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GOTAS DE REFLEXÃO - EVANGELHO DOMINICAL

 

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Índice desta página:
Nota: Cada seção contém Comentário, Leituras, Homilia do Diácono José da Cruz e Homilias e Comentário Exegético (Estudo Bíblico) extraído do site Presbíteros.com

. Evangelho de 07/06/2015 - 10º Domingo do Tempo Comum
. Evangelho de 31/05/2015 - Solenidade da Santíssima Trindade


Acostume-se a ler a Bíblia! Pegue-a agora para ver os trechos citados. Se você não sabe interpretar os livros, capítulos e versículos, acesse a página "A BÍBLIA COMENTADA" no menu ao lado.

Aqui nesta página, você pode ver as Leituras da Liturgia dos Domingos, colocando o cursor sobre os textos em azul. A Liturgia Diária está na página EVANGELHO DO DIA no menu ao lado.
BOA LEITURA! FIQUE COM DEUS!

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07.06.2015
10º Domingo do Tempo Comum — ANO B
( VERDE, GLÓRIA, CREIO – II SEMANA DO SALTÉRIO )
__ "Fazer a vontade de Deus" __

EVANGELHO DOMINICAL EM DESTAQUE

APRESENTAÇÃO ESPECIAL DA LITURGIA DESTE DOMINGO
FEITA PELA NOSSA IRMÃ MARINEVES JESUS DE LIMA
VÍDEO NO YOUTUBE
APRESENTAÇÃO POWERPOINT

Clique aqui para ver ou baixar o PPS.

(antes de clicar - desligue o som desta página clicando no player acima do menu à direita)

NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGELHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.

Ambientação:

Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Somos família de Deus. Nossa liturgia nos ilumina a respondermos quem é Jesus e nele encontrarmos o sentido da vida cristã. O próprio Jesus Cristo prepara em nós a vida da “nova família”, ou seja, aqueles que vivem segundo a vontade de Deus. A relação mais íntima com Jesus Cristo não se faz com o parentesco de sangue, mas em sintonia com a sua prática. É preciso aprender a comungar os ideais. E assim respondemos a pergunta: “quem são meus parentes?” São aqueles que fazem a vontade do Pai.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Neste domingo recordamos a vida pública de Jesus, tempo do anúncio da Palavra e do ensino da fé. E um grande ensino é que todos os que fazem a vontade do Pai são membros da família de Jesus e constituem a natureza da Igreja.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: As intervenções de Jesus na vida das pessoas são tão concretas e sua palavra é tão clara que ignorá-las constitui pecado contra o Espírito Santo. Por outro lado, quem se torna discípulo e missionário de Cristo se associa intimamente à família de Deus, da qual nunca se aparta, pois fazer a vontade de Deus é a perfeita comunhão com o mistério de Cristo. Celebramos na próxima sexta-feira a solenidade do Sagrado Coração de Jesus, festa que recorda, por meio do símbolo universal do amor, a infinita misericórdia de Deus. Essa festa lembra também a realização da profecia de que a misericórdia de Deus abraça todas as criaturas.

Sentindo em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo e meditemos profundamente a liturgia de hoje!


(coloque o cursor sobre os textos em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)


PRIMEIRA LEITURA (Gênesis 3,9-15): - "Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu ferirás o calcanhar."

SALMO RESPONSORIAL 129(130): - "No Senhor, toda graça e redenção!"

SEGUNDA LEITURA (2 Coríntios 4,13-5,1): - "Sabemos, com efeito, que ao se desfazer a tenda que habitamos neste mundo, recebemos uma casa preparada por Deus e não por mãos humanas, uma habitação eterna no céu."

EVANGELHO (Marcos 3,20-35): - "Aquele que faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe."



Homilia do Diácono José da Cruz – 10º Domingo do Tempo ComumANO B

"PECADO SEM PERDÃO"

Quando a gente está super ocupado , costuma-se dizer que não se tem tempo nem para comer, esse evangelho começa constatando exatamente isso, pois Jesus e seus discípulos chegaram na casa de alguém onde pretendiam tomar uma refeição, mas um  grande número de pessoas foram ali á sua procura e Jesus teve que lhes dar atenção. Não ter mais tempo para si,  vai ter  para os seus parentes a conotação de loucura “Ele está fora de si”.

Amar as pessoas preocupar-se com elas, doar-se aos serviços da comunidade para servir a Deus e aos irmãos, nos tempos da pós-modernidade também soa como uma loucura, pois vivermos no mundo das relações mercantilizadas onde tempo é dinheiro e perder  tempo com coisas que não dão nenhum  retorno, é realmente coisa de louco.

