GOTAS DE REFLEXÃO - EVANGELHO DOMINICAL
Colaboração
Especial do Diácono José da Cruz - Homilias Dominicais
Índice desta página:
. Evangelho de 28/06/2009 - 13º Domingo do Tempo
Comum - Solenidade de São Pedro e São Paulo
. Evangelho de 21/06/2009 - 12º Domingo do Tempo
Comum
. Evangelho de 14/06/2009 - 11º Domingo do Tempo
Comum
ATENÇÃO:
Acostume-se
a ler a Bíblia! Pegue-a agora para ver os trechos citados.
Se você não sabe interpretar os livros, capítulos
e versículos, acesse a página
"A BÍBLIA COMENTADA" no menu ao lado.
Aqui nesta página,
você pode ver as Leituras da Liturgia dos Domingos,
colocando o cursor sobre os textos em azul.
A Liturgia Diária está na página EVANGELHO
DO DIA no menu ao lado.
BOA LEITURA! FIQUE COM DEUS!
28.06.2009
13º Domingo do Tempo Comum - Solenidade de São Pedro e São Paulo
- Ano B - Vermelho
__ “ Eles eram um só coração
e uma só alma” __
Comentário:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
Hoje a Igreja celebra a solenidade de S. Pedro e S. Paulo e, por
isso mesmo, celebra o dia do Papa. Na segunda leitura, Paulo nos
dá seu “testamento”: “combati o bom combate,
completei a corrida, guardei a fé”. Incansável.
Mesmo na prisão, não cessa de proclamar Jesus ressuscitado.
Em torno dele a Igreja caminha. Quando preso, toda a Igreja reza
pela sua libertação. Ele deveria confirmar os irmãos
na fé, pelo testemunho e pela palavra. Paulo é quem
abre a porta da fé aos pagãos. Na capital do império,
Roma, os dois se encontram e lá o sangue deles, derramado
por Cristo, se torna semente de novos cristãos. Amaram como
Jesus amou. Rezemos por Bento XVI, sinal visível da unidade
dos que creêm em Cristo. Ele é a pedra fundamental
da Igreja. Onde ele está, está a Igreja. Que ele,
colocando sua vida a serviço de todos, nos conduza à
casa do Pai.
(coloque o cursor sobre os textos
em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)
SALMO RESPONSORIAL Sl 34(33):
- "De todos os temores me livrou o Senhor Deus!"
SEGUNDA LEITURA (2Tm 4, 6-8.17-18):
- "São Paulo está no final de
sua vida, mas está tranqüilo. Combateu o bom combate.
Está seguro que lhe está reservada a coroa da vida."
EVANGELHO (Mt 16,13-19):
- "Pedro, inspirado por Deus, proclama que Jesus
é o Messias. É então escolhido para ser a pedra
sobre a qual a Igreja de Cristo será edificada."
- "A FESTA DE SÃO
PEDRO E SÃO PAULO"
A Festa de São Pedro e São
Paulo, que celebramos nesse domingo, nos faz pensar na origem de
nossas comunidades.
Como tudo começou? Quando
foi a primeira celebração, quem fez? Como é
que a comunidade cresceu e se desenvolveu para chegar aos dias de
hoje? Uma coisa é muito certa, o fundador ou fundadores,
deve ter feito uma experiência muito profunda com Jesus Cristo,
pois sem isso, a comunidade não teria um alicerce, alguém
em quem apoiar-se para poder crescer e cumprir a sua missão.
Comecemos a falar primeiro de Paulo,
cuja teologia, isso é, o modo como ele começou a pensar
as coisas de Deus, depois do encontro com Jesus no caminho para
Damasco, foi tão marcante na vida das comunidades, que esse
apóstolo é mencionado como o segundo fundador da nossa
Igreja. De fato, seria difícil pensarmos em uma igreja universal,
presente no mundo inteiro, em outras culturas e nações,
sem nos lembrar de Paulo, aquele que pregou aos gentios que eram
pessoas de outra cultura. Paulo não ficou só na mística,
se assim o fizesse, teria fundado uma outra religião e arrastaria
milhares de adeptos, porém, sistematizou alguns pontos doutrinários
importantes, organizou as comunidades que havia iniciado, e o mais
bonito, mesmo pensando um pouco diferente do Chefe dos Apóstolos,
manteve-se firme em comunhão com ele e os irmãos da
Igreja de Jerusalém, com quem aliás, sempre foi solidário
, ao organizar coletas que levava para a Igreja mãe.
