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PENSANDO A RELIGIÃO

"COMO CONCILIAR NOSSOS HUMORES"

Texto enviado pelo amigo Mário Eugênio Nogueira


Como posso encontrar a minha unidade e sentir-me inteiro, indivisível como pessoa, naquilo que faço? Qual o motivo pelo qual – (o porquê), na maioria das vezes, isso não acontece e fragmentados e estressados interiormente, temos a sensação de estarmos sendo “puxados” de um lado para outro, não conseguindo sentir o benefício da calma e da paz interior?

Quantos de nós não sabemos responder a essa pergunta!

Sentimo-nos fragmentados, interiormente, por uma série de motivos, mas de maneira acentuada isso fica visível ao nos utilizarmos de nossas “máscaras” – (que sustentam nossos “papéis sociais”) e fazem irromper de dentro de nós reações que nos dispersam, alterando nosso propósitos e nosso “humor” .

Nos vivenciamos sempre de forma diferente – Nunca somos o mesmo o dia todo. Às vezes, nos sentimos bem, para logo em seguida nos sentirmos mal. Alegria e tristeza se alternam dentro de nós, modificando nossos propósitos e alterando nosso humor.

Quantas vezes nos sentimos plenos, cheios de gratidão, solícitos, fraternos, achando que a vida é bela e porque compartilhamos nossos bons sentimentos com o próximo aumentamos em nós a certeza de que nascemos para sermos felizes e estaremos mais próximos de Deus. – (1Jo 4,16b)-

Noutras vezes, entretanto, e sem percebermos somos invadidos por uma onda de nostalgia, que nos faz experimentar o medo, gerador de incertezas; o medo da doença, da morte e de todas as nossas impossibilidades. Tememos pelo presente e pelo futuro. Nesse clima nossa confiança se esvai e porque caem por terra nossas certezas achamos que a vida é má, que as pessoas, por não nos compreenderem devem ser evitadas, tornam-se chatas e aborrecidas e nos isolamos, buscando soluções, nem sempre acertadas.

Essa contundência de reações, muitas delas até para nos defender, fazem parte de nossa natureza humana, como fruto de nossas projeções e do aprendizado que fizemos ao longo da vida.

Consideradas essas questões – perguntamos – “temos alguma idéia de quem somos?”
Desde muito cedo as várias ciências procuram respostas. A filosofia grega ao se interessar por esse problema afirma que “nos desmanchamos em diversas partes, desligadas umas das outras”.

Convencionou-se, com o tempo, que somos feitos de diversas partes, que por estarem lado a lado, necessitam funcionar de forma equilibrada, permitindo que sintamos a nossa unidade interna. Essa multiplicidade que está dentro de nós, sem inter-relacionar-se, coloca-nos a questão de quem realmente somos... Somos aqueles que sentem medo ou somos aqueles que crêem na vida porque sabem interligar suas Quem somos realmente?

Saber viver com nossos extremos - Ah! como isso se torna difícil, justo quando o nosso emocional quer tudo no tempo e na hora.

Para o pensador Romano Guardini tudo o que é vivo, aparece sob a forma de “opostos”, a exemplo da oposição entre vazio e cheio, de totalidade e unidade, imanência e transcendência e interligação e separação. Para ele tudo que é material, concreto e está vivo se mostra nos opostos. A vida tem sempre dois lados, mas ao mesmo tempo ela é uma unidade; unidade que só é possível aceitar, quando compreendemos e admitimos o contraditório. Obviamente o homem está dividido dentro de si. De um lado a razão e de outro, de forma muito forte, a sua emocionalidade que estimula a cisão entre o corpo e a alma. O nosso coração procura sempre as suas preferências (seus vícios, seus sonhos, suas projeções) muito embora nem sempre elas sejam legítimas. Também aqui há dualidade.

Aprendendo com o Apóstolo Paulo – Para o Apóstolo Paulo, que enfrentou também esse problema - um dos caminhos para se buscar a unidade da nossa fragmentação é entregá-la a Cristo, recuperando-nos. Não se trata aqui de assumir um comportamento passivo e condescendente com as nossas fraquezas, mas sim, assumir uma atitude de quem sabe e quer depositar em mãos qualificadas a sua miséria e a sua impotência, já que não consigo modificar o que identifico como fraqueza, usando apenas a força da minha vontade. Felizmente,reconhece aquele apóstolo, podemos entregar para Jesus Cristo, também e, principalmente, a nossa fragmentação. As graças de Deus não nos vêm porque as merecemos como resultado de nossos próprios méritos, mas, porque necessitamos e Ele as quer dar...

Só quando eu me apresentar a Deus, colocando de maneira humilde em Suas mãos minhas impossibilidades e minha fragmentação – só então sentir-me-ei livre e receberei a cura para o meu estado de fragmentação interior. Esse gesto cria uma forte harmonia comigo mesmo, reabilitando-me e dando como conseqüência um sentido mais objetivo à minha vida. E, livre e nas mãos do Criador, sobrará – agora sim - tempo e espaço em meu coração para amá-Lo e às suas criaturas. São Paulo descobriu isso, ampliando o diálogo entre os nossos “dois eus” numa conversa a três, ocasião em que eu percebo que estou colocando o meu lado sombrio, minha incapacidade e meu estresse, sob a proteção amorosa do Criador.

Mario Eugenio Nogueira
Membro “Aliança” da Com. Anuncia-Me
nogueiramario@terra.com.br



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levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente
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Graças e louvores se dê a todo momento:
ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento!

Mensagem:
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"O bem mais precioso que temos é o dia de hoje!    Este é o dia que nos fez o Senhor Deus!  Regozijemo-nos e alegremo-nos nele!".

( Salmos )

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