Pior que esses parentes de Jesus que não entendiam á sua missão, eram  os escribas que atribuíam suas ações libertadoras e curas prodigiosas  á Belzebu, príncipe dos demônios, acusando Jesus de fazer o Bem , através da força do mal, o que era uma grande incoerência, pois Bem e Mal são duas coisas que jamais podem agir em conjunto, se as obras de Jesus eram boas em si mesmo, curava e libertava as pessoas, elas jamais poderiam provir do mal.

Em nossa sociedade também sofremos desse mal,  porém no sentido contrário,  querendo atribuir ao Bem algo que provém do mal, senão vejamos, para muitos, inclusive cristãos, a pena de morte, o aborto, o divórcio, a eutanásia, são coisas do Bem, e tem até traficante de Favela pousando de herói do povo, defensor dos pobres, dos velhos e das crianças. Quando isso acontece e essa mentalidade começa a dominar a todos, é porque se está cometendo o temível pecado contra o Espírito Santo, que Jesus afirma não ter perdão. E que pecado terrível será este?

Exatamente o mesmo que os Escribas e os parentes de Jesus cometiam: o de não acreditar e não aceitar a Graça que Jesus nos trouxe, em uma recusa contra a ação Divina, libertadora e Salvadora nele presente, e colocada a favor das pessoas. Quem comete esse pecado está apostando todas as suas fichas nas forças do Mal presente no mundo, por crer no fundo, que esta é mais poderosa que o Bem supremo que Jesus nos oferece.

O Mal já foi derrotado por Jesus, mas o homem ainda não se apercebeu disso, o Reino está presente na vida da humanidade, não de maneira ostensiva como a Força do  mal, mas como semente em desenvolvimento e que requer cuidado e atenção para crescer e ser a maior de todas as árvores, mas o homem imediatista deste tempo prefere acreditar no Mal e deixa de investir e acreditar no Bem.

José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  jotacruz3051@gmail.com


Homilia do Padre Françoá Rodrigues Costa – 10º Domingo do Tempo Comum ANO B

“Duas questões”

O Evangelho de hoje apresenta-nos duas questões difíceis: o pecado contra o Espírito Santo e o os “irmãos” de Jesus.

“Todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, mesmo as suas blasfêmias; mas todo o que tiver blasfemado contra o espírito Santo jamais terá perdão, mas será culpado de um pecado eterno” (Mc 3,28-29).

O Catecismo da Igreja Católica dá a interpretação autêntica dessa passagem com as seguintes palavras: “A misericórdia de Deus não tem limites, mas quem se recusa deliberadamente a acolher a misericórdia de Deus pelo arrependimento rejeita o perdão de seus pecados e a salvação oferecida pelo Espírito Santo. Semelhante endurecimento pode levar à impenitência final e à perdição eterna” (Cat. 1864). No fundo, o pecado contra o Espírito Santo é um endurecimento interior que não permite a pessoa se arrepender dos próprios pecados. Logicamente, sem arrependimento não há perdão! Por outro lado, é muito difícil verificar se alguém pecou contra o Espírito Santo; na prática, até o final da vida de uma pessoa não se pode saber se tal impenitência foi um pecado contra o Espírito Santo. Em efeito, uma pessoa poderia se arrepender nos últimos momentos de sua existência e ser alcançado pela salvação. Definitivamente, a resposta a essa questão – foi ou não um pecado contra o Espírito Santo? – continuará, enquanto não chega o juízo final, conhecida somente por Deus e pela pessoa em questão.

Falar sobre o pecado contra o Espírito Santo deveria nos ajudar a ver que o arrependimento dos nossos pecados é uma graça de Deus. Ao mesmo tempo essa graça só nos alcança se nós quisermos: a salvação é obra de Deus em nós, mas não sem nós. Nesse sentido, a nossa súplica poderia ser semelhante àquela que muitos sacerdotes ainda rezam antes da Santa Missa: “Concedei-nos, Senhor onipotente e misericordioso, a alegria com a paz, a emenda de vida, o tempo para fazer penitência, a graça e a consolação do Espírito Santo e a perseverança nas boas obras. Amém”.

Quanto à segunda questão, vamos ler de novo o texto do Evangelho. Alguns disseram a Jesus: “Tua mãe e teus irmãos estão aí fora e te procuram” (Mc 3,31). Jesus teve outros irmãos? Caso a resposta fosse afirmativa, Maria teria tido outros filhos. Mas isso não pode ser!