São Paulo é o modelo
fiel do cristão autêntico, que faz a experiência
com Jesus, se encanta com o seu ensinamento, desfaz o seu projeto
de vida por causa dele e torna-se um fiel seguidor do evangelho,
dando por ele a própria vida como aconteceu em seu martírio.
São Paulo sempre acreditou
nas comunidades, mesmo quando havia indícios de desunião,
problemas internos, contendas e divisões, acreditava nas
pessoas e mantinha com elas uma boa relação, mesmo
que se tratasse de Pedro, que tinha uma linha mais tradicionalista,
causa de algumas divergências bastante sérias entre
ambos mas Paulo nunca deixou de amá-lo por causa disso. Ele
mesmo manifestava essa sua flexibilidade, quando afirmava que se
fazia um com todos e não tinha dificuldade de conviver com
as pessoas. Outra coisa importante na pessoa de Paulo, é
que ele promoveu uma ação evangelizadora em ambiente
hostil á Cristo e ao seu evangelho, era corajoso e nunca
teve medo de anunciar a Verdade.
Isso nos leva a pensar que muitas
vezes somos negligentes, quando ficamos esperando que as pessoas
venham procurar nossa pastoral ou movimento, parece que a gente
não se sente seguro para falar do evangelho no meio do mundo,
lá onde as pessoas precisam escutar esse anúncio,
porque achamos que não vão gostar e que algumas vão
ser contra. Se São Paulo pensasse assim, milhares de pessoas,
ontem e hoje, não teriam conhecido a Jesus.
São Pedro é chamado
o príncipe dos apóstolos, isso é, aquele que
iniciou o apostolado, e vemos no evangelho de hoje, porque o próprio
Cristo o constituiu chefe da sua igreja. Ele conseguiu enxergar
em Jesus algo muito mais do que se falava, o povo via nele um Messias
Profeta, comparável a João Batista ou a Elias, outro
grande profeta na História de Israel, mas esse pensamento
era fruto de uma ideologia, e a era messiânica que todos aguardavam
com ansiedade, representava uma nova política, uma inversão
do quadro, o Messias era um libertador Político, enviado
por Deus sim, porém, com uma missão terrena.
O apóstolo Pedro, que fala
em nome do grupo, consegue fazer essa transição, do
Messias Histórico e Ideológico, para o Messias Espiritual,
ele não era enviado por Deus mas sim o próprio Deus.
O que Jesus falava e fazia, todos viam, e a partir disso embalavam
o sonho e a esperança de dias melhores para o povo de Israel,
mas sempre em uma perspectiva terrena.
A confissão de Pedro manifesta
pela primeira vez no meio do grupo, a Fé em uma Salvação
que supera toda e qualquer realização humana, onde
o homem atinge a plenitude do seu ser, divinizando aquilo que é
humano. Cesaréia de Filipe é terra de pagãos,
cercado por rochas sobre as quais há edificações
habitadas pela elite do império romano. A igreja de Cristo
está no meio do mundo, porém edificada sobre a fé
professada por toda comunidade, que tem como base a fé professada
por Pedro, naquele dia.
Como Pedro e Paulo, que sejamos
nessa igreja um apoio seguro para os que ainda não crêem,
porque não conhecem a Cristo e acima de tudo, nunca nos esqueçamos
que Jesus Cristo edificou o reino sobre pessoas como Pedro e Paulo,
instrumentos aparentemente fracos, mas que pela ação
da graça operante e santificante do Batismo que receberam,
tornaram-se perenes, transpondo fronteiras e todas as barreiras
que separa os homens, para anunciar Jesus Cristo, o Filho de Deus,
aquele que plenificou o nosso existir. (São Pedro e São
Paulo MATEUS 16, 13-19)
José da Cruz é
diácono permanente
da Paróquia Nossa S. Consolata-Votorantim
e-mail:jotacruz3051@gmail.com
21.06.2009
12º Domingo do Tempo Comum - Ano B - Verde
__ “Quem é este, a quem até o vento
e o mar obedecem?” __
Comentário:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
As leituras deste 12º domingo do tempo comum nos falam e provam
que Deus é o Senhor de todas as criaturas. Colocando limites
ao mar (primeira leitura), acalmando tempestades (evangelho) contra
as quais os homens não são capazes de fazer nada,
Deus prova que nada escapa ao seu domínio. E esse Senhor
do universo quis ser nosso Pai. Sabemos que neste mundo há
muitas forças que produzem o mal e são contrárias
aos projeto de Deus. A caminhada do Reino é sofrida, cheia
de conflitos, arriscada. Às vezes as dificuldades são
tantas que parece que as forças contrárias vão
levar a melhor. O desemprego, a violência, a falta de moradia,
a corrupção, a impunidade, formam um mar difícil
de ser domado. Mas Jesus domou-o e nós, pela fé, com
ele podemos domá-lo também. Não tenhamos medo,
pois conosco, no nosso barco, está o nosso Deus.
