias sociais consideradas malditas, abandonadas
em presídios de sistemas carcerários, que em quase
nada contribuem para a recuperação de quem errou,
de idosos, jovens, adolescentes e crianças, amontoados em
asilos e instituições de caridade, gente que não
tem mais esperança de nada, e que há muito tempo nem
é mais contada na “aldeia global”, que só
considera quem produz e consome.
Podemos encontrar com esse leproso no seio de nossas
famílias e comunidades, onde isolamos certas pessoas em “acampamentos”,
consideradas pervertidas, geniosas, temperamentais, desequilibradas,
poderíamos incluir os aidéticos, efeminados, casais
em segunda união, dependentes químicos, prostitutas,
mães solteiras, pessoas que, como naquele tempo, sempre temos
uma certa reserva, mantendo a necessária distância
por medo de sermos “contaminados”, e a sua presença
em nosso meio, causa asco e mal estar.
Como cristãos, temos que ter essa consciência
do grave pecado da exclusão, e o evangelho nos mostra por
onde devemos começar, é bem verdade que Jesus afrontou
as instituições do seu tempo, mas em primeiro lugar,
em sua relação com as pessoas, usou sempre da lei
do amor, deixando de lado normas de conduta e formalismos religiosos,
ao tocar no leproso. Poderíamos começar no nosso dia
a dia, acolhendo com gestos cordiais, amizade e carinho, os “leprosos”
que muitas vezes excluímos, por conta de preconceitos e até
intolerância.
José da Cruz é diácono
permanente
da Paróquia Nossa S. Consolata-Votorantim
e-mail: jotacruz3051@gmail.com
Reflexão em vídeo http://diajcruz.zip.net/
08.02.2009
5º Domingo do Tempo Comum - Ano B - Cor Verde
__ “Senhor, que queres que eu faça?”
__
(coloque o cursor sobre os textos
em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)
Comentário:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
O Livro de Jó retrata o drama do sofrimento humano. O sofrimento
somente terá sentido unido a Jesus Cristo, isto é,
ele tem que ser oferecido e unido ao sofrimento do Senhor, somente
assim ele terá caráter de redenção.
A pregação do Evangelho é acompanhada das curas,
da purificação, da expulsão do maligno. Isto
se dá pois, onde chega a Palavra, o mal já não
tem espaço. Oferecer o dízimo, significa que as dádivas
do Senhor voltam a Ele através de nossas mãos agradecidas.
Jubilosamente, entoemos o cânticos ao Senhor!
SALMO RESPONSORIAL Sl 147(146):
- "Louvai a Deus, porque ele é bom e
conforta os corações!"
SEGUNDA LEITURA (1 Cor 9, 16-19.22-23):
- "Ai de mim se eu não pregar o evangelho!"
EVANGELHO (Mc 1,29-39):
- "Vamos a outros lugares, às aldeias
da redondeza! Devo pregar também ali, pois foi para isso
que eu vim!"
- "A PERIGOSA FÉ DA MAGIA..."
Gosto muito de ouvir histórias de pessoas
que montaram um pequeno negócio, e após muito esforço
foram bem sucedidas, tornando-se gestores de grandes empresas, agindo
sempre com ética e honestidade.
O bom empreendedor é sempre ousado e pensa
“grande”, tendo uma visão audaciosa do futuro,
atitude muitas vezes até criticada e questionada pelos acomodados
que pensam “pequeno”. porque têm medo de arriscar.
Se o empreendorismo é fator dos mais importantes no desenvolvimento
de uma nação, de uma empresa ou de qualquer negócio,
no reino de Deus não poderia ser diferente, porém,
é preciso ter os pés no chão, trabalhando a
cada dia com vistas à grandiosidade que se vislumbra, pois
o homem de fé, mais do que ser otimista, já vai construindo
no hoje da história, o reino de Deus alicerçado pelo
próprio Cristo.
No evangelho desse quinto domingo do tempo comum,
podemos perceber nitidamente essa diferença no modo de pensar
e agir, entre Jesus e os seus discípulos. Enquanto o mestre
pensa em algo grandioso, querendo expandir o projeto recém
iniciado, os discípulos estão seguros de que já
alcançaram o sucesso e demonstram grande interesse em montar
ali, na casa de Simão, uma “Tenda dos Milagres”,
pois o carisma de Jesus já tinha atraído uma grande
e imensa clientela, ao curar os enfermos e expulsar os demônios,
por isso aonde ele ia, a multidão maravilhada com os sinais
prodigiosos, o seguia.