Nesse caso, a Bíblia Ave-Maria traz uma boa explicação no seu índice doutrinal: “São indicados: Tiago, José, Judas, Simão: Mc 6,3. Não se trata, porém, de irmãos no sentido estrito, filhos dos mesmos pais. Os evangelistas afirmam que Jesus foi o filho único da Virgem Maria: Mc 6,3; Jo 19,26ss. Nem há motivo para supor que São José tivesse outros filhos de um matrimônio anterior. Por outro lado, a palavra “primo” não existe nem no hebraico nem no aramaico. Os “irmãos de Jesus” tinham outra mãe que não Maria Santíssima. São Mateus em 27,56 menciona, entre as mulheres presentes à crucificação de Cristo, Maria, mãe de Tiago e José. Essa Maria é esposa de Cléofas, conforme Jo 19,25. Provavelmente se trata de uma irmã de Maria, mãe de Jesus. Portanto, Maria e seu esposo Cléofas eram os pais de Tiago e de José. Eles tinham ainda outro filho por nome Judas, que em sua epístola se diz irmão de Tiago. Esse Tiago só pode ser filho de Cléofas, pois o outro Tiago era irmão de São João Evangelista, que era filho de Zebedeu. Resta Simão. Egesipo o dá também como filho de Cléofas. Não constam seus pais. Tenha-se em conta que Nossa Senhora é chamada “mãe de Jesus” e nunca “mãe dos irmãos de Jesus”. Se Maria tivesse outro filho, Jesus não a teria confiado a João, filho de Zebedeu. A família de Nazaré aparece apenas com três pessoas: Jesus, Maria e José. Aos doze anos, Jesus vai ao templo exclusivamente com Maria e José”. Ainda que se trate de uma exegese complexa, é válida! Maria só teve um Filho: Jesus Cristo. Ela é a Virgem-Mãe!

Pe. Françoá Rodrigues Figueiredo Costa


Comentário Exegético – 10º Domingo do Tempo Comum ANO B
(Extraído do site Presbíteros - Elaborado pelo Pe. Ignácio, dos padres escolápios)

... O Comentário Exegético não foi publicado - Apresentamos artigo de formação ...

História da Solenidade de Corpus Christi

No final do século XIII surgiu em Lieja, Bélgica, um Movimento Eucarístico cujo centro foi a Abadia de Cornillon, fundada em 1124 pelo Bispo Albero. Este movimento deu origem a vários costumes eucarísticos, como por exemplo a Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante sua elevação na Missa e a festa do Corpus Christi.

Santa Juliana de Mont Cornillon, naquela época priora da Abadia, foi a enviada de Deus para propiciar esta Festa. A santa nasceu em Retines, perto de Liège, Bélgica, em 1193. Ficou órfã muito pequena e foi educada pelas freiras Agostinianas em Mont Cornillon. Quando cresceu, fez sua profissão religiosa e mais tarde foi superiora de sua comunidade. Morreu em 5 de abril de 1258, na casa das monjas Cistercienses, em Fosses, e foi enterrada em Villiers.

Desde jovem, Santa Juliana teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento. E sempre esperava que se tivesse uma festa especial em sua honra. Este desejo se diz ter intensificado por uma visão que ela teve da Igreja, sob a aparência de lua cheia com uma mancha negra, que significada a ausência dessa solenidade.

Juliana comunicou estas aparições a Dom Roberto de Thorete, o então bispo de Lieja, a Dominico Hugh, mais tarde cardeal legado dos Países Baixos, e a Jacques Pantaleón, nessa época arquidiácono de Lieja e mais tarde Papa Urbano IV.

O bispo ficou impressionado e, como nesse tempo os bispos tinham o direito de ordenar festas para suas dioceses, convocou um sínodo em 1246 e ordenou que a celebração fosse feita no ano seguinte. Ao mesmo tempo, o Papa ordenou que um monge, de nome João, escrevesse o ofício para essa ocasião. O decreto está preservado em Binterim (Denkwürdigkeiten, V.I. 276), junto com algumas partes do ofício.

Dom Roberto não viveu para ver a realização de sua ordem, já que morreu em 16 de outubro de 1246, mas a festa foi celebrada pela primeira vez no ano seguinte na quinta-feira posterior à festa da Santíssima Trindade. Mais tarde um bispo alemão conheceu esse costume e o estendeu por toda a atual Alemanha.

Naquela época, o Papa Urbano IV tinha sua corte em Orvieto, um pouco ao norte de Roma. Muito perto dessa localidade fica a cidade de Bolsena, onde em 1263 (ou 1264) aconteceu o famoso Milagre de Bolsena: um sacerdote que celebrava a Santa Missa teve dúvidas de que a Consagração da hóstia fosse algo real. No momento de partir a Sagrada Hóstia, viu sair dela sangue, que empapou o corporal (pequeno pano onde se apóiam o cálice e a patena durante a Missa). A venerada relíquia foi levada em procissão a Orvieto em 19 junho de 1264. Hoje se conserva o corporal, em Orvieto, onde também se pode ver a pedra do altar de Bolsena, manchada de sangue.