(coloque o cursor sobre os textos
em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)
SALMO RESPONSORIAL Sl 107(106):
- "Dai graças ao Senhor, porque ele
é bom, porque eterna é a sua misericórdia!"
SEGUNDA LEITURA (2Cor 5,14-17):
- "Por amor Jesus, Filho de Deus todo-poderoso,
morreu para que todos tivéssemos uma vida nova."
EVANGELHO (Mc 4,35-41):
- "Jesus provou que é o Senhor de tudo
e de todos. Acalmou a tempestade e criticou a falta de fé
de seus apóstolos. Ele é mais forte que todas as tragédias
humanas."
- "SEM MEDO NAS TEMPESTADES"
“Eu acredito em Deus e quando
preciso recorro a Ele, mas não sou muito de ir à igreja”.
Há muita gente que pensa
exatamente assim e recorre à fé somente quando precisa,
vivendo a chamada ‘fé da religiosidade’, que
também é a fé do descompromisso. Claro que
um cristão, seguidor de Cristo, não pode acostumar-se
nesse tipo de fé, mas deve caminhar e crescer, descobrindo
o novo horizonte que a visão da fé nos oferece e que
surge de um ‘crer’ enraizado na vida e na história,
onde Deus é muito mais do que um serviço de atendimento
24 horas.
Esse crescimento é necessário;
caso contrário, nos momentos de dor, sofrimento e crise em
nossa caminhada por este mundo, teremos a mesma amarga impressão
dos discípulos, de que Deus está ausente, completamente
indiferente ao nosso sofrer e ao nosso destino. Um Deus que dorme
e que não está nem aí com o que nos acontece.
Na primeira leitura da liturgia
desse domingo, temos o livro de Jó, que nos ajuda a refletir
sofre o sentido do sofrimento humano. Ele havia acabado de pedir
uma audiência com Deus, porque tinha muitas perguntas a Lhe
fazer. Não somos muito diferentes de Jó e diante de
certas situações, questionamos a deus: “Por
que, Senhor?”. Nessa leitura o texto nos fala que do meio
da tempestade Deus respondeu a Jó, nenhum caos ou desordem
em nossa vida ou na natureza está acima de Deus, Ele é
o Senhor do céu, da terra e do mar. Devemos, portanto, prestar
atenção nessa conversa onde Deus, com muito jeitinho,
coloca Jó em seu devido lugar, afirmando assim que o limitado,
o imperfeito, não pode confrontar-se com o perfeito. E assim,
do meio de nossas crises, Deus nos fala para nos lembrar que a nossa
efêmera existência é marcada por limites, dos
quais provém o sofrimento.
No Evangelho desse domingo, Marcos
conduz sua narrativa para uma grande constatação:
Jesus de Nazaré é Deus porque domina as forças
da natureza, fazendo o vento se calar e o mar se abrandar. O questionamento
final não coloca dúvida, mas ao contrário,
é sinal de admiração e manifestação
de fé dos discípulos. Podemos desta maneira, nos ver
nessa barca da Igreja, que navega sempre em águas revoltas
e tempestades, representadas pelos problemas de ordem interna que
se abateram sobre a igreja do primeiro século e sobre as
comunidades de hoje: divisões, intrigas, incompreensões
e disputas de cargos, e também pela oposição
de um mundo que ainda não fala e não compreende a
linguagem do Evangelho, porque longe de vê-lo como a Salvação,
o enxerga como uma ameaça á felicidade do homem. A
barca dos discípulos no cenário de Marcos navegava
na direção de uma região pagã, uma realidade
não diferente da que vivemos...
Evidentemente, não se trata
de um relato fiel dos acontecimentos, mas uma reflexão que
quer dar uma resposta aos anseios da comunidade que enfrentava grandes
desilusões pelas dificuldades encontradas. Jesus, encostado
confortavelmente em um travesseiro, dorme tranqüilo em meio
a uma tempestade, enquanto seus discípulos correm risco de
morte, já que o frágil barquinho poderá a qualquer
momento ser tragado pelas águas revoltas do mar. E esse ‘dormir’
está relacionado com a ressurreição e mostra
que Jesus está presente e caminha com os discípulos,
porém, de uma maneira diferente daquela que eles estavam
acostumados a verem.