Há nesta fé da magia, a perspectiva
de um negócio altamente lucrativo em todos os sentidos, pois
Jesus tem o perfil do Messias esperado, poderia ser ele o salvador
da pátria, capaz de dar a grande virada na história
de Israel, e um populismo assim, era tudo que eles queriam para
concretizar a libertação com que sonhavam.
Não conseguiam vislumbrar em Jesus algo
além dos seus ideais humanos, que também eram importantes
e tinham o seu valor, mas Jesus não veio para ser o Rei dos
Milagreiros, nem para ser um libertador político, pensar
assim é pensar “pequeno”, ter uma fé com
essa expectativa de um Cristo prodigioso, que interfere com seu
poder na vida das pessoas, quando essas fazem por merecer, realizando
milagres e curas inexplicáveis, é menosprezar toda
a obra da Salvação, é fazer da Igreja uma simples
tenda dos milagres, é abusar de certos carismas recebidos,
explorando assim a boa fé das pessoas, e Cristianismo não
é isso.
Curas de enfermidades o Cristo as realizou ontem,
e realiza também hoje, mas estas são simples sinais
de algo maior, de um empreendimento mais arrojado, com o qual todos
têm de se comprometer, acreditar, deixar de ser um torcedor
para entrar em campo e “suar a camisa” por aquilo em
que se acredita. E como é que podemos, com nossas limitações
e fraquezas, sermos parceiros de Deus nesse projeto tão arrojado,
que plenifica e ao mesmo tempo transcende, qualquer empreendimento
humano?
O evangelho responde em seu início, logo
que Jesus sai da sinagoga e vai á casa de Simão, onde
os discípulos correm para lhe falar que a sogra de Pedro
estava acamada e com muita febre. Era uma pessoa debilitada, entregue
ao desânimo, que muitas vezes chega à vida de alguém,
que doença seria essa? O comodismo e o desânimo, o
egocentrismo, a indiferença na relação com
as pessoas, nas comunidades cristãs há pessoas assim,
que precisam de ajuda, para cair na realidade. Jesus não
diz uma só palavra, mas apenas estende a mão e a ajuda
a levantar-se do seu leito. Como é bom quando sentimos que
o outro nos estende a mão, em um grandioso gesto de ajuda...
Como é bom agarrar com firmeza a mão
amiga, que nos permite levantar e dar a volta por cima, diante de
tantas situações difíceis da nossa vida.
Amor que se traduz em gestos de solidariedade,
um toque de mão que transmite segurança, afeto, ânimo
e esperança, sem muito ritual pomposo, sem êxtases
arrebatadores. Como resultado desse gesto de ajuda, a mulher se
levanta a febre a deixa e agora se põe a servir a comunidade.
É na oração íntima com Deus Pai, que
Jesus de Nazaré fortalece a sua missão, cumprindo
a vontade daquele que o enviou, pois sem a oração,
a nossa igreja seria apenas um Posto de atendimento de serviço
religioso ou balcão de Sacramentos.
É na oração que acontece este
colóquio com o Pai, aonde vai se descortinando para nós
a plenitude do Reino, que humildemente vamos construindo com gestos
simples como o de Jesus, capaz de erguer as pessoas que estão
ao nosso lado.
Os discípulos, encantados com o carisma
e o Poder do mestre, querem urgentemente abrir um “pequeno
negócio”, um salãozinho de fundo de quintal,
onde eles teriam naturalmente o monopólio sobre Jesus e seus
milagres, mas o Mestre pensa grande, ele não veio para que
as pessoas o buscassem, mas para ir ao encontro delas, curando de
suas enfermidades e as libertando dos males físicos e espirituais,
como um sinal da libertação plena.
É esse o Cristo que devemos anunciar como
Igreja missionária, pois qualquer outra imagem diferente
da que nos apresenta o evangelho, seria apenas uma caricatura grotesca,
uma cópia falsificada de um mero “Salvador da pátria”,
desses que vez ou outra, o povo gosta de aclamar como Rei...
José da Cruz é diácono
permanente
da Paróquia Nossa S. Consolata-Votorantim
e-mail: jotacruz3051@gmail.com
QUE DEUS ABENÇOE
A TODOS NÓS!
Oh! meu Jesus, perdoai-nos,
livrai-nos do fogo do inferno,
levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente
as que mais precisarem!
Graças e louvores
se dê a todo momento:
ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento!
Mensagem:
"O Senhor é meu pastor, nada me faltará!"
"O bem mais precioso que temos é o dia de hoje!
Este é o dia que nos fez o Senhor Deus!
Regozijemo-nos e alegremo-nos nele!".
( Salmos )
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