O Santo Padre, movido pelo prodígio, e por petição de vários bispos, fez com que a festa do Corpus Christi se estendesse por toda a Igreja por meio da bula “Transiturus”, de 8 setembro do mesmo ano, fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes, e outorgando muitas indulgências a todos que assistirem a Santa Missa e o ofício nesse dia.

Em seguida, segundo alguns biógrafos, o Papa Urbano IV encarregou de escrever um ofício – o texto da liturgia – a São Boa-ventura e também a Santo Tomás de Aquino. Quando o Pontífice começou a ler, em voz alta, o ofício feito por Santo Tomás, São Boa-ventura o achou tão bom que foi rasgando o seu em pedaços, para não concorrer com o de São Tomás de Aquino.

A morte do Papa Urbano IV (em 2 de outubro de 1264), um pouco depois da publicação do decreto, prejudicou a difusão da festa. Mas o Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no concílio geral de Viena (1311), ordenou mais uma vez a adoção desta festa. Em 1317 foi promulgada uma recompilação das leis – por João XXII – e assim a festa foi estendida a toda a Igreja.

Nenhum dos decretos fala da procissão com o Santíssimo como um aspecto da celebração. Porém estas procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e Eugênio IV, e se fizeram bastante comuns a partir do século XIV.

A festa foi aceita em Cologne em 1306; em Worms a adoptaram em 1315; em Strasburg em 1316. Na Inglaterra foi introduzida, a partir da Bélgica, entre 1320 e 1325. Nos Estados Unidos e nos outros países a solenidade era celebrada no domingo depois do domingo da Santíssima Trindade.

Na Igreja grega a festa de Corpus Christi é conhecida nos calendários dos sírios, armênios, coptos, melquitas e rutínios da Galícia, Calábria e Sicília.

Finalmente, o Concílio de Trento declarou que, muito piedosa e religiosamente, foi introduzida na Igreja de Deus o costume, que todos os anos, em determinado dia festivo, seja celebrado este excelso e venerável sacramento com singular veneração e solenidade; e reverente e honorificamente seja levado em procissão pelas ruas e lugares públicos. Dessa forma, os cristãos expressam sua gratidão por tão inefável e verdadeiramente divino benefício, pelo qual se faz novamente presente a vitória e triunfo sobre a morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.


EXCURSUS: NORMAS DA INTERPRETAÇÃO EVANGÉLICA

- A interpretação deve ser fácil, tirada do que é o evangelho: boa nova.

- Os evangelhos são uma condescendência, um beneplácito, uma gratuidade, um amor misericordioso de Deus para com os homens. Presença amorosa e gratuita de Deus na vida humana.
- Jesus é a face do Deus misericordioso que busca o pecador, que o acolhe e que não se importa com a moralidade ou com a ética humana, mas quer mostrar sua condescendência e beneplácito, como os anjos cantavam e os pastores ouviram no dia de natal: é o Deus da eudokias, dos homens a quem ele quer bem e quer salvar, porque os ama.

Interpretação errada do evangelho:

- Um chamado à ética e à moral em que se pede ao homem mais que uma predisposição, uma série de qualidades para poder ser amado por Deus.
- Só os bons se salvam. Como se Deus não pudesse salvar a quem quiser (Fará destas pedras filhos de Abraão).

Consequências:

- O evangelho é um apelo para que o homem descubra a face misericordiosa de Deus [=Cristo] e se entregue de um modo confiante e total nos braços do Pai como filho que é amado.
- O olhar com a lente da ética, transforma o homem num escravo ou jornaleiro:aquele age pelo temor, este pelo prêmio.
- O olhar com a lente da misericórdia, transforma o homem num filho que atua pelo amor.
- O pai ama o filho independentemente deste se mostrar bom ou mau. Só porque ele é seu filho e deve amá-lo e cuidar dele.
- Só através desta ótica ou lente é que encontraremos nos evangelhos a mensagem do Pai e com ela a alegria da boa nova e a esperança de um feliz encontro definitivo. Porque sabemos que estamos na mira de um Pai que nos ama de modo infinito por cima de qualquer fragilidade humana.


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31.05.2015
Santíssima Trindade — ANO B
( BRANCO, GLÓRIA, CREIO, PREFÁCIO PRÓPRIO – OFÍCIO DA SOLENIDADE )
__ "Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" __

EVANGELHO DOMINICAL EM DESTAQUE

APRESENTAÇÃO ESPECIAL DA LITURGIA DESTE DOMINGO
FEITA PELA NOSSA IRMÃ MARINEVES JESUS DE LIMA
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NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGELHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.