Também hoje, diante dos grandes
desafios que a Igreja enfrenta para cumprir sua missão em
meio a este mundo, temos a impressão de que Jesus não
se incomoda muito com os problemas que temos de enfrentar na comunidade.
Mas quando temos uma fé madura, somos capazes de perceber
que Ele está agindo e que nunca abandonou a comunidade. O
sentimento de medo, insegurança em nossos trabalhos junto
à comunidade sempre existirá, afinal somos humanos
e não temos uma visão nítida e clara daquilo
que estamos fazendo, porém, basta-nos saber que cristo caminha
conosco, Ele que é o Senhor dos senhores, que transforma
a tempestade em bonança e que faz as ondas do oceano se calarem,
conforme o salmo 106. (12º. Domingo do Tempo Comum)
José da Cruz é
diácono permanente
da Paróquia Nossa S. Consolata-Votorantim
e-mail:jotacruz3051@gmail.com
14.06.2009
11º Domingo do Tempo Comum - Ano B - Branco
__ “A semente cresce sem intervenção
humana.” __
Comentário:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
Neste 11º domingo do tempo comum a Liturgia da Palavra chama
nossa atenção para o Reino de Deus. Foi o próprio
Deus que o plantou no meio dos homens e o seu crescimento depende
também da ação dos homens. Ele foi plantado
para acolher em suas sombras todas as aves do céu, isto é,
todos. Um Reino que começa neste mundo e que vai continuar
na eternidade. Reino que significa: mundo novo, onde não
haja nem explorador, nem explorado. Deus pede nossa ajuda, mas se
nada quisermos fazer, Ele o fará crescer com a ajuda de outros.
Esse Reino começa pequenino como a semente de mostarda, mas
aos poucos vai crescendo e cobrindo toda a terra.
(coloque o cursor sobre os textos
em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)
SALMO RESPONSORIAL Sl 92(91):
- "Como é bom agradecermos ao Senhor,
nosso Deus."
SEGUNDA LEITURA (2Cor 5,6-10):
- "São Paulo nos ensina que caminhamos
nesta terra, mas com os olhos fixos na eternidade. Seremos julgados
de acordo com o modo que tivermos vivido nossa vida corporal."
EVANGELHO (Mc 4,26-34):
- "O Reino de Deus é um mistério.
Jesus nos diz que ele começa bem pequenino, mas vai crescer,
dando oportunidade a todos. Deus é o agente principal, mas
quis precisar de nossa colaboração."
- "O REINO É
OBRA DE DEUS!"
Nos meus tempos de criança
na Vila Albertina, lembro-me que quando a antiga casa da família
Develis foi demolida, para dar lugar a uma construção
mais ampla e arrojada, costumávamos conversar com um servente
de pedreiro que trabalhava na obra, e a pergunta era sempre a mesma
“O que vão construir nesse lugar?”. Ele respondia
que era uma casa bem maior do que a que fora demolida, e quando
perguntávamos quando ela ficaria pronta, se seria bonita
e luxuosa, como a gente pensava, o servente desconversava “olha,
sei que é uma casa, mas sou apenas um servente, só
o mestre de obras que conhece o projeto, saberia dizer. A gente
apenas obedece e vai executando o serviço do jeito que ele
pede, e só no final, quando tudo estiver pronto e acabado,
é que teremos idéia, daquilo que ajudamos a construir”.
O evangelho desse Décimo
Primeiro Domingo do Tempo Comum ajuda a desfazer esse equívoco
presente até nos dias de hoje, que é o da gente querer
ser Mestre de Obras no Reino de Deus. Na minha caminhada de igreja
já vi um pouco de tudo, conheci pessoas que se apresentavam
como Engenheiros do Reino de Deus, com planos mirabolantes de ideologias
humanas, belíssimas por sinal, mas achando que isso era o
reino , grupos que desenvolveram uma espiritualidade muito forte
e rigorosa, pensando que isso era o reino. E não faltam também
os que inventam Doutrinas religiosas afirmando que se as mesmas
não forem seguidas, o reino não acontecerá,
e vem uma linha mais tradicional de ser igreja, outro mais clássico
e institucional, outro mais liberal e até ensinamentos totalmente
contrários ao cristianismo, onde o pregador “jura de
pé junto” que está anunciando a Verdade, porque
fala em nome de Jesus.
