* por Gilberto Landim
* Gilberto Landim. Analista de sistemas. Formação:
FGV, PUC, UNESA, Xerox, Microsoft, Oracle entre outras. Autor de vários
trabalhos e do Projeto Venda$ Plu$, programa de treinamento apresentado
nas versões: Palestra, Seminário e Curso. Especialista
em vendas técnicas e varejo, ocupou posição de
gerência em vendas, marketing e informática. Atualmente
é Consultor de Treinamento da VENDA$ PLU$. Contatos através
do e-mail
vendasplus@gmail.com
ou pelo site
http://gilbertolandim.blogspot.com.br/.
Ensina-nos o que lhe diremos; porque nós, envoltos
em trevas, nada lhe podemos expor. (Jó 37:19).
Havia ministrado um curso de Word, para uma família
e chegara a ocasião do Excel. Como todos eram neófitos
em informática, seus olhos se faziam iluminar quando me avistavam,
praticamente constituindo-me como a oitava maravilha da humanidade.
Até ficava um pouco encabulado com tão indevida reverência.
-- Professor, Núbia acabou de fazer um trabalho
para a faculdade e obteve nota dez. Ela achou muito fácil, está
muito satisfeita de ter aula consigo. Olha ela está em uma expectativa
louca para começar o Excel. Hoje passou o dia falando nisso.
Disse-lhe para sossegar, pois, com a mesma eficiência com que
você passou conhecimentos do editor de textos, dará as
aulas da planilha.
-- Gil. Continuou Santiago. Você tem o dom para
dar aula de informática. Transmite tudo com uma didática
bem especial. Eu sou economista e lá no meu trabalho sou responsável
pelo setor de custos. Lido com o computador, o dia todo. O problema
é que realmente não sei ensinar. Não é minha
praia, entende?
-- Oi professor, disse Núbia, muito animada
ao sentar-se na cadeira do computador para sua primeira aula de Excel.
Por onde começamos?
Já estava fazendo a pose de professor para começar
a aula, quando a luz apagou!
-- Que droga! que droga! Que droga! repetia muito aborrecido,
Santiago.
Cobrava U$ 60,00 uma aula de duas horas. Uns quinze
minutos foram desperdiçados, com conversa e agora o blecaute,
era para desaprumar o orçamento de um contribuinte do imposto
de renda, pertencente à amarfanhada, classe média carioca.
-- Santiago. vamos para a sala porque hoje nossa aula
será no escuro. Sentados no sofá, em pleno aconchego,
iniciei:
-- Agora aprenderemos ainda mais, porque a ausência
de luminosidade é extremamente positiva para o aprendizado. É
como um observatório de astronomia, onde pesquisas muito mais
acuradas e precisas, ajudam os profissionais, na elucidação
de importantes mistérios, desta extraordinária ciência.
-- Não entendi professor o que tem a ver a astronomia
com o curso de informática – falou ainda aborrecido, Santiago.
-- Tudo, tudo a ver. Veja como você está
concentrado, no escuro. Vou fazer uma pergunta a você e a Núbia.
Quantos “Menus” tem o Word?
-- “Peraí”... Arquivo, Editar...Ajuda.
Não sei professor – disse Núbia.
-- Prestem atenção por favor. O que eu
vou falar agora é algo que só ensino no escuro, pois jamais
me lembro, de passar essa regra quando encerra o blecaute. Gravem bem
por favor e vocês lucrarão demais com essas informações.
O Word tem 9 menus:
• Arquivo
• Editar
• Exibir
• Inserir
• Formatar
• Ferramentas
• Tabela
• Janela
• Ajuda
-- Outra pergunta: quantos “Menus” tem
o Excel?
-- 9 -- “chutou” Núbia, acertando
sem querer.
-- Essa pergunta tem que ser respondia pelo Santiago.
Quantos “Menus” tem o PowerPoint?
-- 9. – Arriscou também, acertando.
-- Vocês percebem. É o conceito Windows.
Qualquer software que você for operar que seja dessa plataforma,
terá essa disponibilidade. Uma vez apreendido esse conceito,
é só começar a dissecar cada menu e sem tardar,
estará manjando barbaramente de Windows.
-- Repito. Estou passando um “bizu” de
blecaute. Essas dicas, não forneço a plena luz.
-- Mas, são tão boas. Não entendo
porque não são passadas ao acender das luzes – falou
agora motivado aquele que ia pagar a conta: Santiago.
-- Pois é Santiago, eu também pensava
igual a você. O problema é que essa parte é muito
cansativa em ambiente iluminado, onde as pessoas querem mesmo é
abrir o menu e colocar a mão na massa você entende?
-- Ah, Gil! Agora estou entendendo, o que o curso no
escuro tem a ver com a astronomia. É como se você estivesse
otimizando a utilização de um buraco negro da Via Láctea!
-- Professor você só vem depois de amanhã não
é. Posso adiantar e com esses conceitos iniciais começar
a “futucar” o Excel?
-- A luz voltou. Que pena! -- disse Santiago. Estava
aprendendo tanta coisa durante o blecaute.