Ambientação:

Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: A Solenidade que hoje celebramos não é um convite a decifrar o mistério que se esconde por detrás de “um Deus em três pessoas”; mas é um convite a contemplar o Deus que é amor, que é família, que é comunidade e que criou os homens para os fazer comungar nesse mistério de amor. Pelo batismo, somos mergulhados no mistério, participantes da vida trinitária. Na liturgia vivenciamos mais intimamente a comunhão trinitária e somos renovados na certeza de sermos filhas(os) e não escravos. Ora, se somos o povo do Deus Trindade, não podemos agir de outra forma senão como sinais autênticos de unidade. Em ação de graças e santificados pelo Espírito, nos oferecemos com Cristo ao Pai, na ação do Espírito, e assumimos ser comunicadores da salvação a todos os povos.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Depois de Pentecostes, a revelação trinitária chega à sua plenitude. O Mistério do Amor lança luzes sobre a vida e faz a Igreja caminhar para o Pai por meio do Filho na unidade do Espírito Santo. É neste movimento trinitário que celebramos nossos ritos e proclamamos nossa fé.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Depois de celebrar o Pentecostes, a Igreja nos convida a louvar a Deus, Santíssima Trindade, cujo mistério ultrapassa nossa compreensão lógica e nos coloca na dimensão mais profunda da fé. O Deus uno se manifestou na Trindade das Pessoas e na unidade do Amor. Assim, nos convida a vivermos no amor, participando da vida trinitária. Nesta celebração, renovemos nossa fé no Deus uno e trino, mistério professado em nosso credo e vivido na dimensão essencialmente comunitária da fé.

Sentindo em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo e meditemos profundamente a liturgia de hoje!


(coloque o cursor sobre os textos em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)


PRIMEIRA LEITURA (Deuteronômio 4,32-34.39-40): - "Sabe, pois, agora, e grava em teu coração que o Senhor é Deus, e que não há outro em cima no céu, nem embaixo na terra."

SALMO RESPONSORIAL 32(33): - "Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança."

SEGUNDA LEITURA (Romanos 8,14-17): - "Todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus."

EVANGELHO (Mateus 28,16-20): - "Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo."



Homilia do Diácono José da Cruz – Domingo da Santíssima TrindadeANO B

"TRINDADE, NOSSA FAMÍLIA"

Chacrinha, o velho Guerreiro dos anos 70/80, revolucionou a TV com a sua comunicação irreverente nos programas de auditório ao vivo, foi um grande comunicador e há até uma frase sua que marcou o público “eu não vim para explicar, vim para confundir”. Há muita gente que pensa que Deus quis nos confundir ao revelar-se um Deus Trino, uma verdade ilógica, uma aberração matemática, segundo o raciocínio humano, pois 1 nunca será igual a 3, entretanto, é o contrário do que dizem, porque o homem jamais teria condições de penetrar no mistério de Deus e as leituras desse domingo, da Festa da Santíssima Trindade, mostra-nos como Deus se revela, permitindo ao homem contemplar toda a beleza desse amor.

Então penso que o maior e verdadeiro comunicador de todos os tempos é o Espírito Santo, chamado por Jesus neste evangelho, de Espírito de Verdade, que nos comunica não só quem é Deus, mas também quem somos, pois o mistério da vida do homem está em Deus Criador e fora dele, ou sem ele, não haverá compreensão que dê algum sentido ao ser humano, na sua caminhada terrena.

A pedagogia de Deus é perfeita, sem queimar nenhuma etapa, respeitando os limites do homem na sua dificuldade de compreender, ele se revela aos poucos, na medida em que o homem amadurece em sua fé, é, portanto, uma revelação pessoal, pois um comunicador de massa nos moldes que a mídia nos coloca, não sabe na verdade quem são as pessoas com quem se comunica, seu jeito de ser, suas dores e angústias, suas dificuldades, além do que, nem sempre o que a mídia nos comunica é verdadeiro, aliás, na maioria das vezes são “verdades” inventadas para se vender uma idéia, um conceito ou um produto. Mas Deus nos dá um tratamento personalizado, pois o Espírito Santo nos conduz à Verdade que é ele próprio.

O homem é muito especial, estando sempre no centro do projeto de Deus, basta ver a obra da criação em seus detalhes, feita com grande sabedoria, tudo foi preparado para que o homem fosse feliz, a sabedoria aqui mencionada em Provérbios, é como o amor de uma mãe que prepara com todo carinho o enxoval e o quarto onde o seu filho irá viver após o nascimento, amor que acolhe e que se alegra em ficar junto e a sabedoria de Deus tinha prazer de ficar junto com os filhos dos homens, o belo e perfeito, se apaixonando pelo feio e imperfeito. Nenhum Deus é assim, só o Pai de Jesus! O nosso Deus nunca foi um enigma que desafia os homens a decifrá-lo, ao contrário, torna-se acessível em Jesus Cristo, no qual pela fé somos justificados, isso não significa que alcançaremos à salvação de maneira passiva, pois a segunda leitura da carta de Paulo aos Romanos nos propõe o desafio de testemunharmos nossa esperança, que é Jesus Cristo, em meio às tribulações deste mundo.