Vi questionamentos até cômicos:
será que Deus é Socialista, Marxista, ou tende mais
para o Neoliberalismo? Provavelmente não faltou quem pensasse
em filiar Jesus Cristo ao seu partido político, aliás,
pregação política em nome dele é o que
não falta. Confesso que nos anos 80 eu passei por um drama
de consciência muito grande ,quando diziam que a gente não
podia ficar em cima do muro, tinha que se definir ou pela direita
ou pela esquerda. Surgiram novas igrejas e religiões que
parecem mesmo ter procuração do Senhor, para falar
do reino e do seu evangelho. Essa é uma realidade que não
se pode ignorar, Jesus mesmo falou “muitos virão em
meu nome dizendo: o Messias está aqui, o Reino está
aqui, O Senhor já está voltando!” Nunca vi tanta
bobagem junta! As igrejas cristãs anunciam o reino e são
um sinal dele, entretanto o Dono do Projeto é Jesus Cristo,
que vai fazendo o reino acontecer, independente de qualquer ideologia
humana, política, social ou religiosa.
É a primeira parábola
do evangelho, onde tanto faz o homem dormir ou ficar acordado, a
semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como
isso acontece. Podemos dizer que Jesus, não só é
o semeador, como também a própria semente. O seu projeto,
que se consolidou na cruz do calvário, parece ter sido um
grande fracasso, até para os seus seguidores fiéis,
foi muito difícil acreditar que o Reino que ele tanto falava,
fosse vingar e dar certo, pois humanamente falando, o sistema religioso
o havia desmascarado, o Nazareno parecia tão perigoso, pela
liderança que exercia, pelos ensinamentos revolucionários
que pregava, entretanto, a morte infame, vergonhosa e humilhante
o havia calado para sempre. Ninguém diria que aquela pequenina
semente, esmagada no calvário e depois escondida no sepulcro,
fosse brotar e viria a se transformar na maior de todas as árvores.
As palavras de Jesus nesse evangelho
querem nos transmitir confiança na sua ação
Divina, e isso parece algo difícil e desafiador para todos
nós, é difícil acreditar no Reino, quando olhamos
ao redor e só vemos o caos do pecado dominando o ser humano,
é verdade que há pessoas que acreditam em um futuro
melhor e o ajudam a construir no presente, mas a grande maioria
não crê em mais nada, “não há igreja
que seja boa, todas são pecadoras e eu não vou em
nenhuma delas”, “não quero saber de política,
pois não existe político honesto, eu não acredito
em mais ninguém e não voto em ninguém, pode
ser até da comunidade”, e assim, há os que não
acreditam mais no casamento, na família, nas instituições,
está tudo irremediavelmente perdido. Qualquer pessoa pode
pensar, falar e até agir desta forma, mas nós cristãos
não! Pois estaríamos negando o reino que Jesus plantou
no coração do homem, estaríamos duvidando do
seu poder de fazer germinar essa semente, estaríamos desconfiando
que a sua graça não serve para nada, e o que é
pior, estaríamos achando que o poder das forças do
mal, presente na sociedade, é muito maior do que a Salvação,
a graça e a redenção que Jesus realizou a nosso
favor e nesse caso, participar da Santa Missa seria fazer memória
desse grande fracasso que é o Cristianismo, impotente para
transformar o coração humano.
De quem somos discípulos
e testemunhas afinal? De Jesus de Nazaré e do seu Reino,
que está acontecendo misteriosamente e irá levar os
homens de Boa Vontade á sua plenitude, ou dos projetos megalomaníacos
do homem da modernidade, que insiste em construir um reino Antropocêntrico,
deixando Deus em um segundo plano? E aqui retomo aquele hino que
me provocava calafrios nos anos 80 : Hei você, de que lado
está você ? ( XI Domingo do Tempo Comum Mc 4, 26-34)
José da Cruz é
diácono permanente
da Paróquia Nossa S. Consolata-Votorantim
e-mail:jotacruz3051@gmail.com
QUE DEUS ABENÇOE
A TODOS NÓS!
Oh! meu Jesus, perdoai-nos,
livrai-nos do fogo do inferno,
levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente
as que mais precisarem!
Graças e louvores
se dê a todo momento:
ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento!
Mensagem:
"O Senhor é meu pastor, nada me faltará!"
"O bem mais precioso que temos é o dia de hoje!
Este é o dia que nos fez o Senhor Deus!
Regozijemo-nos e alegremo-nos nele!".
( Salmos )
|
|
|