As palavras de Jesus aos discípulos são consoladoras nesse sentido, porque na verdade eles estão tomados pela tristeza, por causa da idéia de que o senhor irá deixá-los, não havia se dado conta de que a volta de Jesus ao Pai, iria perpetuar a sua presença junto a eles, através do Espírito Santo. Os pecados e as misérias humanas não conseguem impedir essa comunicação de Deus aos homens, aberta a partir de Jesus Cristo, poderia se dizer que o emissor se comunica perfeitamente bem, mesmo que o receptor não seja muito eficiente, pois Deus nunca desiste do homem e o seu amor é eterno, comprovado em Jesus Cristo, ápice da revelação desse amor, que nos insere na vida de Deus através da comunhão.

Celebrar a Santíssima Trindade não é celebrar um mistério insondável, mas é sentir uma grande alegria, ao saber o quanto Deus nos ama, e se desdobra para nos alcançar e nos manter sempre junto a si. Uma Galinha que abre suas asas para proteger e abrigar os pintinhos, uma Águia que carrega sobre as asas seus filhotes para que apreendam a voar, são alegorias que aparecem na Bíblia e que facilitam à nossa compreensão a respeito de Deus. Enfim, embora não merecedores, somos todos membros desta Família Do PAI, do FILHO e do ESPÍRITO SANTO. (Festa da Santíssima Trindade)

José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  jotacruz3051@gmail.com


Homilia do Padre Françoá Rodrigues Costa – Domingo da Santíssima Trindade ANO B

“Trindade no céu! Trindade no coração!”

“Não devemos perder de vista a tradição, a doutrina e a fé da Igreja católica, tal como o Senhor ensinou, tal como os apóstolos pregaram e os Santos Padres transmitiram. De fato, a tradição constitui o alicerce da Igreja, e todo aquele que dele se afasta deixa de ser cristão e não merece mais usar este nome” (Das cartas de Santo Atanásio).

A fé da Igreja nos ensina que há um só Deus em três pessoas: Pai e Filho e Espírito Santo. Nós queremos dizer hoje com a liturgia da Igreja: “Sede bendita, ó Trindade indivisível, agora e sempre e eternamente pelos séculos, vós que criais e governais todas as coisas” (Ant.do Cântico evangélico de Laudes). E pedimos: “Fazei que, professando a verdadeira fé, reconheçamos a glória da Trindade e adoremos a Unidade onipotente” (oração coleta da Missa).

O Mistério da Trindade, junto com o da Encarnação do Verbo de Deus, é central na nossa fé cristã. Ele, sendo o Filho, ensinou-nos que Deus é seu Pai, ensinou-nos também que o Amor do Pai e do Filho é o Espírito Santo. O Senhor Jesus tem toda a autoridade no céu e na terra (cf. Mt 28,18). Somos batizados em nome das três divinas Pessoas e tornamo-nos filhos de Deus. Deus aproximou-se de nós, fez-nos seus filhos: “Abba! Pai!” é a nossa oração no dia de hoje.

Deus está em todos os lugares sem circunscrever-se a nenhum lugar, ele é onipresente. Mas também está na nossa alma em graça: o Pai e o Filho e o Espírito fizeram morada no coração dos cristãos. Por que as vezes vivemos como se Deus não estivesse ao nosso lado? Um tipo de ateísmo consiste em viver como se Deus não existisse: trata-se de negar a Deus na prática. Quantos cristãos vivem como se fossem ateus! Vivem como se Deus não existisse, como se Deus não contasse para nada em suas vidas.

Há um filme intitulado “O terceiro homem”, protagonizado por Orson Welles que mostra, salvando as distâncias, como vivem alguns que dizem que acreditam em Deus e desacreditam ao mesmo tempo a religião e o sagrado. Num parque de diversões, uma roda-gigante gira lentamente acima dos telhados da Viena do tempo pós-guerra, bombardeada e ocupada pelas forças internacionais, enquanto lá em baixo, como pontos minúsculos, umas crianças se entretêm nos seus jogos.

O protagonista do filme é um adulterador de penicilina sem escrúpulos. No alto da roda, o seu amigo pergunta-lhe se chegou a ver pessoalmente a desgraça de alguma das suas vítimas, e o homem responde cinicamente: “Não me agrada falar disso. Vítimas? Não seja melodramático. Olhe aí em baixo: você sentiria compaixão se alguns desse pontinhos negros deixassem de mover-se?”

“Você antes acreditava em Deus”, recordou-lhe o amigo.

O protagonista refletiu um momento e disse: “E continuo a acreditar, amigo! Acredito em Deus e na sua misericórdia. Mas acho que os mortos estão melhor do que nós: considerando o que deixaram para trás!”

Felizmente, são poucos os que chegam a esse grau de cinismo. (…) todos corremos o risco de ser seduzidos por essa ética da normalidade, cujos slogans emblemáticos poderiam ser: “Isso é normal, todos fazem”, “hoje em dia, ninguém pensa assim”, “não se deve complicar a vida”, “a vida é assim, que vamos fazer?”, ou outros semelhantes. (A. Aguilló, É razoável crer, São Paulo: Quadrante, 168-169).

Pode-se observar nesse filme o comportamento de muitos que dizem acreditar em Deus. A verdade de fé que afirma que existe um só Deus em três Pessoas realmente distintas não é uma abstração mental. Esse mundo saiu das mãos amorosas de Deus, que é comunhão, e está chamado a viver em comunhão. Todos os seres humanos estão chamados a viver o céu também aqui na terra, pois o céu é Deus e ele quer morar em nós.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo!

Pe. Françoá Rodrigues Figueiredo Costa


Comentário Exegético – Domingo da Santíssima Trindade ANO B
(Extraído do site Presbíteros - Elaborado pelo Pe. Ignácio, dos padres escolápios)

... O Comentário Exegético não foi publicado - Apresentamos artigo de formação ...

A Sagrada Escritura e a Sagrada Tradição

A Igreja sempre considerou as Sagradas Escrituras, e continua a considerar, juntamente com a Sagrada Tradição, como regra suprema da sua fé[1].

Uma só fonte da Revelação

Há uma íntima conexão entre a Sagrada Escritura e a Sagrada Tradição da Igreja, já que ambas brotam do único manancial divino, têm idêntico objetivo e tendem ao mesmo fim[2].

Dentro de uma correta interpretação, podemos dizer, sem receio de errar, que a Sagrada Escritura contém toda verdade revelada por Deus e que a Sagrada Tradição, sozinha, é via pela qual é possível conhecer certas verdades reveladas. Porém, essas concepções podem gerar a ideia de que existem duas fontes separadas da Revelação, o que não é certo.

Para melhor enxergar o valor individual de cada uma e assim dar-lhes o mesmo afeto e veneração, torna-se conveniente dizer que existe uma relação orgânica entre elas, uma unidade intrínseca. Ambas têm a mesma origem e inspiração divina. O que as distingue é somente o modo como comunicam as verdades.

De fato, para a vida da Igreja a Sagrada Escritura é mais acessível e prática, já que nela todos os fiéis podem encontrar num só livro – a Bíblia -, as verdades de fé e costumes que Deus quis revelar ao seu povo, a fim de transmiti-las a todos os povos. Enquanto que a Sagrada Tradição está disseminada em muitíssimas e variadas obras. Mas, sem perderem as suas diferenças e propriedades particulares, Escritura e Sagrada Tradição se unem e se fundem para construir um único depósito da Palavra de Deus[3]. Por isso, quem quiser compreender com precisão todas as questões relacionadas com a fé e os costumes, deve aferi-las com uma e com outra. Não podemos contar só com a Escritura e nem só com a Sagrada Tradição, porque não há dois rios – um escrito por inspiração divina e outro oralmente transmitido pela assistência de Deus – onde podemos beber a água viva das verdades reveladas, mas há uma só torrente, formada por essas duas correntes que se juntam e se integram.

A fonte única do sistema é Cristo, o Verbo Encarnado, verdadeira Palavra de Deus enviada aos homens, plenitude da Revelação. Dessa fonte emanam, para formar um só manancial, a Sagrada Escritura e a Sagrada Tradição, unidas como as águas de um rio o estão ao seu leito. Assim, é impossível conceber uma Escritura independente da Sagrada Tradição, nem uma Sagrada Tradição independente da Escritura. Não há necessidade de subordinar para unir, nem de separar para distinguir. Ambas são e formam a vida da Igreja.

A Sagrada Tradição explica as Escrituras santas

A Sagrada Tradição da Igreja é onde melhor encontramos a interpretação e compreensão correta daquilo que Deus diz na Sagrada Escritura e de onde extraímos as certezas de todas as verdades reveladas por Ele e que não podem ser conhecidas apenas com as Escrituras. E isso é assim por estar na Sagrada Tradição a condensação dos estudos e escritos que os santos dos primeiros séculos do cristianismo fizeram das divinas letras.

Esses homens, ainda que menos imbuídos de erudição profana e de conhecimento de línguas que os estudiosos modernos, no entanto, se distinguem por certa suave perspicácia das coisas celestes e pela agudeza de raciocínio, pelas quais penetram nas profundidades da palavra divina e põem em evidência tudo quanto pode conduzir ao conhecimento da doutrina de Cristo e à santidade[4].

A Escritura, além do mais, necessita da Sagrada Tradição para que conheçamos a sua existência, a sua legitimidade, a sua autenticidade e a sua integridade[5].

Por outro lado, a Sagrada Tradição não poderia dar vida à Igreja se estivesse à margem da Sagrada Escritura, já que não foi assim que atuaram os seus testemunhos, que em seus escritos mostram extraordinariamente como amaram os livros santos.

E para entender definitivamente a união inseparável que há entre a Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura, basta que digamos que a Sagrada Tradição não é outra coisa que a mesma vida da Igreja. Vida que se desenvolve e continua a se desenvolver organicamente desde seu nascimento, passando pelos escritos de pessoas santas, que souberam aproveitar-se dos tesouros contidos nos livros sagrados para enriquecer e dar vigor à Igreja. Vida que o Magistério Eclesiástico incrementa com o alento dado pelo Espírito, que é quem, da parte de Jesus Cristo, ensina a verdade (cfr Jo 14, 15-26).

Por tanto, não há nenhuma sombra de dúvida de que a Sagrada Tradição não só produz um influxo vital para a vida da Igreja, se não que é a mesma vida da Igreja, porque, intimamente unida e compenetrada com a Sagrada Escritura, busca a gloria de Deus e a participação de toda a criação nessa gloria.

Daí que a Igreja, no empenho de tronar prática as aportações do Concílio Vaticano II, tem estudado e atualizado os seus documentos, como o fez no último Sínodo sobre a Palavra. E fruto desse empenho são estas palavras do Papa Bento XVI: "é importante que o Povo de Deus seja educado e formado claramente para se abeirar das Sagradas Escrituras na sua relação com a Tradição viva da Igreja, reconhecendo nelas a própria Palavra de Deus. É muito importante, do ponto de vista da vida espiritual, fazer crescer esta atitude nos fiéis"[6].

[1] Constituição "Dei Verbum", n. 21
[2] Constituição "Dei Verbum", n. 9
[3] Constituição "Dei Verbum",, n 10
[4] Cfr. Papa Pio XII, "Divino afflante Spiritu", em Enchiridion Biblicum, n. 554, pp. 219-220.
[5] Constituição "Dei Verbum", n. 8
[6] Papa Bento XVI, Exortação Apostólica Pós Sinodal "Verbum domini", n. 18.


EXCURSUS: NORMAS DA INTERPRETAÇÃO EVANGÉLICA

- A interpretação deve ser fácil, tirada do que é o evangelho: boa nova.

- Os evangelhos são uma condescendência, um beneplácito, uma gratuidade, um amor misericordioso de Deus para com os homens. Presença amorosa e gratuita de Deus na vida humana.
- Jesus é a face do Deus misericordioso que busca o pecador, que o acolhe e que não se importa com a moralidade ou com a ética humana, mas quer mostrar sua condescendência e beneplácito, como os anjos cantavam e os pastores ouviram no dia de natal: é o Deus da eudokias, dos homens a quem ele quer bem e quer salvar, porque os ama.

Interpretação errada do evangelho:

- Um chamado à ética e à moral em que se pede ao homem mais que uma predisposição, uma série de qualidades para poder ser amado por Deus.
- Só os bons se salvam. Como se Deus não pudesse salvar a quem quiser (Fará destas pedras filhos de Abraão).

Consequências:

- O evangelho é um apelo para que o homem descubra a face misericordiosa de Deus [=Cristo] e se entregue de um modo confiante e total nos braços do Pai como filho que é amado.
- O olhar com a lente da ética, transforma o homem num escravo ou jornaleiro:aquele age pelo temor, este pelo prêmio.
- O olhar com a lente da misericórdia, transforma o homem num filho que atua pelo amor.
- O pai ama o filho independentemente deste se mostrar bom ou mau. Só porque ele é seu filho e deve amá-lo e cuidar dele.
- Só através desta ótica ou lente é que encontraremos nos evangelhos a mensagem do Pai e com ela a alegria da boa nova e a esperança de um feliz encontro definitivo. Porque sabemos que estamos na mira de um Pai que nos ama de modo infinito por cima de qualquer fragilidade humana.


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Oh! meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno,
levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente
as que mais precisarem!

Graças e louvores se dê a todo momento:
ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento!

Mensagem:
"O Senhor é meu pastor, nada me faltará!"
"O bem mais precioso que temos é o dia de hoje! Este é o dia que nos fez o Senhor Deus!  Regozijemo-nos e alegremo-nos nele!".

( Salmos )

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